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Pesquisa mostra tecnologias que farão parte da nossa realidade até 2030

Por| 30 de Novembro de 2015 às 15h38

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Pesquisa mostra tecnologias que farão parte da nossa realidade até 2030
Pesquisa mostra tecnologias que farão parte da nossa realidade até 2030

Da criação dos computadores pessoais ao surgimento de telefones celulares e à transformação da Internet, a tecnologia está aí para trazer à nossa realidade coisas e situações que pareciam ser apenas obras de ficção. No entanto, exemplos como a nanotecnología ou a robótica nos mostram que a ficção pode se tornar realidade, sim — e muito mais rápido do que imaginamos.

Uma pesquisa realizada em setembro deste ano pelo Global Agenda Council, do Fórum Econômico Mundial, consultou mais de 800 executivos e especialistas da indústria da tecnologia, identificando 21 novidades tecnológicas que deverão se tornar realidade até o final da terceira década do século XXI.

1) Homem-máquina

Em 2025, o primeiro smartphone implantável no corpo humano estará disponível. De acordo com o estudo, “as pessoas estão cada vez mais conectadas a dispositivos, e eles estão cada vez mais conectados aos corpos das pessoas”. Estima-se que, até esta data, aparelhos capazes de identificar doenças e liberar medicamentos automaticamente na nossa corrente sanguínea já estejam disponíveis no comércio.

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Os impactos positivos dessa nova tecnologia poderiam contar com a redução de pessoas desaparecidas, já que seria possível rastreá-las mais facilmente e melhorar a saúde geral da população, enquanto os impactos negativos poderiam englobar problemas como redução de privacidade, surgimento de novos vícios e distrações.

2) Presença online garantida

Até 2023, espera-se que 80% da população mundial esteja presente em algum serviço na internet (como as redes sociais, por exemplo), e iniciativas de gigantes como Google e Facebook serão essenciais para atingirmos essa marca. “Em nosso crescente mundo conectado, a vida digital está se tornando cada vez mais ligada à vida física da pessoa.” A pesquisa diz que, no futuro, construir e administrar sua presença digital se tornará tão comum quanto se vestir, falar e agir.

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3) Olhos de águia

“Óculos inteligentes” como o Google Glass são apenas o começo de uma revolução visual. Até 2023, a tecnologia será capaz de conectar a visão humana a dispositivos eletrônicos, podendo “mudar a forma como aprendemos, navegamos e fornecemos informações e feedbacks a empresas e bens de serviço”, segundo o estudo.

A novidade poderá acelerar ainda mais o acesso à informação, facilitando a tomada de decisões no dia a dia, bem como tornar seus usuários mais produtivos, ao passo que também poderá deixar as pessoas ainda mais viciadas em conectividade, causando distrações e até acidentes.

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4) Internet de vestir

Provavelmente, até 2022 10% das pessoas terão acesso a roupas conectadas à internet. Os smartwatches são somente o começo: em um futuro próximo, as nossas peças de roupa também serão “inteligentes”.

Uma peça de roupa inteligente seria capaz, por exemplo, de detectar sinais de possíveis doenças, o que, em longo prazo, aumentaria a longevidade da população. Olhando pelo lado negativo da coisa, questões envolvendo privacidade, monitoramento não autorizado e segurança pessoal poderiam se tornar um grande problema.

5) Internet para todos

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Quer dizer, quase todos. Estima-se que, até 2024, 90% da população mundial tenha acesso à internet. Segundo o Fórum, atualmente apenas 43% dos indivíduos do planeta acessam a internet, mas esse quadro deverá evoluir rapidamente. “Para que essa evolução aconteça, a internet deve não estar somente disponível, mas também ser acessível monetariamente”, conclui a pesquisa. Projetos audaciosos como o Internet.org, do Facebook, têm trabalhado para que essa evolução aconteça.

Entre os benefícios de um mundo ainda mais conectado, o documento cita mais acesso à educação e serviços públicos e de saúde, e maior participação política e econômica por parte da população, gerando mais cidadania e democracia.

6) Smartphone indispensável

Em 2023, 90% das pessoas do planeta contarão com um smartphone como seu melhor amigo (ou quase isso). Chamados de “supercomputadores de bolso”, os smartphones estão cada vez mais poderosos, ao passo que se tornam cada vez mais acessíveis. Já é bastante comum encontrar pessoas que utilizam smartphones ou tablets com mais frequência do que PCs, e a tendência é da mobilidade se tornar a preferência geral.

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7) Armazenamento sem fim (e grátis!)

Parece bom demais para ser verdade, mas o estudo concluiu que, até 2018, a maioria das pessoas do planeta terá acesso a armazenamento virtual gratuito e ilimitado. “Usuários já estão produzindo crescentes quantidades de conteúdo sem a preocupação de precisar deletar arquivos para livrar espaço”, diz o documento, e ferramentas como o Dropbox já são consideradas vitais para muitas pessoas e empresas.

