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Open Banking e o fim do modelo tradicional financeiro

Por| 08 de Junho de 2021 às 10h00

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O tema open banking já faz parte da rotina de quem atua de forma direta e indireta no mercado financeiro. Mas, recentemente, o tema ganhou destaque e é possível notar muitas pessoas com dúvidas sobre o que de fato afetará a vida dos clientes. Antes de tudo, é importante saber que o open banking já é uma realidade em diversos países. Alguns contam com modelos não tão eficientes, enquanto outros se tornam referência no tema, como é o caso do Reino Unido.

Muitos especialistas apontam que o Brasil está no caminho certo em relação à estruturação do open banking. E do meu ponto de vista, concordo também com essa opinião. Isso porque, nós da GFT Brasil tivemos a oportunidade de participar ativamente da construção dos padrões de Open Banking propostos pela FEBRABAN, Federação Brasileira de Bancos, para o Banco Central. Dessa forma sabemos bem os desafios e também as oportunidades que as instituições terão com essa implementação.

Vejo no open banking uma possibilidade das organizações se reinventarem. O compartilhamento de dados dos usuários, que permitem essa divulgação, possibilitará melhores condições de negócios e até mesmo ofertas personalizadas. E isso promete alterar toda a dinâmica do setor, ainda mais em um país onde os cinco maiores bancos ofertam 70% do crédito. Estamos falando de um aumento da competitividade das instituições alavancadas pelas exigências dos clientes e empresas acelerando o uso para melhorar seus fluxos de caixa através de recebimentos imediatos.

Hoje os bancos ainda não veem o relacionamento do usuário com outras organizações financeiras. Mas com a chegada do open banking através de jornadas mais simples, agregadores e gestores financeiros, melhorarão o relacionamento do usuário com o mercado financeiro, exigindo das organizações o desenho de novos produtos surgindo novas possibilidades. Após a sua implementação o sistema financeiro brasileiro ficará mais moderno e também mais seguro. Vale reforçar que as instituições só terão acesso aos dados dos correntistas que permitirem esse compartilhamento.

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A transformação do mercado financeiro brasileiro já é uma realidade, o que deixa o modelo tradicional cada vez mais obsoleto. E essa mudança não é só proveniente do open banking, e sim de uma série de possibilidades que já batem em nossa porta, e que ainda baterão. O Pix, por exemplo, acabou de completar seis meses e possibilitou toda uma mudança no comportamento dos clientes, sejam pessoas físicas ou jurídicas. Todas essas mudanças vão além, vejo a transformação não apenas sendo digital mas também algo cultural, e com certeza isso é muito positivo para o mercado financeiro brasileiro.