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Mercado brasileiro de PCs sofre queda de 36% nas vendas em 2015, segundo IDC

Por| 10 de Março de 2016 às 11h30

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Não é de hoje que temos noticiado sobre a redução no volume de computadores vendidos no mundo inteiro, e o Brasil tem sido um dos países que mais notou essa queda - seja por conta da crise econômica ou pela baixa adesão do consumidor. Prova disso é que 2015 foi um péssimo ano para o mercado nacional de PCs, que vendeu 6,6 milhões de máquinas de janeiro a dezembro.

Os dados fazem parte de um estudo realizado pela IDC Brasil. De acordo com a consultoria, essa quantidade equivale a uma queda de 36% em comparação com 2014. Do total, 2,6 milhões foram desktops (queda de 36%) e 4 milhões foram notebooks (também queda de 36%), sendo 32% comercializados para o mercado corporativo e 68% para o consumidor final.

Ainda segundo o estudo da IDC Brasil, entre os meses de outubro e dezembro de 2015 foram vendidos 1,4 milhão de computadores no país, sendo 531 mil desktops (queda de 45% na comparação com 2014) e 847 mil notebooks (queda de 50% na comparação com 2014). Deste total, 65% foram destinados aos consumidores finais e 35% ao mercado corporativo.

"2015 foi o pior ano desde 2005, quando o país comercializou quase a mesma quantidade de máquinas, porém se tratava de um mercado novo, que estava em ascensão. O ano passado foi um período de altas frequentes do dólar e das taxas de desemprego, e o país enfrentou um momento político-econômico cheio de conturbações. Isso refletiu diretamente na decisão de compra dos consumidores", disse Pedro Hagge, analista de pesquisa da IDC Brasil.

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Enquanto o mercado apontou queda nas unidades vendidas, a receita caiu apenas 13%. "Em 2014, um computador custava, em média, R$ 1.694. No ano passado, este valor foi para R$ 2.323, ou seja, o tíquete médio cresceu 37%", complementa o analista. Segundo Hagge, o consumidor brasileiro está mais exigente e prefere equipamentos mais robustos, e os fabricantes, por sua vez, não conseguem oferecer máquinas mais potentes por preços mais baixos.

Segundo a companhia, a tendência é que a retração no mercado de PCs se repita em 2016. "Esperamos uma queda de 18% em unidades e um crescimento de 20% no tíquete médio. Com o fim da Lei do Bem, os preços dos computadores devem ficar, no mínimo, 10% mais altos na comparação com o ano passado", completa Hagge.