Quando isso se tornar realidade, não teremos mais que nos preocupar com históricos escolares e profissionais, por exemplo, afinal, praticamente toda a nossa vida estará registrada em alguma nuvem internet adentro. No entanto, ficará cada vez mais difícil se manter “fora do radar”.

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8) Uma enorme rede de sensores

Dentro de sete anos, cerca de 1 trilhão de sensores estarão conectados. “Especialistas sugerem que, no futuro, todos os produtos físicos poderão estar conectados a infraestruturas de comunicação, e sensores em todos os lugares permitirão que as pessoas tenham uma percepção completa de seu ambiente”, diz o texto.

Esse contexto poderá proporcionar aumento de produtividade e de qualidade de vida, redução no custo de entregas em domicílio e a criação de novos negócios, ao mesmo tempo em que a privacidade será um luxo cada vez mais raro de alcançar, e problemas de segurança se tornarão mais frequentes.

9) Casa conectada

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Até 2024, provavelmente 50% do tráfego da internet será aplicado ao funcionamento dos nossos lares. A automação do lar permitirá controlar objetos, como interruptores e eletrodomésticos, e robôs poderão se encarregar da limpeza doméstica — como já acontece com o Roomba, um aspirador de pó que dispensa o fator humano para limpar todo o chão de uma casa.

Nessa realidade, teremos mais conforto, segurança, independência e economia de energia em casa. Porém, questões de privacidade, monitoramento não autorizado e ataques cibernéticos serão grandes preocupações.

10) Cidades inteligentes

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Em 2026, cidades progressistas como Singapura e Barcelona poderão ser as primeiras equipadas com sensores de rua que facilitarão desde o gerenciamento de energia e o deslocamento de carros e pedestres, até a retirada do lixo das ruas.

A auto-eficiência será um ponto positivo junto com um aumento geral de produtividade, maior oferta de empregos e melhoria na qualidade de vida, ao passo que possíveis colapsos energéticos e aumento da vulnerabilidade para ataques cibernéticos podem ser citados como impactos negativos dessa nova realidade.

11) O poder na mão dos megadados

Os megadados, ou “Big Data”, serão decisivos na tomada de decisões por parte de governantes em 2023. Dessa forma, as decisões serão mais automatizadas tanto no setor industrial, quanto no político. Essa realidade deverá extinguir certos cargos administrativos, por exemplo, mas novos empregos também serão gerados.

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Sendo assim, as decisões poderão ser tomadas mais rapidamente, até mesmo em tempo real, porém estaremos cada vez mais dependentes da tecnologia — que já é essencial para o funcionamento da nossa sociedade, mas está caminhando para se tornar vital.

12) Carros sem motoristas

Google e Audi já estão desenvolvendo seus carros autônomos, e a tendência da indústria automobilística é de abraçar esse novo modelo de transporte. Esses carros tendem a ser mais seguros, causam menos impacto ambiental e acabam reduzindo também o congestionamento. O estudo prevê que até 2026 já veremos esses veículos independentes circulando pelas ruas dos grandes centros urbanos.

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O carro autônomo do Google (Reprodução: Divulgação)

Com a autonomia dos carros, seus motoristas terão mais tempo para se focar em atividades pessoais e profissionais até mesmo durante o transporte, já que não precisarão se preocupar com a direção. Além de aumentar a produtividade e a qualidade de vida, será notável uma redução no estresse generalizado das grandes cidades, e a adoção de veículos movidos a energia elétrica também gerará impactos positivos no meio-ambiente. No entanto, as profissões de taxista e motoristas particulares estarão ameaçadas.

13) Inteligências artificiais serão nossos “chefes”

Segundo o documento, em 2026 as IAs estarão evoluídas o suficiente para fazerem parte de conselhos empresariais, ajudando os líderes a tomarem decisões baseadas em análises racionais concretas.

Com isso, talvez seja menos comum vermos aquele funcionário que é “puxa-saco” do chefe crescer mais na empresa do que os demais, porém a presença de inteligências artificiais no corpo empresarial pode eliminar a necessidade de pessoas ocupando certos cargos de liderança, causando mais desemprego.

14) Colarinho branco robótico

Seguindo a premissa do tópico anterior, a pesquisa indica que 30% dos cargos do chamado “colarinho branco” já serão ocupados por inteligências artificiais em 2025. As IAs são ideais para automatizar processos e tomar decisões lógicas, o que significa que boa parte dos empregos de escritórios pode ser facilmente substituída por máquinas.

Além da redução de custos empregatícios, o uso de inteligências artificiais na rotina do escritório também gerará mais eficiência e novos negócios, mas o desemprego deverá ser um ponto bastante preocupante.

15) Robô farmacêutico

Uma das profissões que deverão sentir o impacto do avanço da robótica mais rapidamente é a de farmacêutico. O estudo do Fórum acredita que em 2021 muitas farmácias já utilizem a tecnologia para receitar medicamentos para a população.

Apesar de gerar um impacto negativo no mercado de trabalho deste segmento, a rapidez no atendimento e a extensão dos horários de vendas (que poderão facilmente ser 24 horas) provavelmente farão com que o público passe a preferir robôs farmacêuticos.

