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Internautas acusam Google de ter "excluído" a Palestina de seu mapa

Por| 09 de Agosto de 2016 às 19h31

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Independent.co
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A ira da internet pode ser acesa a qualquer simples faísca. Desta vez a situação envolveu os mapas do Google e a delicada situação dos conflitos entre Israel e Palestina. Alguns usuários notaram que a região da Palestina não estava descrita nos mapas do Google, e que constava apenas uma grande região apontada majoritariamente como Israel.

Primeiramente acreditava-se que a empresa havia removido completamente a demarcação da Palestina no Mapa. No entanto, não foi exatamente isso o que aconteceu. De fato, não há qualquer tipo de demarcação do território palestino, mas porque ela realmente nunca existiu nos mapas da Google.

Uma petição online chamada "Google: Put Palestine on your maps" (Google: Coloque a Palestina em seus mapas, em tradução livre), que atraiu mais de 150 mil assinaturas apenas nesta segunda feira, pede que a empresa reconheça seu erro. A petição ainda acusa a empresa de "se fazer de cúmplice da limpeza étnica palestina que o governo de Israel está promovendo" de propósito ou inadvertidamente.

Google removes Palestine from its world Map .. Wow pic.twitter.com/HsQL4nOozp — AlQubaty (@FakhuusHashim) 8 de agosto de 2016
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WTF @google ? Trying to faking the history huh? #freepalestine #PalestineIsHere pic.twitter.com/mkWtKeRooi — Valdi Greenwood (@ValdiArief) 8 de agosto de 2016

A omissão da identificação é apontada pela petição, feita por Zak Martin, como um "grave insulto" aos palestinos. O Fórum de Jornalistas Palestinos (PJF na sigla em inglês) afirmou em um comunicado que isso "é parte de um esquema israelense para estabelecer seu nome como um estado legítimo pelas próximas gerações e [também para] abolir a Palestina de uma vez por todas". O grupo afirmou que o Google retirou todas as indicações da Palestina ao designar os territórios palestinos como Israel no dia 25 de julho. Ele ainda aponta que isso é contrário às normas e convenções internacionais e é meramente "designado para falsificar a história e a geografia".

A Cisjordânia, apesar de aparecer nas buscas do Google Mapas, também não tem nenhuma indicação no mapa global.

Em 2013, o político israelense Moshe Gafni, chefe do Comitê Knesset Science and Technology, havia dito o quão importante a indicação de território era, logo depois do Google ter alterado a nomenclatura dos "Territórios Palestinos" para apenas "Palestina" em algumas plataformas.

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A reação na internet, principalmente no Twitter, foi muito grande. A hashtag #PalestineIsHere (Palestina é aqui, em tradução livre) entrou para os trending topics nesta terça feira, mas começou a ser usada desde segunda. A hashtag #BoycottGoogle também começou a circular na rede, com pessoas ameaçando inclusive abandonar o serviço de mapas da gigante de Mountain View e passar a usar outros.

WTF @google ? Trying to faking the history huh? #freepalestine #PalestineIsHere pic.twitter.com/mkWtKeRooi — Valdi Greenwood (@ValdiArief) 8 de agosto de 2016
shame on you google it's palestine not isreal ??????? pic.twitter.com/KJW8EebHnP — zaheer (@zxheex) 8 de agosto de 2016

A questão Israel-Palestina é apenas um exemplo de como o Google lida com locais que passam por conflitos territoriais. O site "Disputed Territories" faz uma demonstração de como a empresa trata esse tipo de questão. "Por exemplo, pegue a descrição da Crimeia no maps.google.com [versão americana], onde uma linha tracejada reflete a visão dos Estados Unidos. Mas na Rússia, em maps.google.ru [versão russa], a linha da fronteira é sólida. A Rússia anexou oficialmente a Crimeia", diz o site em sua página de introdução. Tal site não recebe atualizações desde junho de 2014, mas inclui lugares como Crimeia e Caxemira.

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Fonte: Mic.