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Homem que demitiu Steve Jobs da Apple em 1985 disse nunca ter sido perdoado

Por| 27 de Maio de 2015 às 11h05

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John Sculley exerceu o cargo de CEO da Apple entre 1983 e 1993 e agora apoia uma série de empresas de tecnologia diferentes – incluindo a linha de Androids da Obi Mobiles e a Zeta Interactive – mas provavelmente ele sempre será conhecido como o homem que demitiu Steve Jobs da Apple em 1985.

Porém, recentemente Sculley disse que tudo isso não passa de um mito. Na realidade, o executivo afirma que Jobs deixou a empresa da Maçã depois de não conseguir convencer o conselho da Apple a seguir uma estratégia de preços diferenciada para vender a fracassada linha de computadores e impressoras Macintosh Office. Depois de defender o seu argumento, o conselho considerou a presença de Jobs na empresa inoportuna e então ele resolveu deixá-la.

Quando Sculley se tornou CEO da Apple em 1983, ele e Steve Jobs eram inseparáveis, mas depois de ser "convidado a se retirar" da companhia o relacionamento entre os dois nunca mais foi o mesmo. "Ele nunca me perdoou por isso", disse Sculley, acrescentando que a amizade nunca foi reparada. "Isso é realmente uma pena, porque se eu olhar para trás, eu digo que foi um grande erro da minha parte".

Como tudo aconteceu

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Os dois executivos se conheceram em 1982, quando Sculley era presidente da PepsiCo e Jobs queria tornar a Apple uma grande marca de consumo. Jobs queria ser CEO, mas o conselho não achava que ele estava preparado para assumir o cargo. Na ocasião, Sculley foi para a Apple e levou as suas ótimas estratégias de marketing aplicadas na divisão da Pepsi – onde conseguiu ganhar parte do mercado até então dominado pela Coca Cola – para o mercado de computadores Macintosh.

"Nós éramos extremamente próximos. Passamos cinco meses para nos conhecer. Passávamos sete dias por semana juntos no hotel. Não era como se fossemos apenas parceiros de negócios, mas sim bons amigos", relembra Sculley. "Mas lembre-se que Steve tinha apenas 27 anos de idade e antes que eu entrasse para a Apple ele havia sido rebaixado do grupo do [computador] Lisa pelo conselho porque ele não era, naquela época, o executivo maduro que todos nós conhecemos".

Em 1985 Jobs lançou a linha Macintosh Office, mas as pessoas simplesmente não estavam comprando o produto. "Steve ficou deprimido e então ele se virou para mim e disse: 'A culpa é sua. Você me forçou a colocar um preço muito alto no Macintosh'. O preço era de US$ 2.495 e ele queria US$ 1.995. Precisávamos do dinheiro para as campanhas de marketing", explica Sculley.

Depois de muita discussão acerca do assunto, o conselho de diretores da Apple disse que Jobs deveria se demitir da divisão do Macintosh. Ele então tirou uma licença por alguns meses, mas ele ainda continuava como presidente do conselho. “Ele foi processado pelo conselho da Apple, mas nunca demitido”, afirma Sculley.

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Com informações do Business Insider