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Mark Zuckerberg conversou com Donald Trump sobre barrar TikTok em 2019

Por| 25 de Agosto de 2020 às 11h58

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Reprodução/Twitter/Donald Trump
Reprodução/Twitter/Donald Trump
Mark Zuckerberg

O TikTok pode ter um inimigo além do governo de Donald Trump nos Estados Unidos. Uma reportagem do Wall Street Journal revelou nesta segunda-feira (24) que o presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, tem dito aos congressistas e ao próprio Trump, em reuniões privadas, que o app chinês é uma ameaça aos Estados Unidos.

Segundo o veículo, Zuckerberg teria jantado com o presidente do país em outubro de 2019, quando alegou que o TikTok poderia ser uma ameaça maior para a economia norte-americana do que tentar controlar o Facebook. De acordo com o Wall Street Journal, o CEO da rede social também fez visitas a Washington algumas semanas antes, quando teria conversado com congressistas.

Ele teria se encontrado com os senadores Tom Cotton e Chuck Schumer, respectivamente republicado e democrata, os quais, um mês depois, escreveram uma carta a autoridades de inteligência internacional pedindo um inquérito sobre o TikTok.

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Ainda de acordo com o periódico, o Facebook criou um grupo de defesa contra a companhia chinesa, veiculando anúncios sobre benefícios que as empresas de tecnologias locais oferecem para os Estados Unidos.

O que diz o Facebook? 

Em resposta ao Wall Street Journal, um porta-voz da rede social disse que Zuckerberg não lembra de ter falado sobre o TikTok na reunião com Trump no ano passado. Contudo, reforçou que o app chinês é um forte competidor. “Nossa visão da China é clara: devemos competir”, informou em nota. Já os porta-vozes dos senadores preferiram não comentar o caso.

Banimento do TikTok

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O governo norte-americano apresentou um decreto proibindo transações de pessoas e empresas do país com a ByteDance, desenvolvedora do TikTok. A movimentação faria com que, por exemplo, Google e Apple não pudessem disponibilizar o app em suas lojas. A Casa Branca deu o prazo até outubro para bloquear a companhia.

A justificativa é de que, ao ser um programa da China, governada por um partido antidemocrático, o TikTok poderia funcionar como uma ferramenta de espionagem contra a população dos Estados Unidos. Contudo, não há provas de que isso possa acontecer, sendo que a própria ByteDance prometeu abrir seu algoritmo para garantir transparência.

O TikTok respondeu processando o governo dos Estados Unidos e alegando que a medida coloca em risco mais de 1.500 empregos, sendo que a companhia tem planos de gerar mais 10 mil novas vagas para o país.

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O embate também pode ser solucionado com a compra do app por companhias como Microsoft, Twitter e Oracle, as quais já se mostraram interessadas na aquisição.

Fonte: Wall Street Journal (com tradução da Folha)