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Especial fintechs: falamos com o CEO da Magnetis, plataforma de investimentos

Por| 22 de Maio de 2017 às 15h13

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Especial fintechs: falamos com o CEO da Magnetis, plataforma de investimentos
Especial fintechs: falamos com o CEO da Magnetis, plataforma de investimentos

Com um algoritmo criado para ler e analisar respostas, a Magnetis consegue em poucos segundos definir a composição ideal de investimentos para qualquer pessoa, de acordo com seus objetivos e perfil de riscos. A própria plataforma abre uma conta na corretora Easynvest seguindo as ordens do investidor e ele acompanha tudo online, podendo fazer aportes adicionais a qualquer momento.

O desempenho dos investimentos depende do valor investido e do perfil do cliente. E não é possível garantir um resultado mínimo, mas a empresa trabalha para superar importantes índices de referência do mercado financeiro, como o Tesouro Selic, que teve desempenho 66% inferior às carteiras da fintech no último ano.

A Magnetis não revela o valor de recursos que estão sob sua gestão, mas conta que mais 30 mil usuários fizeram a simulação de um plano de investimento em dois anos. Os números ainda são tímidos, porém revelam um interesse dos brasileiros em diversificar as aplicações, fugindo das instituições tradicionais. Na entrevista abaixo, Luciano Tavares, CEO da plataforma, conta, entre outras coisas, como a Magnetis pretende competir com os bancos tradicionais.

Canaltech - A Magnetis começou a operar em março de 2015 e logo recebeu um inves­timento de R$ 3 milhões. O que mudou depois do aporte?

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Luciano Tavares - O aporte nos permitiu desenvolver e melhorar nosso produto e a experiência com investimentos que proporcionamos aos nossos clientes. Para alcançar esse objetivo, unimos uma equipe de primeira linha, com especialistas em investimentos, cientistas de dados e engenheiros de produto, entre outros profissionais. Além disso, como a nossa rodada de investimentos teve aporte de investidores e grandes fundos de venture capital - como Monashees e Redpoint eventures - nos deu muita credibilidade.

CT - Qual é seu público-alvo e quem realmente vocês atingem?

LT - Nosso público está na faixa dos 30 anos de idade. São profissionais, principalmente de grandes centros urbanos, que já estão em uma fase promissora da carreira, conseguiram acumular algum dinheiro e querem investir da melhor maneira. Nosso público já percebeu que investir com o banco não é a melhor opção e está em busca de alternativas como as fintechs. São pessoas que não têm tempo sobrando e nem querem virar "especialistas" em investimentos, por isso confiam a gestão do seu dinheiro a quem entende do assunto. Hoje temos clientes em 20 estados brasileiros.

CT - Em média, qual é o montante de recursos que vocês gerenciam? Ou quantos usuários/clientes vocês possuem?

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LT - Ainda não divulgamos o valor de recursos que está sob nossa gestão nem o número de clientes. O que divulgamos é que o serviço gratuito da Magnetis - que é de simulação de planos de investimentos - já foi testado por mais de 30 mil usuários em pouco mais de 2 anos. Uma parcela desses virou cliente. Quando a pessoa vira cliente, nós colocamos o plano de investimentos em prática, abrindo uma conta para o cliente na corretora Easynvest, realizando as ordens de compra dos investimentos. O cliente pode acompanhar tudo e fazer aportes adicionais pelo seu painel de controle na área logada da Magnetis.

CT - Como vocês trabalham para competir com empresas estabelecidas? E qual o diferencial de vocês em relação a estas empresas?

