Manifestantes e políticos protestam contra sede da Amazon em Nova York
Por Rafael Rodrigues da Silva | 16 de Novembro de 2018 às 09h09
Quando a Amazon anunciou que iria construir uma de suas novas sedes na cidade de Nova York, o clima geral foi de euforia. Mas alguns habitantes locais, apesar de felizes com os novos postos de trabalho, se sentiram incomodados com alguns pontos do contrato que a gigante da internet firmou com a prefeitura da cidade.
Entre os descontentes estão dois políticos locais, o senador Michael Gianaris, o membro do Conselho da Cidade (algo como o vereador no Brasil) Jimmy Van Bramer. O principal problema deles com o projeto é o valor dos incentivos fiscais que a cidade irá garantir para que a empresa se instale por lá. Para Gianaris, Nova York está usando programas de incentivo existentes nunca escala nunca vista antes para qualquer outra empresa que se instalou na cidade.
Gianaris está correto na observação: os incentivos que a prefeitura de Nova York fornecerá para a Amazon possuem valores muito superiores aos comuns nesses casos. E isso se torna evidente ao comparar com outra sede que a empresa irá inaugurar em Arlington, região metropolitana de Washington DC. Enquanto a nova base – que será instalada a poucos quilômetros da capital do país – receberá US$ 500 milhões em incentivos fiscais, os incentivos do prédio em Nova York somarão um valor de US$ 1,5 bilhão.
O senador já avisou que irá lutar contra a liberação de todo esse valor em incentivos fiscais para a empresa, pois ele poderá prejudicar na manutenção da infraestrutura da cidade, e que já colocou sua equipe para estudar modos de barrar a liberação dos incentivos.
Enquanto isso, a Amazon também tem sofrido com protestos contra outra cláusula do contrato. Cerca de 150 pessoas protestaram em Long Island (onde a sede da Amazon será construída) devido a uma cláusula em que a prefeitura se compromete a construir na região um heliporto que será utilizado pelos executivos da empresa. Marchando pelas ruas, os manifestantes pediam por mais investimentos em construção de moradias e saneamento ao invés de heliportos.
Fonte: The Verge