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Ex-funcionária processa Microsoft por assédio moral e tentativa de estupro

Por| 08 de Novembro de 2018 às 08h23

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Ex-funcionária processa Microsoft por assédio moral e tentativa de estupro
Ex-funcionária processa Microsoft por assédio moral e tentativa de estupro
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Uma ex-funcionária da Microsoft está processando a empresa e dois de seus ex-colegas de trabalho alegando ter sido discriminada e estuprada durante os dois anos que ficou na empresa antes de ser demitida sem motivo plausível.

A ação está sendo movida por Sunday Tollefson, que trabalhou no departamento de marketing da empresa entre 2013 e 2015, atuando como gerente de negócios. Além da empresa como um todo, a ação também é voltada contra dois ex-colegas específicos: Sudev Muthya, que foi o supervisor de Tollefson na época e desde o ano passado não faz mais parte da Microsoft; e um outro funcionário cujo nome o processo mantém anônimo devido ao peso das acusações contra ele. Muthya é acusado de discriminar e assediá-la moralmente, enquanto o nome mantido em segredo é acusado de uma tentativa de estupro dentro das dependências da empresa.

De acordo com os autos do processo, a reclamante alega que, em julho de 2014, durante um evento patrocinado pela Microsoft, o homem cujo nome não é identificado no documento a agarrou pelo pescoço e forçou um beijo de língua nela antes que conseguisse se desvencilhar. Ao reclamar com o RH da empresa, Tollefson ouviu que o funcionário seria disciplinado, mas nenhuma mudança real ocorreu com ele no ambiente de trabalho naquele período.

Além disso, ela também alega ter sido constantemente humilhada por Muthya, que a tratava de modo bem diferentes dos seus colegas do sexo masculino. Enquanto eles tinham oportunidades de trabalhar em casa para ficar mais próximo dos filhos e sair mais cedo para participar de atividades nas escolas deles, ela era constantemente criticada pelo supervisor por ser mãe solteira e precisar participar das mesmas atividades.

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Ela ainda alega que o tratamento piorou depois de ter reclamado sobre a tentativa de estupro ao RH, que culminou com Muthya entregando a seus superiores um relatório de performance mentiroso sobre o trabalho dela, o que acarretou no desligamento dela da empresa em 2015. Para piorar a situação, a Microsoft a baniu de participar novamente em qualquer processo seletivo da empresa, além de deixar especificado que ela também não poderia trabalhar para nenhum fornecedor ou empresa terceirizada contratada pela Microsoft - algo que não é nada comum.

Além de reparação pelo assédio sofrido quando dentro da empresa, Tollefson pede uma indenização por danos morais pelo modo como foi demitida, já que as exigências feitas em sua demissão diminuíram drasticamente as oportunidades de trabalho existentes para ela. A ação pede indenização por discriminação de gênero, demissão imprópria, discriminação por estado civil e assédio no ambiente de trabalho.

Em resposta à reportagem do site The Register, um representante da Microsoft desmente as alegações dizendo que o departamento jurídico da empresa considera as alegações da ex-funcionária como infundadas.

Antes de processar a empresa, Tollefson já havia entrado em 2015 com uma reclamação sobre os motivos de sua demissão na Comissão de Direitos Humanos do estado de Washington, e somente após essa reclamação correr durante três anos na agência sem uma resposta da Microsoft que o estado concedeu à reclamante o direito de processar a empresa.

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Fonte: The Register