Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Nem tudo é sucesso: conheça os 10 maiores fracassos da história da Apple

Por| 16 de Dezembro de 2013 às 08h25

Link copiado!

Nem tudo é sucesso: conheça os 10 maiores fracassos da história da Apple
Nem tudo é sucesso: conheça os 10 maiores fracassos da história da Apple
Tudo sobre Apple

Até mesmo aqueles que não são membros do clube de fanboys da Apple têm que admitir: a companhia de Steve Jobs tem um vasto histórico de produtos que mudaram os rumos da indústria da tecnologia e entretenimento.

Com o iPhone, iPad, iMac e iPod, a companhia fundada por Steve Jobs se tornou a mais valiosa de todo o mundo. Mas nem sempre só de sucesso e glamour ela viveu. E nós separamos 10 produtos que foram completos fiascos e que mostram justamente o outro lado que poucos conhecem ou ouviram falar.

10. Apple III

Por muitos anos o carro-chefe da Apple foi o Apple II, computador concebido por Steve Wozniak e lançado em 1977. A bem da verdade, por muitos anos esse foi o único produto da Apple que realmente vendia e pagava as contas dos funcionários. Apesar do sucesso, aos poucos o computador se tornou obsoleto e, em 1980, era chegada a hora de substituí-lo pelo Apple III.

Continua após a publicidade

O Apple III foi o primeiro computador da Apple que não foi projetado por Steve Wozniak. O resultado: um computador com graves problemas de hardware.

Com a promessa de substituir seu antecessor, o Apple III acabou se tornando um verdadeiro fracasso. A começar pelo fato de não ter sido desenhado por Wozniak e sim pela equipe de marketing da Apple. Sim, a equipe de marketing, cuja única preocupação era dar asas aos caprichos de Jobs quando Wozniak já não mais o aguentava.

Por causa disso, o Apple III chegou aos consumidores cheio de defeitos. Sem ventoinhas de refrigeração (uma obsessão de Jobs na época), ele esquentava rápido demais, travava constantemente e suas peças simplesmente se soltavam com o tempo. Era uma máquina que "tinha 100% de falhas de hardware", afirmou Wozniak posteriormente. No fim das contas, o computador que custava US$ 4.500 vendeu somente 75 mil unidades, das quais 14 mil retornaram à Apple por defeitos e insatisfação dos clientes.

Continua após a publicidade

9. O computador com o nome da filha de Jobs, o Lisa

Com o eminente fracasso do Apple III, Steve Jobs resolveu que era hora de seguir em frente e bolar algo novo. Algo que realmente chamasse a atenção dos consumidores e os fizessem abrir as carteiras para comprar. Por alguns meses ele e sua equipe buscaram o "quê" que faltava ao novo computador, até que visitaram a Xerox PARC em Palo Alto em 1979. O que eles viram lá mudaria para sempre a história da computação: uma interface gráfica cuja interação ocorria através de um dispositivo que depois ficou conhecido como mouse.

O Apple Lisa foi o primeiro computador com interface gráfica do mundo. Por esse diferencial, a Apple acreditava que poderia cobrar o quanto quisesse. Não deu certo e o Lisa foi, literalmente, enterrado.

Continua após a publicidade

Após várias visitas à Xerox com um punhado de programadores, Jobs finalmente conseguira "extrair" a ideia do sistema, copiando-o e aperfeiçoando para o novo computador da empresa, o Lisa. Em 1983, finalmente, a companhia tinha a máquina perfeita e o sistema operacional perfeito para impressionar os consumidores, mas errou em uma coisa: o preço.

Apesar de ser o primeiro computador com uma interface gráfica do mundo, poucas pessoas estavam dispostas a pagar US$ 10.000 em um desses em 1983. Era muita grana - e até hoje é. Ainda que o Lisa tenha sido um marco importante para a história da indústria, ele foi um fiasco de vendas e, somente dois anos após seu lançamento, foi descontinuado. Alguns relatos apontam que as unidades que ficaram encalhadas nas prateleiras foram recolhidas e enterradas no deserto de Utah, nos Estados Unidos.

8. 20 anos de Apple comemorados com um Macintosh de extremo mau gosto

O ano de 1996 se aproximava e a Apple decidiu que seria uma boa ideia lançar um computador comemorativo aos 20 anos da companhia. A ideia era inventar e lançar um produto diferenciado e exclusivo para os consumidores.

Continua após a publicidade

Assim surgiu o 20th Anniversary Macintosh, um computador com tela de LCD de 12 polegadas, 800x600 pixels de resolução e especificações ordinárias até mesmo para a época. Nada de especial ou que chamasse atenção, certo? Errado!

Concebido em comemoração aos 20 anos da Apple, o 20th Anniversary Macintosh exigia muito dinheiro para um computador modesto e de design duvidoso

O pequeno computador comemorativo acabou chamando atenção do público pelo design de extremo mau gosto e o preço um "pouquinho" salgado: US$ 9 mil. O pior de tudo é saber que nem mesmo a Apple sabia o que fazia com o computador, que só chegou mais de um ano depois da festa de 20 anos da companhia.

