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Por telefone, Donald Trump disse a Tim Cook que quer ajudar a Apple

Por| 24 de Novembro de 2016 às 20h05

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Por telefone, Donald Trump disse a Tim Cook que quer ajudar a Apple
Por telefone, Donald Trump disse a Tim Cook que quer ajudar a Apple
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As eleições presidenciais dos Estados Unidos deixaram o Vale do Silício em polvorosa: a maior parte das empresas do complexo tecnológico do país temia a vitória de Donald Trump — principalmente a Apple, que foi citada na campanha presidencial do candidato republicano. Trump havia revelado no início do ano que iria forçar a empresa a fabricar seus iPhones, iPads e Macs no território americano, para parar de utilizar mão de obra chinesa e cortar relações com o país. Fora isso, pediu para que os cidadãos americanos boicotassem a Apple, pois ela estava "atrapalhando as buscas do FBI" no caso de San Bernardino.

Essa afirmação do futuro presidente deixou o CEO Tim Cook, assim como toda a equipe da empresa, bastante preocupado e torcendo para que Hillary levasse a vitória (afinal, muitos dizem que ele estava em uma lista de preferidos a cargos altos na política caso ela ganhasse). Não foi o que aconteceu, mas para a surpresa do executivo, Trump resolveu se explicar — e por telefone.

Em entrevista para o New York Times, Donald Trump comenta o feito. "Recebi uma ligação de Bill Gates, excelente ligação, a conversa foi ótima; também recebi uma chamada de Tim Cook e disse: 'Tim, para mim uma grande conquista será quando eu ajudar a Apple a construir uma fábrica nos EUA, ou muitas, em vez de fazer isso na China ou no Vietnã. Em vez de ir a esses lugares, você poderá fabricar seus produtos aqui", revelou o presidente eleito. "Creio que criaremos incentivos para você e acho que isso vai se tornar realidade. Estamos iniciando uma leva de cortes fiscais para empresas, e você vai ficar feliz com isso".

Na conversa, Trump citou as taxas altíssimas dos EUA em relação às fabricas. De pequenas a grandes empresas, todas reclamam dos impostos de produção e o presidente eleito diz que está ciente disso. É por isso que, nas palavras dele, pretende reajustar as normas do país, a fim de evitar que as companhias deixem de produzir localmente para procurar mão de obra mais barata em outros países.

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Parece até convincente à primeira vista. Entretanto, não podemos deixar de ponderar um fator importantíssimo: cortes fiscais não serão suficientes para que uma empresa do porte da Apple se contente em fabricar sua enorme linha de produtos nos Estados Unidos. A mão de obra asiática é muito mais barata, isso sem contar o conhecimento e a agilidade dos funcionários de lá, que já estão especializados em linhas de montagem de smartphones, tablets e computadores. Qual será o acordo, no entanto, só o tempo dirá.

Fonte: The New York Times