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Google cria o Alphabet e passa a ser subsidiária da nova empresa

Por| 11 de Agosto de 2015 às 09h46

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Google cria o Alphabet e passa a ser subsidiária da nova empresa
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O Google já não é mais Google — ou quase isso. A empresa pegou todo mundo de surpresa nesse início de semana ao revelar uma reestruturação dentro de seus escritórios e a criação de outra companhia, que passa a comandar todas as suas principais operações: a Alphabet.

Isso significa que o Google, que sempre vimos como a gigante da internet e uma das maiores empresas do mundo, perde esse título em partes e passa a ser apenas um braço da recém-criada Alphabet. Isso não quer dizer que ela vai abrir mão de seus produtos, já que o serviço de buscas, o Maps, a loja de aplicativos, o YouTube e até mesmo o Android continuam sob a sua tutela.

Então, o que é que muda? Como companhia-mãe, a Alphabet passa a cuidar da parte mais corporativa da coisa. Enquanto os serviços já estabelecidos ficam por conta do Google, o novo departamento passa a trabalhar com outros negócios, como o Nest, Fiber, Calico e várias incubadoras que existiam lá dentro.

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Tanto que todas aquelas pesquisas que víamos sobre carros autônomos, uso de robôs e a aplicação de nanotecnologia na medicina, além de tantas outras tecnologias diferentes, passam a ser gerenciadas pela Alphabet.

Diante disso, fica claro o porquê dessa distinção. De um lado, temos os produtos já estabelecidos no mercado ficando sob o guarda-chuva do Google, que vai gerenciar um time que já está ganhando e se preocupar apenas em melhorar esses serviços. De outro, a Alphabet chega para cuidar de todo o resto das operações, trabalhando em novos conceitos e oportunidades sem que isso prejudique os seus medalhões.

Mais do que isso, essa mudança afeta também a parte financeira da coisa. Como o Google perdeu seu status quo e passou a ser apenas uma divisão dentro da nova companhia, sua participação na bolsa de valores também mudou. Conforme anunciado nesta segunda-feira (10), todas as ações da empresa foram automaticamente convertidas para Alphabet, mantendo os mesmos números e direitos.

Dança das cadeiras

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Diante dessa reestruturação, era óbvio que teríamos também alterações no corpo executivo das duas marcas. Larry Page deixa o comando do Google e passa a ser o chefe executivo da Alphabet, sendo acompanhado de Sergey Brin e da chefe do departamento financeiro Ruth Porat.

Com isso, o Google passa também a ter novas cabeças, como Sundar Pichai como novo CEO. Antes de assumir o cargo, ele trabalhava dentro do departamento de produtos e engenharia de negócios para a internet — um setor que gerou cerca de US$ 66 bilhões em receita para a companhia no último ano, conforme aponta o Wall Street Journal.

Além disso, de acordo com o que foi detalhado, cada subsidiária da Alphabet contará com seu próprio quadro de executivos e todos eles devem se reportar a Page, que vai assumir mais do que nunca o papel de "grande chefe" da coisa toda.

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Ainda segundo o periódico norte-americano, essa postura não chega a ser nenhuma surpresa. Como o Google estava valendo cerca de US$ 445 bilhões, gerenciar tudo isso de maneira eficiente estava se tornando algo cada vez mais complexo e faz muito mais sentido dividir tudo em vários departamentos e colocá-los sob um único guarda-chuva.

Tanto que, em seu blog pessoal, Larry Page explicou que toda essa reformulação vai tornar as coisas mais fáceis de serem coordenadas. Para ele, a criação da Alphabet e a transformação do Google em apenas uma subsidiária vai permitir que as companhias funcionem de maneira independente e sem a influência de coisas que não estão diretamente relacionadas — afinal, o que carros sem motoristas têm a ver com um serviço de buscas?

Page ainda explica que isso também vai permitir que a Alphabet libere resultados financeiros separados para cada subsidiária. A partir do quarto trimestre, esses dados não serão mais globais, envolvendo todos os departamentos, mas algo mais claro e detalhado de cada empresa. Isso vai permitir que os acionistas tenham uma visão mais clara do que está sendo feito, o que funciona e o que não está indo bem.

Fonte: Google Official Blog, Wall Street Journal