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Intel quer dar mais sensibilidade à computação

Por| 18 de Agosto de 2015 às 17h32

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Intel quer dar mais sensibilidade à computação
Intel quer dar mais sensibilidade à computação
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Começou nesta terça-feira (18) o Intel Developer Forum (IDF) 2015 e o CEO da companhia, Brian Krzanich, foi o responsável pelo pontapé inicial para o evento de desenvolvedores da empresa. Dentre os assuntos abordados, o executivo destacou que o futuro da computação passa por um fator muito interessante que ele chama de "sensificação", que nada mais é do que a aplicação de outras formas de interação com computadores, como a linguagem natural e gestos.

Alguns meios (que, para nós, humanos, estão muito mais ligados aos nossos sentidos) servem como ponte para essa comunicação. É o caso dos comandos de voz, de áudio e até mesmo de visão. Computadores passam a se comportar cada vez mais como nós, humanos, graças a uma série de sentidos que pode ser "emprestada" a eles.

Já imaginou computadores ouvindo, enxergando e exprimindo suas impressões por aí? É exatamente isso que a Intel quer.

Voz

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Para Krzanich, a experiência de controle por voz não deve começar com o usuário apertando um botão, mas sim ser uma experiência de conversa de mão dupla. "Queremos mais, queremos que nossos dispositivos se comportem mais como seres humanos", disse Krzanich. Um exemplo apresentado foi o uso da tecnologia Intel Smart Sound associada ao recurso Wake-on-Voice, criado em parceria com a Microsoft, para ativar a Cortana no Windows 10 apenas com o uso da voz mesmo que o computador esteja em modo de suspensão.

Áudio

A Intel também fez uma parceria com o Google para melhorar a latência do áudio no Android Lollipop. Porém, como já era esperado, a novidade só poderá ser notada em dispositivos Android equipados com processador Intel.

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Imagem: Reprodução / Anandtech

Visão

A Intel tem o pretensioso plano de tornar a visão de dispositivos de computação mais parecida com a humana. Sua grande aposta para isso é a tecnologia chamada RealSense – algo parecido com a tecnologia por trás do Kinect.

"A tecnologia RealSense permite que o poder da visão humana para um dispositivo de computação. Ela não só cria uma ótima imagem, mas também mensurar a profundidade e a posição relativa de todos os objetos ao seu redor", explicou Krzanich.

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A RealSense não é necessariamente algo novo, afinal ela já foi apresentada pela empresa em eventos anteriores. Porém, a novidade é que a Intel ampliou essa tecnologia e a tornou mais íntima dos smartphones. Para demonstrar, um protótipo de telefone equipado com RealSense foi levado ao palco, onde o executivo digitalizou objetos em três dimensões e conseguiu uma imagem completa na tela do gadget.

A novidade também permite tirar fotos de diferentes objetos num quarto para, em poucos segundos, conseguir uma versão digital de cada um deles. O protótipo usado na apresentação também foi criado em parceria com o Google, onde o Project Tango incorporou câmeras com tecnologia RealSense e alguns sensores para criar os mapas 3D.

Imagem: Reprodução / Anandtech

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RealSense em robôs

A Intel também quer que os desenvolvedores utilizem o RealSense para equipar robôs, tanto que a empresa levou o seu próprio bot para o palco em uma demonstração prática do que ele pode fazer – neste caso, entregar uma lata de refrigerante para o apresentador.

Outro exemplo de uso é em robôs mordomos, capazes de entregar coisas para hóspedes em um hotel, afinal a tecnologia permite que eles desviem de obstáculos e pessoas no meio do caminho.

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Imagem: Reprodução / Anandtech

O RealSense é compatível com uma série de plataformas, entre elas Linux, Twitch, Unreal, Project Tango, ROS, Windows 10, Android e Unity.

Câmera 3D para gamers

Em parceria com a Razer, a Intel também anunciou o lançamento de uma câmera 3D que usa a tecnologia RealSense para controlar o movimento em jogos. Ela permite, por exemplo, seguir os movimentos da sua cabeça quando você olhar para o lado no cockpit de um carro de corrida, tornando a perspectiva em primeira pessoa ainda mais real.

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Além disso, ela permite capturar imagens dos jogadores e inseri-las no game, sem a necessidade de um fundo verde. Mais detalhes sobre a câmera ainda são escassos, mas ela está sendo feita especificamente para games. A novidade, que ainda não tem um nome oficial, estará disponível no primeiro trimestre de 2016 e ainda não teve seu preço divulgado.

Imagem: Reprodução / Anandtech