Ex-funcionários do Amazon Prime relatam abusos e desigualdade de gênero no setor
Por Felipe Ribeiro | Editado por Jones Oliveira | 10 de Junho de 2021 às 10h48
Conhecido por trazer um serviço diferenciado aos clientes, o Amazon Prime agora ganha a manchetes por casos nada agradáveis. Segundo uma reportagem feita pelo Business Insider, ex-funcionários acusam o departamento da empresa de discriminar por conta do gênero, além de relatos de assédio moral no ambiente de trabalho. As vítimas seriam, na maioria, mulheres.
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Segundo documentos obtidos pela publicação, 11 pessoas acusaram formalmente o setor Prime de ser institucionalmente preconceituoso contra mulheres, alegando negligência em promoções de cargo, demissões sem motivo específico e um rigor superior quando comparado com homens. Tudo foi reunido em uma carta feita também por um ex-funcionário e enviada a Kristen Puchek, ex-chefe do departamento de diversidade e inclusão da Amazon, que deixou a companhia em abril.
De acordo com o The Verge, que entrou em contato com Puchek e com a Amazon, as acusações foram rechaçadas veementemente por ambos, com a empresa, inclusive, citando que 18 mulheres receberam promoções de cargo dentro do setor Prime em 2020. “A representação entre as mulheres aumentou na equipe nos últimos anos e melhorar a representação das mulheres em cargos de liderança sênior continua a ser uma das principais prioridades. Além de inspecionar como contratamos, desenvolvemos e promovemos funcionários, a equipe de liderança do Prime estabeleceu metas agressivas para continuar o progresso de nossa organização, como dobrar o número de mulheres em cargos de liderança e focar na retenção de mulheres no nível de gerente sênior e acima em 2021", disse o porta-voz.
Apesar da resposta da gigante do varejo sobre essa demanda, existem mais casos de abuso e outras reclamações de ex-funcionárias. Na semana passada, cinco mulheres abriram ações contra a Amazon, nos Estados Unidos, alegando discriminação de gerentes por sua raça e gênero, além de agressões e assédio sexual.
Fonte: The Verge