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Evernote demite vários executivos e pode passar por nova rodada de investimentos

Por| 04 de Setembro de 2018 às 20h50

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Evernote demite vários executivos e pode passar por nova rodada de investimentos
Evernote demite vários executivos e pode passar por nova rodada de investimentos
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O Evernote fez o seu nome ao se tornar um dos primeiros aplicativos a utilizar infraestrutura em nuvem para salvar dados, mas esses dias gloriosos parecem ter ficado no passado. Atualmente, a startup anda se esforçando para retomar parte da clientela perdida para soluções desenvolvidas dentro dos próprios sistemas operacionais, além de certo incidente com políticas de privacidade que ainda é lembrado por muita gente.

Mas as vias de mudança foram postas, aparentemente; pelo menos é o que indicam as várias cabeças que rolaram nesta semana. Conforme revelou o TechCrunch, pelo menos seis executivos seniores da Evernote foram demitidos recentemente, incluindo o diretor de tecnologia, Anirban Kundu; o diretor financeiro, Vincent Toolan; o executivo associado Erik Wrobel; e a chefe de recursos humanos, Michelle Wagner.

Rodada de investimentos down round

Ao que tudo indica, as demissões se devem a uma preparação para uma nova rodada de investimentos — uma um tanto mais “agourenta” do que as anteriores, por assim dizer. De fato, os novos aportes podem ocorrer em um contexto identificado pelo meio financeiro como down round.

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Basicamente, trata-se de disponibilizar quotas e opções de compra a investidores em potencial em um contexto de desvalorização da empresa como um todo; isso pode levar a uma diluição ainda maior da propriedade, representando uma espécie de medida desesperada. No caso de Evernote, em particular, a nova injeção de fundos pode se basear em análise que coloque a companhia abaixo dos US$ 1,2 bilhão da última rodada, ocorrida já há vários anos.

A companhia ainda não disse nada sobre a possibilidade de novos investimentos, embora tenha confirmado as demissões, ajuntando que os cargos foram ocupados internamente — sobretudo por membros recém-contratados que acabaram sendo remanejados, assumindo responsabilidades distintas. Trata-se da segunda reestruturação de pessoal da companhia em pouco mais de dois anos.

A hora é de apertar o cinto

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A Evernote anda em um regime de contenção de custos, conforme provaram os fechamentos recentes de vários negócios acessórios, tais como algumas versões do Skitch e o seu app Food. Além disso, a startup passou adiante o controle das suas operações chinesas em junho deste ano, permanecendo apenas como acionista minoritária da Yinxiang Biji (que chegou a responder por 10% das receitas totais da empresa em dado momento).

Para além das revisões de custos, a empresa ainda se recupera de um caso particularmente problemático, em que foi revelado que funcionários tinham acesso às notas escritas por usuários do aplicativo; embora o inconveniente tenha sido corrigido, o impacto certamente deixou algumas marcas — sobretudo em uma época na qual a privacidade de dados se torna uma questão cada vez mais relevante.

Lançado em 2004 pelo engenheiro Stepan Pachikov como um software exclusivo para o Windows, o Evernote se tornou um dos primeiros a ganhar espaço também no território mobile. A conquista do mercado veio por uma combinação entre um canivete suíço de utilitários e uma infraestrutura em nuvem pioneira, tornando possível acessar quaisquer notas ou conteúdos afins a partir de uma miríade de dispositivos — algo consideravelmente disruptivo à época.

Fonte: TechCrunch