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O que sabemos sobre Exynos 8895, chip que equipará o Galaxy S8

Por| 16 de Agosto de 2016 às 09h38

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O que sabemos sobre Exynos 8895, chip que equipará o Galaxy S8
O que sabemos sobre Exynos 8895, chip que equipará o Galaxy S8

Ainda temos vários meses até a Mobile World Congress 2017, a principal feira de smartphones do ano, onde os principais tops de linha de diversos fabricantes são anunciados. Entre essas fabricantes temos a LG, HTC, Sony, Huawei e, claro, a Samsung, que ainda é sinônimo de Android avançado, posto que mantém há anos. A receita se mantém basicamente a mesma desde o primeiro Galaxy S: geração mais recente de telas Super AMOLED, a melhor câmera disponível, alguns recursos exclusivos e, na quase totalidade dos casos, chips próprios (a única exceção foi o Galaxy S5).

Galaxy S, S2, S3 e S6 contavam unicamente com chips Exynos, enquanto o Galaxy S4 e Galaxy S7 traziam opções com chips Qualcomm e Exynos - ambos trazendo níveis equivalentes de desempenho -, enquanto o Galaxy S5 foi o único representante a oferecer somente um chip da Qualcomm (no caso, o Snapdragon 801). Ou seja, a Samsung está no mercado de SoCs de smartphones (e tablets) há um bom tempo, sendo uma das primeiras empresas a produzir chips de oito núcleos de alto desempenho, com o Exynos 5410 Octa na versão I9500 do Galaxy S4.

A Samsung usa a arquitetura big.LITTLE há gerações, acumulando um bom know-how de como trabalhar com 8 núcleos assíncronos.

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Esse know-how acumulado está rendendo bons frutos para a Samsung, que, ao que tudo indica, continuará a trabalhar com chips de oito núcleos na sua próxima geração de chips, que chegará ao mercado no Galaxy S8, e detalhes sobre ele já começaram a aparecer.

Exynos 8895

Esse é o provável nome do próximo chip da Samsung, ainda que ele possa mudar, dependendo da adoção de um novo core customizado. Uma das grandes diferenças entre o Exynos 7420 (Galaxy S6) e o Exynos 8890 (Galaxy S7) é que o segundo trouxe o primeiro core customizado da Samsung, o Mongoose (ou M1). Se a Samsung anunciar uma segunda geração do Mongoose, assim como a Qualcomm provavelmente fará com o Kryo 2.0, é possível que a numeração passe a ser 9XXX.

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Outro ponto é que o Exynos 8895 consome, a 4 GHz, a mesma energia do Snapdragon 830 a 3,6 GHz. Ou seja, ele tem otimizações internas para consumir menos bateria.

Pois bem, o que esse chip tem de interessante? Em primeiro lugar, a Samsung conseguiu fazer com que ele funcione de forma estável a 4,0 GHz em uma placa de testes. Naturalmente, é praticamente impossível que o Exynos 8895 alcance frequências tão altas em um produto final, já que a TDP e o consumo energético cresce de forma exponencial quando o chip passa a trabalhar com frequências muito altas, assim como acontece com overclocks de CPUs de PCs. Como comparação, o Exynos 8890 conseguia trabalhar com frequências de 3,0 GHz nos cores M1, mas chegou ao mercado com 2,3 GHz.

De qualquer forma, é um resultado e tanto, mostrando um nível de estabilidade consideravelmente maior ao trabalhar com frequências mais altas. Mantidas as proporções, o Exynos 8895 poderia chegar ao mercado trabalhando com frequências acima de 3,0 GHz. Ao que tudo indica, a Samsung anunciará seu novo chip com um processo de fabricação de 10 nanômetros, então a combinação de uma litografia menor com melhorias internas do chip faz com que 3,0 GHz não seja tão inacreditável assim, em teoria mantendo a mesma TDP e consumo energético.

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Internamente, ele é conhecido como "Kanchen".

Ou seja, a guerra entre Samsung e Qualcomm em 2017 mostra sinais de ser exatamente a mesma de 2016: a Samsung atacaria com quatro cores pouco modificados e outros quatro de economia de energia (ainda baseados no Cortex-A53, ao que tudo indica), enquanto a Qualcomm manteria a estratégia de aumentar cada vez mais a eficiência dos seus cores Kryo, mas usando menos núcleos e frequências menores. No departamento de CPU, paralelização vs poder single-core. Mas e a GPU?

GPUs da Mali de novo?

Desde o Galaxy S a configuração dos chips da Samsung foi mais ou menos a mesma: usar o Cortex mais avançado que a ARM tinha disponível, o mesmo valendo para a GPU. No caso, a série Mali de alto desempenho, implementada com vários clusters combinados. Esse cenário tornou a comparação entre os chips da Qualcomm e Samsung sempre constante, com o Exynos oferecendo mais poder de fogo em CPU, enquanto o Snapdragon fazia o mesmo com as GPUs.

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A Qualcomm não usa somente cores customizados, mas também tem sua própria GPU, e a Adreno comumente sempre ofereceu o melhor desempenho nesse departamento no Android. O Exynos 8890, por exemplo, usa a Mali-T880 MP12 (doze núcleos) que realmente impressiona na ficha técnica, mas ainda fica atrás da Adreno 530. O "problema" é que a Samsung, por não projetar suas próprias GPUs, fica à mercê de soluções de terceiros e tem escolhido exclusivamente os modelos da ARM até então.

Ao que tudo indica, 2017 será o ano em que a Samsung fará a migração para o 4K, o que joga uma enorme responsabilidade sobre o desempenho da GPU, já que são 125% mais pixels para movimentar.

No segmento de alto desempenho, quem não projeta as suas próprias GPUs conta somente com as opções da ARM (série Mali) e Imagination Technologies (série PowerVR, que equipa os iPhones). A ARM anunciou sua nova geração de GPUs, a Mali-G71 (junto com o Cortex-A73), que promete muito, mas ainda não há muitos detalhes de como ela se compara com a futura Adreno 540 e a nova geração de GPUs da PowerVR. Estas provavelmente chegarão ao mercado no Apple A10, já que a Apple é, naturalmente, o cliente preferencial da IT.

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Detalhes sobre a GPU do Exynos 8895 ainda são bastante vagos, mas provavelmente será a Mali-G71, o que, em teoria, manteria o "Exynos oferecendo mais poder de fogo em CPU, enquanto o Snapdragon faria o mesmo com as GPUs" comum ano após ano.

Conclusão

Outros detalhes do Exynos 8895 incluem suporte a memória LPDDR4X - assim como o Snapdragom 830 - e suporte às mais recentes APIs. Teremos de esperar o seu anúncio oficial para termos todos os detalhes, mas se há uma certeza, ela é esta: ele será um dos chips mais poderosos de 2017, participando do "duopódio" de uma forma saudável com a Qualcomm. Há diversos fabricantes de chips, mas ambas são, sem sombra de dúvida, as principais opções nos aparelhos avançados.

Nossa única ressalva é em relação à GPU, mas mesmo que a Samsung continue a usar as soluções da ARM em seus chips, é difícil não ficar otimista com as características do Galaxy S8. Quer dizer, ele provavelmente trará uma tela 4K, o que de fato sobrecarrega a GPU (em especial em jogos e em apps voltados para realidade virtual), mas é improvável que a Samsung anuncie seu chip incapaz de sustentar seu principal produto, já que ainda não existe um smartphone "4K puro" como referência até o momento. Vamos esperar para ver.

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Com informações: PhoneArena 1 e 2, WCCFtech,