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Huawei vai investir US$ 2 bi para afastar suspeitas sobre falhas de segurança

Por| 19 de Dezembro de 2018 às 11h25

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Huawei vai investir US$ 2 bi para afastar suspeitas sobre falhas de segurança
Huawei vai investir US$ 2 bi para afastar suspeitas sobre falhas de segurança
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A Huawei anunciou nesta quarta-feira (19) um investimento de US$ 2 bilhões para atualizar sua infraestrutura de segurança, de forma a afastar qualquer suspeita quanto à confiabilidade e integridade de seus produtos. O objetivo, de acordo com a companhia, é recuperar o mercado perdido e, principalmente, a confiança de clientes e países que, hoje, se recusam a utilizar seus produtos por causa de alegações de espionagem.

O investimento foi anunciado em uma conferência junto à imprensa, realizada na sede da fabricante na cidade de Dongguan, na China. No palco da apresentação, Ken Hu, um dos diretores da companhia, lembrou que as acusações de alianças entre a Huawei e o governo de seu país de origem jamais foi comprovada, bem como as supostas brechas na segurança nunca foram encontradas. Ainda assim, para a empresa, a hora não parece ser de falar, mas sim de agir.

Os US$ 2 bilhões serão gastos ao longo de cinco anos, com a etapa inicial desse processo se concentrando na melhoria de laboratórios de segurança e na contratação de especialistas. A própria unidade de Dongguan já faz parte desse movimento, tendo sido recém-inaugurada como uma das principais casas da Huawei, com outras devendo ser abertas no futuro próximo.

Na ocasião, Hu também criticou a atitude de países como os Estados Unidos, Nova Zelândia e Austrália, que baniram a venda de produtos da Huawei e a utilização de seus aparelhos e serviços em infraestrutura governamental ou de serviços públicos. Para o executivo, esse tipo de atitude vai contra a competição sadia no mercado e também não resolve o problema. Ele negou que Itália e Japão também estariam prestes a aplicar proibições semelhantes.

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Muito pelo contrário, na realidade. O diretor da fabricante afirmou estar em contato direto com governos de todo o mundo como forma de demonstrar a transparência e a confiabilidade dos produtos da Huawei. Com a chegada da rede 5G a todo o mundo, inclusive, o momento é crítico e um banimento pode ter impacto avassalador sobre as contas da fabricante, algo que ela, logicamente, não deseja ver acontecendo.

Hoje, a fabricante tem 25 contratos de fornecimento de equipamentos para estruturar a tecnologia ao redor do mundo. Mais de 10 mil estações-base já foram entregues a operadoras de telefonia, com um faturamento previsto de US$ 100 bilhões apenas para este ano, um crescimento de 8,7% em relação a 2017. Com o investimento em segurança, a ideia é alavancar esse total ainda mais no futuro próximo.

Ao mesmo tempo em que falou amplamente sobre finanças e segurança, Hu não comentou profundamente sobre o caso de Meng Wanzhou, a diretora financeira da Huawei presa no Canadá. O diretor disse apenas esperar uma “conclusão justa” para a situação, com a executiva sendo acusada de usar empresas de fachada para burlar normas federais americanas que impedem o comércio entre companhias que atuem no país e governos rivais como os do Irã e da Coreia do Norte.

Enquanto a questão vem sendo acompanhada com atenção por executivos e o pessoal jurídico da Huawei, Hu disse ainda que ela não interferiu no dia-a-dia da companhia e, principalmente, nas viagens de executivos a outros países para tratar de questões relacionadas à segurança. O investimento, também, não seria uma reação à prisão da diretora financeira, mas sim uma tentativa de recuperação de confiança e, principalmente, de negócios.

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Fonte: Reuters