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Fim da Lei do Bem já gera onda de demissões e “fuga de cérebros”

Por| 07 de Dezembro de 2015 às 14h22

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Fim da Lei do Bem já gera onda de demissões e “fuga de cérebros”
Fim da Lei do Bem já gera onda de demissões e “fuga de cérebros”

A suspensão da Lei do Bem, aprovada no começo de dezembro, já está tendo seus reflexos no mercado nacional. De acordo com dados revelados pelo Centro Interdisciplinar em Tecnologias Interativas da USP, pelo menos 100 especialistas já teriam sido demitidos no país, principalmente nos departamentos de pesquisa e desenvolvimento, indicando que o maior impacto do fim da desoneração deve se dar sobre o segmento de inovação.

Segundo o coordenador do CITI-USP, Marcelo Zuffo, os números se referem apenas ao estado de São Paulo, mas devem refletir uma realidade que já acontece em todo o Brasil. Para ele, mais do que apenas um aumento nas dispensas, o movimento deve resultar em uma “fuga de cérebros”, já que os profissionais especializados dificilmente encontrarão colocação equivalente no país e, sendo assim, devem passar a trabalhar no exterior.

De forma a conter esse movimento, Zuffo pede que a indústria e as universidades se unem para cobrar mudanças, de forma que o Brasil não perca seu lugar no setor de inovação. Ele alega que o governo não pensou em uma política para manter seus especialistas no Brasil, e que com o fim da isenção, muito do que foi alcançado até hoje pode acabar sendo perdido.

A Lei do Bem previa a isenção de impostos como o PIS e o Cofins sobre produtos de tecnologia como smartphones, tablets e notebooks de até R$ 1.500. O benefício estava marcado para ser encerrado em 2018, mas diante da crise econômica e em busca de acertar suas contas, o governo federal acabou suspendendo a proposta antes da hora, de forma a aumentar a arrecadação.

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Esse tiro pode não ser tão eficaz quanto se esperava, já que, com o aumento nas alíquotas, os preços dos produtos também devem subir, o que acabará resultando em uma queda nas vendas durante a temporada de fim de ano, uma das mais movimentadas do ano. De acordo com levantamento da IT Data, a expectativa é de arrecadações na casa dos R$ 3,5 bilhões, contra os R$ 6,7 bilhões que eram esperados pelo governo com o fim da Lei do Bem. A expectativa é que o benefício comece a ser aplicado novamente apenas em 2017.

Fonte: Convergência Digital