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Operação atinge grupo que movimentou mais de R$ 1 bi em importações ilegais

Por| Editado por Claudio Yuge | 09 de Agosto de 2022 às 14h20

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Ministério da Justiça e Segurança Pública
Ministério da Justiça e Segurança Pública

A Polícia Federal e a Receita Federal realizam, nesta terça-feira (9), a Operação Modo Avião, que tem o objetivo de desmontar uma quadrilha que trabalhava com a importação irregular de produtos eletrônicos, principalmente celulares. De acordo com as autoridades, o bando movimentou mais de R$ 1,2 bilhão com a venda de produtos em grande escala apenas no último ano e meio.

No total, são 58 mandados de busca, apreensão e prisão preventiva sendo realizados nesta manhã nos estados de São Paulo, Ceará e Paraná; uma das ações teria como alvo o Camelódromo de Londrina (PR), no interior do estado. A Operação Modo Avião foi deflagrada após investigações que levaram à apreensão de dezenas de produtos importados ilegalmente, principalmente celulares, que eram disseminados pelos criminosos em lojas do comércio popular.

A Receita Federal também realizou o levantamento patrimonial e monitorou transações realizadas pelos suspeitos de integrarem o bando, contando também com a ajuda do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). Segundo as autoridades, a operação encontrou indícios de que laranjas e empresas de fachada estavam sendo usadas para ocultar e pulverizar os lucros obtidos a partir da importação irregular de aparelhos eletrônicos.

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Como resultado dos trabalhos, também foram bloqueadas contas bancárias que somam mais de R$ 428 milhões. Os valores seriam oriundos do esquema e estavam pulverizados em registros criados pelos envolvidos e também as companhias falsas, que segundo a polícia, eram usadas em operações de lavagem de dinheiro.

A Operação Modo Avião pretende, também, obter provas materiais adicionais das práticas criminosas, além de prender alguns dos responsáveis pelo esquema. É daí, inclusive, que vem o nome, fazendo menção ao recurso dos smartphones que interrompe completamente seus serviços conectados, normalmente usado durante viagens aéreas.

Os suspeitos devem ser indiciados por crimes de formação de organização criminosa, descaminho (quando não se paga o imposto devido pela compra de um produto no exterior) e lavagem de dinheiro. As penas, se somadas, podem chegar a 22 anos de prisão.

Fonte: Folha de Londrina