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Microsoft corta 7.800 empregos para "reestruturar" setor de telefonia móvel

Por| 08 de Julho de 2015 às 12h00

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Microsoft corta 7.800 empregos para "reestruturar" setor de telefonia móvel
Microsoft corta 7.800 empregos para "reestruturar" setor de telefonia móvel
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Apesar do entusiasmo da Microsoft com o lançamento do seu novo sistema operacional, o Windows 10, os negócios no setor de telefonia móvel parecem não estar correspondendo conforme o esperado. A companhia americana revelou que irá realizar uma nova rodada de reestruturação que cortará cerca de 7.800 empregos, principalmente no setor de telefonia móvel. De acordo com uma carta de Satya Nadella, CEO da Microsoft, aos funcionários da empresa, as demissões fazem parte dos planos da empresa de "reestruturar o negócio de telefonia móvel para concentrar e alinhar os recursos".

A notícia pode não ser totalmente surpreendente, dado que Stephen Elop, ex-chefe da Nokia e vice-presidente executivo da divisão de dispositivos móveis da Microsoft, aposentou-se da companhia há algumas semanas. Na verdade, a Microsoft com seu sistema móvel, o Windows Phone, está tentando buscar seu espaço no mercado, uma vez que chegou tarde para competir com os líderes de mercado, Android e iOS. Sendo assim, uma redefinição dos esforços da empresa neste setor era esperada.

A Microsoft já havia unificado duas de suas divisões, a WDG e a ODM, especializadas em dispositivos e sistemas, respectivamente. Agora, a liderança dos setores está a cargo de Terry Myerson, que anteriormente estava na função de vice-presidente do setor de sistemas operacionais da empresa. Com isso, a Microsoft quer criar maior sinergia entre seu hardware e software.

"Estamos traçando uma estratégia para crescer no negócio mobile, criando um ecossistema Windows vibrante", disse Satya Nadella. "No curto prazo, vamos executar um portfólio de aparelhos mais focado e eficaz, mantendo a capacidade de reinvenção de longo prazo no ramo mobile".

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Comprar a Nokia foi um erro

Parece que sutilmente a empresa está admitindo por meio de suas ações que a compra da divisão mobile da Nokia foi um erro realizado pelo antecessor de Nadella, Steve Ballmer. O fraco desempenho da empresa neste setor, bem como os números estagnados em participação de mercado, mostram que uma reestruturação é necessária. Quando adquiriu a empresa finlandesa, a Microsoft a utilizaria como estratégia para encontrar um caminho que lhe daria competitividade com os aparelhos equipados com iOS e Android.

Frank Gillett, analista da Forrester Research, disse que a Microsoft "esperava que sua participação de mercado dobrasse ou triplicasse" com a aquisição da divisão mobile da Nokia. "É a última decepção da Microsoft com a geração de liderança anterior", conclui.

Com o lançamento do Windows 10 para o final de julho, Nadella tem plena consciência da necessidade de orientar a Microsoft de volta para o caminho certo, tendo em mente que o retorno às suas raízes como empresa de software é fundamental. A notícia das demissões não indica que a empresa irá abandonar o mercado mobile, mas que provavelmente irá estreitar sua gama de dispositivos.

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Em uma tentativa de concentrar seus negócios, a Microsoft já vendeu seu setor de publicidade para a AOL em nove mercados. A empresa também anunciou a venda de sua divisão de mapeamento do Bing Maps para o Uber, em um negócio que envolveu a transferência de cerca de 100 funcionários que trabalham em coleta e análise de dados.

Fonte: VentureBeat