LT - Ainda hoje 95% das aplicações financeiras dos brasileiros ainda estão concentradas nos grandes bancos, segundo dados compilados pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). Esse é o tamanho do mercado em potencial para as fintechs de investimentos como a Magnetis. Para lidar com esses gigantes, nosso modelo de negócios foi criado para resolver as falhas desse mercado tradicional. A experiência de investir com a Magnetis é 100% digital, simples e intuitiva. Mesmo assim, se o cliente tem dúvidas, temos uma equipe de consultores com atendimento excepcional. Além disso, nossos interesses são alinhados com os dos clientes: nossa única fonte de receita é a taxa de consultoria (de 0,4% ao ano) sobre o valor investido. Assim, o sucesso do cliente também é o nosso sucesso. É o contrário do que acontece nos grandes bancos, em que há uma situação de conflito de interesses. O banco geralmente oferece aos correntistas investimentos pouco eficientes e com taxas de administração elevadas - que no fim beneficiam apenas o lucro do próprio banco e penalizam a rentabilidade para o cliente. Somado a tudo isso, a estratégia de investimentos que oferecemos para os clientes tem a melhor diversificação dentre as fintechs - e isso se reflete na melhor rentabilidade (mais detalhes na próxima resposta!).

CT - No geral, como é o desempenho dos investimentos? Vocês garantem algum resultado mínimo?

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LT - O desempenho dos investimentos depende do valor investido e do perfil de risco do cliente [por exemplo: qual percentual da carteira deve ser alocado em renda fixa e em renda variável?]. Não é possível garantir um resultado mínimo, mas trabalhamos para sempre superar importantes índices de referência do mercado financeiro, como o CDI e o Tesouro Selic, que representam os juros de mercado. Trimestralmente divulgamos a rentabilidade das nossas carteiras, como forma de transparência. Comparando com o Tesouro Selic, que é hoje um dos investimentos mais populares do Brasil, as Carteiras Magnetis apresentaram resultados até a 66% superiores nos últimos 12 meses. Buscamos sempre o melhor desempenho dos investimentos por meio da diversificação.

CT - E como foram criados os algoritmos para que vocês pudessem sugerir opções de investimentos adequadas para cada perfil? O algoritmo é frequentemente atualizado?

LT - Os algoritmos foram criados para ler e analisar as respostas que os clientes dão no nosso questionário inicial (https://magnetis.com.br/alocacao/questionario) para então definir qual seria a composição ideal de investimentos para aquele cliente, de acordo com seu perfil de risco e objetivos. Por exemplo: quem investe para dar entrada em uma casa daqui a dois anos tem um perfil totalmente diferente de quem está aplicando para se aposentar daqui a 30 anos. Os algoritmos consideram isso para criar um plano de investimentos personalizado. Frequentemente lançamos melhorias nos algoritmos. A mais recente foi a redução do investimento inicial mínimo de R$ 15 mil para R$ 10 mil. Fizemos isso sem perder em qualidade de diversificação das carteiras.

CT - Quais são os próximos planos para a Magnetis?

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LT - Nossa missão é transformar a maneira como as pessoas investem seu dinheiro. Para isso trabalhamos duro para sempre melhorar nosso serviço de ponta a ponta, aumentando a diversificação das carteiras, adicionando novas funcionalidades ao produto e lançando melhorias.

CT - Como você vê o mercado de Fintech no Brasil? E também: qual é a importância de sites como a Magnetis para os brasileiros?

LT - Acreditamos que as fintechs vieram para ficar. São empresas que estão revolucionando ao trazer o foco da indústria financeira de volta para o cliente. Esse movimento obriga os bancos a melhorarem seus serviços. Quem mais ganha com isso é o cliente! Acredito que as fintechs ficarão cada vez mais relevantes na vida das pessoas comuns. Investir bem, com a ajuda de um especialista independente, era antes algo restrito apenas a grandes investidores - com muitos milhares ou milhões para investir. Com a tecnologia, fintechs como a Magnetis conseguem oferecer um serviço personalizado e eficiente a um custo baixo, beneficiando o investidor brasileiro comum. Não sei como as pessoas vão fazer seus investimentos daqui a 10 anos, mas certamente será diferente de como vêm fazendo nos últimos 40 anos. Queremos estar na frente dessa (r)evolução!

Saiba mais sobre o universo das fintechs no nosso especial.