Continua após a publicidade

No fim das contas, somente 12 mil unidades do Macintosh comemorativo foram fabricadas e o computador foi aniquilado do hall de produtos da Apple em 1998, menos de um ano após seu lançamento.

7. QuickTake, a primeira câmera digital destinada ao consumidor

No começo da década de 1990 eram gastos cerca de US$ 12 bilhões somente em fotografias nos Estados Unidos e a Apple viu nessa cifra uma boa oportunidade de ganhar mais dinheiro. A ideia era lançar uma câmera digital para facilitar a captura e, principalmente, armazenamento de imagens no computador dos usuários.

Continua após a publicidade

Considerada a primeira câmera digital voltada ao consumidor, a Apple QuickTake era cara e logo perdeu espaço para as câmeras digitais da Kodak e Fujifilm que inspiravam mais confiança aos consumidores

Finalmente, em 1994, a ideia se tornou realidade e a QuickTake chegou ao mercado. Mas a premissa parecia boa demais para dar certo. Custando ridículos US$ 750, a QuickTake não só espantava os consumidores, como também os decepcionava com os míseros 640x480 pixels de resolução. As vendas não aconteceram e não demorou muito para que seus poucos usuários a deixassem de lado para adquirir câmeras da Kodak, Fujifilm, Canon e Nikon quando elas entraram para o mercado de câmeras digitais em meados de 1996.

Fracassada, a QuickTake teve o mesmo destino do TAM: foi aniquilada do hall de produtos da companhia no retorno de Steve Jobs em 1997.

6. Macintosh TV

Continua após a publicidade

Considerado o precursor da Apple TV, o Macintosh TV foi a primeira investida da Maçã no mercado televisivo. O objetivo era ousado e a companhia queria que os consumidores só precisassem de um único aparelho em suas casas para assistir e utilizar o computador: o Mac TV.

Primeira investida da Apple no mercado televisivo, o Mac TV não chegou nem perto de fazer sucesso e só ficou 5 meses no mercado

Tudo poderia dar certo se o computador permitisse assistir à TV numa pequena janela enquanto se utilizasse seus recursos computacionais. Mas, infelizmente, a coisa não era tão perfeita assim. As duas tarefas eram independentes e uma só poderia ser usada se a outra estivesse desligada. A limitação do aparelho e o preço absurdo de US$ 2 mil pedido por ele foram suficientes para revelar o amadorismo da companhia na época em que Jobs esteve afastado dela.

Continua após a publicidade

No final das contas, somente 10 mil unidades do Mac TV foram produzidos em seu curtíssimo período de apenas 5 meses de vida. Fiasco total.

5. Power Mac G4 Cube, o Mac sem monitor e com uma boca de bueiro

Desde sempre Steve Jobs pensou em seus produtos como artigos que também deveriam ser apreciados pela beleza e elegância intrínseca a eles. Por esse motivo, sempre que se envolvia em um projeto, ele ficava obcecado por seu design e exigia o impossível de sua equipe. Esse comportamento fez com que Jobs fosse "expulso" da Apple em 1985, levando-o a fundar sua própria empresa, a NeXT. Por 12 anos Jobs deu asas a sua imaginação e caprichos na NeXT e quase foi à falência, já que, de tão minimalista, não conseguia lançar um produto rentável sequer.

Em seu retorno à Apple, em 1997, Jobs trouxe consigo várias ideias e projetos que, pouco a pouco, foram executados pela Maçã. E um deles foi o Power Mac G4 Cube.

Continua após a publicidade

O design arrojado e futurístico do Power Mac G4 Cube maquiava um computador pouco potente, frágil e caro

Lançado em 2000, o Power Mac G4 Cube foi desenhado para ser lindo e apreciado, mas não tão usado. Seu design em cubo envolto em acrílico escondia um computador pouco poderoso, frágil e caro: US$ 1800, US$ 200 a mais que o mais poderoso Power Mac G4. Alie isso à necessidade de comprar um monitor a parte, aos constantes relatos de superaquecimento dos componentes e a quebra da carcaça de acrílico e você terá a fórmula perfeita para o fracasso. Apenas um ano após seu lançamento, o Power Mac G4 Cube e sua entrada de ar que mais parecia um bueiro foram descontinuados e hoje fazem parte do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque.

4. O não tão esperto Apple Newton

Continua após a publicidade

Há quem diga que o Newton foi o precursor dos atuais tablets e que ele foi relativamente bem sucedido em relação a outros PDAs como o HP TouchPad e o Microsoft Kin.

Concebido como um assistente pessoal, o Apple Newton foi um fracasso comercial. No entanto, seus erros e falhas foram decisivos para os atuais iOS e iPad

Apresentado pela Apple como um assistente pessoal capaz de armazenar anotações, contatos e gerenciar calendários e compromissos, o Newton dispunha de uma tela touch resistiva capaz de traduzir a escrita à mão em texto e a possibilidade de enviar fax. Bem bacana, né? O problema é que a coisa não funcionava como a Apple vendia.

