Microsoft remove Matebook da loja, mas não se posiciona sobre "ban" da Huawei
Por Rafael Arbulu | 21 de Maio de 2019 às 19h40
A Microsoft ainda não decidiu se vai seguir a ordem executiva emitida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que rege que empresas americanas suspendam contratos e negócios com a fabricante chinesa Huawei. As duas companhias possuem parceria na oferta do Matebook X Pro, fabricado pela Huawei, porém com sistema operacional Windows 10 instalado.
A fim de, talvez, ganhar tempo até tomar uma decisão, a Microsoft removeu as ofertas do Matebook X Pro de suas lojas oficiais. Entretanto, a Huawei ainda pode vender o aparelho por outros meios, mesmo este estando com o Windows. Para efetivamente impedir que a gigante chinesa comercialize o aparelho, a Microsoft precisaria suspender o seu licenciamento do sistema operacional — e quanto a isso, ela ainda não se posicionou oficialmente.
Qualquer listagem de produtos relacionados à Huawei estão ausentes nas lojas online da Microsoft. Uma oferta ainda pode ser encontrada em cache, datada da última semana, possivelmente antes de a ordem executiva presidencial tomar efeito, mas é certo que ela já não possa mais ser aproveitada e a página seja apenas para fins de exibição.
Ao contrário da empresa chefiada por Satya Nadella, porém, nomes como Google, Intel e Qualcomm já estabeleceram o fim de suas relações comerciais com a Huawei. O efeito disso é variado, porém ruim aos consumidores de smartphones da própria empresa ou de suas subsidiárias: modelos Huawei ou Honor não mais contarão com app first party (ou seja, desenvolvidos pela própria Google para o Android) em seus smartphones, como YouTube, Google Suite, Gmail, entre outros.
O governo dos EUA assegurou uma extensão da licença da Huawei para uso do Android, com duração de 90 dias. Entretanto, a janela de tempo, além de extremamente apertada, pode não se aplicar ao Windows. Se a Microsoft decidir pela suspensão, a Huawei pode se ver sem mais um ecossistema para trabalhar em seus dispositivos.
A Microsoft não respondeu a pedidos da imprensa especializada por comentários.
Fonte: The Verge