16) A revolução dos Bitcoins

Sistema de pagamento online independente de instituições financeiras, os bitcoins tendem a ganhar cada vez mais popularidade. O documento prevê que em 2027 cerca de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial já esteja armazenado em nuvem por esse tipo de moeda virtual. Atualmente, essa porcentagem é de 0,025%.

Sem pontos negativos, o estudo acredita que essa nova realidade no mundo financeiro beneficiará mercados emergentes e ocasionará na criação de novos e diversificados serviços relacionados ao nosso dinheiro.

17) Uma mão lava a outra

Dentro de dez anos, é possível que as ruas das grandes cidades acomodem carros ocupando mais passageiros do que atualmente. Para os pesquisadores do Fórum, a economia colaborativa fará parte do nosso cotidiano, aumentando o número de caronas entre pessoas com destinos em comum.

Além de reduzir os congestionamentos e o impacto ambiental, a oferta de aplicativos e serviços relacionados à economia colaborativa será consideravelmente maior, e teremos à mão ofertas “casadas”, como, por exemplo, a venda de alimentos e produtos de uso pessoal em táxis. Em contrapartida, talvez seja mais difícil conseguir contratos de trabalho estáveis, já que a oferta de emprego poderá se basear mais na execução de tarefas pontuais do que em outros critérios.

18) Impostos e mais impostos

A revolução dos bitcoins também afetará a cobrança de impostos. Ao passo que o dinheiro virtual pode ser facilmente sonegado, já que não necessariamente é administrado por bancos e demais instituições financeiras tradicionais, essa nova forma de realizar transações financeiras criará novas maneiras dos governos cobrarem impostos. A pesquisa não pontuou questões negativas ou positivas, mas listou como neutros pontos como a criação de novas políticas por parte de bancos centrais, como a taxação em tempo real, por exemplo.

19) Impressão 3D de grande porte

Em 2022 já teremos carros confeccionados por impressoras 3D. De acordo com as previsões dos especialistas, a evolução da tecnologia de impressão 3D será tão rápida que essas máquinas serão capazes de produzir uma infinidade de produtos, até mesmo comestíveis (na verdade, já é possível “imprimir chocolate”, por exemplo). A variedade de materiais utilizados nas impressões 3D será cada vez maior, e em breve teremos produtos produzidos por pequenas empresas, ou até mesmo em casa, feitos de alumínio, aço ou cerâmica, além do já bastante utilizado plástico.

Projeto de carro confeccionado com impressoras 3D da Local Motors (Reprodução: Divulgação)

O impacto positivo da popularização dessa tecnologia será imenso. Novos produtos surgirão com ainda mais rapidez, e os custos e tempo de sua produção serão reduzidos. A oferta de trabalho para designers e engenheiros será expandida, e novos campos de atuação serão criados. Negativamente falando, é possível que a impressão desenfreada de produtos cause mais poluição, caso a educação ambiental não acompanhe a velocidade da produção. Questões envolvendo direitos autorais e propriedades intelectuais possivelmente também serão problemáticas, bem como a pirataria e a redução na durabilidade dos produtos.

20) Órgãos impressos

A evolução das impressoras 3D também deverá impactar diretamente na saúde humana. Lá por 2024 já veremos notícias sobre os primeiros transplantes de órgãos artificiais criados com essa tecnologia - chamada de “bioprinting” (ou “bioimpressão”). Pó de titânio poderá gerar um osso, e as pesquisas para que esse cenário futurista se torne realidade em breve já começaram.

Além de eliminar a necessidade de se inscrever em uma longa fila de espera para receber o órgão de um doador humano, a impressão 3D de material orgânico fará com que pessoas amputadas possam recuperar seus membros perdidos, aumentando a qualidade de vida geral da população. Testes de novas drogas medicamentosas poderão ser realizados mais rapidamente usando órgãos criados em laboratório, agilizando o processo de aprovação por órgãos que regulamentam a criação e venda de remédios (como a Anvisa, no Brasil), e novas profissões relacionadas à bioimpressão surgirão rapidamente, aumentando a oferta de emprego. O contraponto surge ao pensar no mercado negro de órgãos e tecidos humanos, bem como o despejo irregular de material orgânico na natureza. Questões éticas também serão uma pauta importante.

21) Uma nova forma de consumir

Ainda considerando a transformação que as impressoras 3D causarão no mundo, em 2025 é esperado que cerca de 5% dos produtos que consumimos sejam confeccionados com essa tecnologia. Por exemplo, no lugar de comprar um sapato ou um objeto de decoração, se tornará cada vez mais comum comprar o software para realizar sua impressão em casa.

A personalização de produtos será um novo mercado de trabalho, reduzindo custos com logística e também o gasto energético. Com isso, possivelmente as fabricantes de bens de consumo sentirão um impacto negativo e a oferta de emprego nessas indústrias será impactada. Outro problema será a possibilidade de produzir armas brancas, ou até mesmo armas de fogo, ilegalmente.

Fonte: World Economic Forum