O reconhecimento de escrita à mão era tão ruim que foi motivo de chacota pelo público e pelos Simpsons. Além disso, de portátil o Newton não tinha nada. Grande, pesado e desajeitado, o Newton tinha uma bateria que durava muito pouco e quase nenhum aplicativo feito para ele.

Comercialmente falando, foi um fracasso. A Apple investiu mais de US$ 100 milhões em seu desenvolvimento e não viu esse dinheiro voltar. No entanto, ao contrário dos demais fiascos, o Newton deixou um legado importante para a concepção dos mais que bem sucedidos iOS e iPad.

3. Pippin, o videogame que nunca deveria ter existido

A década de 1990 é considerada até hoje como a era de ouro dos videogames. Nintendo e SEGA duelavam por cada palmo do mercado e a Sony iniciava sua bem sucedida aventura lançando o primeiro PlayStation. Já naquela época, a indústria dos videogames era um negócio altamente rentável e, claro, a Apple queria um pedaço dela. Sua arma: o Pippin.

Lançado em 1995, o Pippin apostava num modelo diferente de negócios. Ao invés de licenciar os jogos, a Apple optou por licenciar a plataforma a terceiros. Não colou e somente 42 mil unidades foram comercializadas em dois anos

Diferente dos consoles da Nintendo e Sega, cujos lucros vinham principalmente do licenciamento dos jogos, a Apple resolveu apostar no licenciamento de uma plataforma baseada no Mac OS "Classic" para lançar o seu primeiro videogame. Quem desejasse utilizá-la, bastaria pagar uma licença para receber as especificações de arquitetura e kits de desenvolvimento e, posteriormente, pagar os royalties por cada unidade fabricada e vendida.

O negócio e a plataforma foram apresentadas em alguns eventos e conferências, mas depois de um tempo somente a Bandai se interessou no Pippin. O projeto, cujo fracasso era eminente, afundou quando as primeiras unidades foram anunciadas por exorbitantes US$ 600. Um preço salgado por um videogame que tinha uma biblioteca de jogos muito limitada, basicamente constituida apenas por jogos da Bandai.

Das 100 mil unidades do Pippin que foram produzidas pela parceria Apple/Bandai, somente 42 mil delas foram comercializadas. Motivo suficiente para o projeto ser interrompido e o contrato com a Bandai ser rompido no retorno de Steve Jobs à companhia em 1997.

2. Os elegantes, porém pouco funcionais mouses da Apple

Tem quem diga que mouse é mouse, são todos iguais. Mas a Apple sempre fez questão de mostrar o contrário quando lança um novo mouse com anatomia diferenciada e design arrojado.

Os mouses da Apple sempre se diferenciaram pelo design arrojado e anatomia diferenciada. Mas isso não necessariamente significa que eles são bons. O USB Mouse (sexto da esquerda para a direita) foi o mais criticado de todos

Mas nem sempre a coisa deu certo e alguns mouses da Maçã foram rotulados como "esquisitos". Foi o caso do USB Mouse, o primeiro mouse USB da história, lançado com o iMac em 1998. Com um formato que mais parece um disco de hockey, o mouse não era ergonômico, tampouco confortável e contava com apenas um botão que mais atrapalhava do que ajudava.

Acabou que, apesar do visual bacana, o USB Mouse não vingou, irritou, sumiu dois anos depois do seu lançamento e se tornou referência de como não desenhar um mouse.

1. O não tão portátil Macintosh Portable

O fim da década de 1980 foi marcado pelo surgimento dos primeiros computadores portáteis que se tem notícia. No entanto, logo ficou claro que ainda havia um longo caminho a ser percorrido antes que eles se tornassem rentáveis e, no mínimo, atraentes para os consumidores.

De portátil o Macintosh Portable tinha apenas o nome. O computador pesava exatos 7,2 kg , era demasiadamente lento e tinha sérios problemas de hardware que impediam sua utilização enquanto conectado à tomada

A primeira investida da Apple nesse sentido foi com o nem tão portátil Macintosh Portable. Com mais de 7 kg, o "portátil" tinha uma série de limitações, era muito lento e custava caro: US$ 12 mil em 1989. O manual dizia que suas baterias não poderiam descarregar completamente. Caso isso acontecesse, elas poderiam ser danificadas para sempre e comprometer o funcionamento do computador. Mas isso não era o pior.

Devido a forma como sua fonte de alimentação foi projetada, não era possível utilizar o Portable enquanto ele estava conectado à tomada carregando. E você aí, reclamando do seu computador de poucos quilos que você carrega pra cima e pra baixo.

Você conhece algum outro produto da Maçã que poderia entrar para esta lista? Qual? Conta para gente alí nos comentários!