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Ex-engenheiro da Google é acusado de roubar segredos da Waymo e entregar à Uber

Por| 27 de Agosto de 2019 às 20h50

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Ex-engenheiro da Google é acusado de roubar segredos da Waymo e entregar à Uber
Ex-engenheiro da Google é acusado de roubar segredos da Waymo e entregar à Uber

Nesta terça-feira (27), o ex-engenheiro automobilístico da Waymo, Anthony Levandowski, foi acusado formalmente pela subsidiária da Google de roubar mais de 14 mil arquivos proprietários sobre a tecnologia dos carros autônomos e entregar todo o material para a Uber, onde trabalhou na sequência, mas acabou sendo afastado após a revelação do escândalo em 2017. Ao todo, foram 33 acusações de roubo e tentativa de roubo de segredos comerciais da empresa.

De acordo com a acusação, Levandowski fez o download de arquivos contendo informações críticas sobre a pesquisa de veículos autônomos da Google antes de deixar a empresa em 2016. Mais tarde naquele ano, o engenheiro se juntou à Uber, que comprou a Otto, startup de transportes fundada por ele. Levandowski também está sendo acusado de roubar da Google alguns esquemas particulares para placas de circuito e projetos de tecnologia de sensores de luz utilizados ​​em carros autônomos.

Esse caso chegou a ir a julgamento em São Francisco em fevereiro de 2018. A Uber concordou em fornecer 0,34% de suas ações para a empresa, mas isso não livrou Levandowski. A Waymo diz o seguinte no processo: “A Otto e a Uber assumiram a propriedade intelectual da Waymo para evitar o risco, o tempo e a despesa de desenvolver sua própria tecnologia independentemente”.

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Na manhã desta terça, Levandowski se entregou ao tribunal federal em San Jose, Califórnia. Caso ele seja condenado, pode enfrentar 10 anos de prisão, além de uma multa de US$ 250 mil (R$ 1,03 milhão). Os advogados de Levandowski, Miles Erlich e Ismail Ramsey, disseram em um comunicado que ele não roubou nada de ninguém, segundo o The New York Times. "Este caso retoma afirmações já desacreditadas de um caso civil que se estabeleceu há mais de um ano e meio. Os downloads em questão ocorreram enquanto Anthony ainda estava trabalhando na Google — quando ele e sua equipe foram autorizados a usar as informações. Nenhum desses arquivos supostamente secretos foram para a Uber ou para qualquer outra empresa", afirmaram.

Por sua vez, a Uber disse em comunicado que "cooperou com o governo durante toda a investigação e continuará a fazer isso".

Fonte: The New York Times