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Do que gostamos (e do que não gostamos) no iPhone 7 (Parte 1)

Por| 08 de Setembro de 2016 às 19h44

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Do que gostamos (e do que não gostamos) no iPhone 7 (Parte 1)
Do que gostamos (e do que não gostamos) no iPhone 7 (Parte 1)

Pois bem, o iPhone 7 e o iPhone 7 Plus finalmente foram anunciados pela Apple. Como geralmente acontece, boa parte dos seus novos recursos previstos dos rumores (ou mesmo a falta deles) foi acertada, mas algumas surpresas não deixaram de marcar presença. Entre elas a resistência contra água e poeira (certificação IP67), ponto esperado pelos fãs da marca há bastante tempo, mas que era aposta somente no iPhone 8. Aliás, independentemente das novidades, é de se esperar que mudanças realmente significativas no iPhone só cheguem no ano quem vem.

Vamos começar a lista pelos pontos de que não gostamos, com o primeiro sendo o mais óbvio.

Nada de conector P3

Já exploramos bastante esse ponto em um artigo mais detalhado, mas não é nem a sua ausência que realmente nos incomoda tanto, e sim suas implicações. Basicamente, o conversor digital-analógico (DAC em inglês) sai do smartphone para o dispositivo de reprodução, seja um par fones de ouvido ou caixa de som. Ou seja, isso representa não somente uma mudança necessária em como esses dispositivos serão fabricados, mas também, e principalmente, no seu custo final.

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Agora é oficial: se quiser mudar de plataforma, o custo sobe. E muito.

Podem esperar um aumento expressivo nos preços nos dispositivos de áudio, que aproveitarão esse problema criado pela Apple para vender a solução. E, claro, essa solução mais cara será compatível principalmente com o iPhone, e mais cara ainda se suportar diversos aparelhos (P3, Bluetooth, USB tipo C). Não haveria problema nenhum que isso acontecesse se o áudio via Lightning fosse um opcional, mas a sua eliminação abrupta, garantimos, deixará muitos fabricantes bem contentes.

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Se a Apple entrasse em um acordo com concorrentes em favor de um padrão único (como o USB tipo C), esse problema seria até menor, mas essa obrigação de ter que lidar com as particularidades de um fabricante se quiser trocar de marca prejudica somente o usuário. Isso para algo tão trivial quanto um fone de ouvido, que de um ano para outro passou a ser um novo problema. Seguindo uma postura com que os usuários de MacBooks já estão acostumados, a Apple inclui um adaptador Lightning-P3. Bacana, mais um adaptador para levar na mochila.

Mas ei, temos o AirPods, não é mesmo?

Quase uma boa ideia

Seguindo a famosa lógica de mercado de criar problemas para vender a solução, temos o AirPods, a solução para quem não quer se preocupar com lidar com adaptadores. Com exceção do Hint da Motorola, não lembramos de um conceito de fone Bluetooth tão minimalista, uma ideia que tem lá seu público. Comentários sobre como será fácil perdê-los pipocaram aos montes, não sem seus motivos, mas é o risco que quem pretende comprá-los deve estar ciente, já que ele não vem por padrão com o iPhone.

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E é aí que começam os problemas. US$ 159 por eles? Sério? Segundo Jony Ive, a Apple "acredita em um futuro sem fios", algo bem fácil de acreditar quando você lucra, e muito, com isso. Sim: ele vem com uma embalagem que o carrega. Sim: ele foi projetado para trabalhar com a Siri. Agora, não: ele não vale US$ 159, tanto por suportar somente 4 horas de uso contínuo quanto por ser o preço de alguns fones de ouvido P3 de alta fidelidade à venda nos Estados Unidos. Mas você não tem mais essa opção, já que a Apple eliminou o P3 para eliminar a concorrência.

O fone de ouvido padrão funciona única e exclusivamente nos iDevices.

No Brasil, onde acreditamos que a Apple provavelmente perde um bom tempo em meio a risadas diabólicas na hora de fixar qualquer preço, a coisa fica ridícula. Aparentemente, ele custará R$ 1.399, o que nos deixa bastante pessimistas sobre quais serão os preços dos novos iPhones. Se um fone Bluetooth da Apple já chega por um valor maior do que o de um Quantum Fly, quanto custará o iPhone 7 Plus de 256 GB?

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Memória interna

Como esperado, a versão mais básica dos novos iPhones virá com 32 GB de memória interna, motivo visto como positivo por muitos. De fato, a Apple finalmente parou de insultar o consumidor ao vender modelos com somente 16 GB de memória interna, algo que já deixou de fazer sentido mesmo em modelos intermediários – mas, sinceramente, ainda é pouco. Como dissemos em um artigo especial, 32 GB é o novo 16 GB, já que os apps ficaram maiores e mais complexos, assim como o próprio iOS. Então, na prática, nada aconteceu.

Adotar 32 GB como padrão é o mínimo. Literalmente.

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Já que a Apple demorou tanto tempo para aumentar a capacidade de seu modelo básico, poderia muito bem colocar 64 GB de uma vez, já que 32 GB parece um mínimo feito para não continuar sendo criticada. Além de, claro, mantê-lo atualizado em 2017, já que vários modelos top de linha Android já trazem ele como mínimo, além de suportar cartões microSD. Não precisa chegar no absurdo Turing Cadenza, mas já seria um bom começo, considerando o preço inicial.

Câmeras

Ta aí um ponto de que tanto gostamos quanto não gostamos. Por um lado, e depois de rumores tanto negarem quanto afirmarem (dependendo se o dia era par ou impar), o iPhone 7 Plus realmente veio com uma câmera dupla de 12 megapixels. A Apple raramente decepciona nesse ponto, e, mesmo sendo bastante conservadora quando se trata de inovação, conseguiu colocar um zoom óptico de 2x, flash em quatro tons e um range de cores maior.

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Não entendemos isso. Por que usar a câmera dupla somente no iPhone 7 Plus?

Usando duas aberturas diferentes (f/1.8 e f/2.8), cada uma com sua função (56 mm – para o zoom – e 28mm, respectivamente) e com estabilização óptica de imagem, é difícil ver os usuários ficando decepcionados com ela. Além de, segundo a Apple, se tratar de um sensor 60% mais rápido e 30% mais eficiente energeticamente, este último é algo extremamente importante na hora de gravar vídeos mais longos.

Na prática, isso quer dizer que o usuário pode esperar uma das melhores câmeras do mercado. Exatamente por isso, não podemos deixar de questionar: por que o usuário é obrigado a comprar o iPhone 7 Plus para ter a câmera dupla? Para uma empresa que usou o tamanho do aparelho como principal argumento de venda do iPhone SE, é muito, mas muito estranho forçar o público a comprar seu maior smartphone.

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Provavelmente a câmera dupla é o maior ponto de destaque do iPhone 7 Plus. Somente no iPhone 7 Plus.

Mesmo um iPhone 7 mais caro com essa câmera faria mais sentido, mas o que realmente faria sentido seria usar a mesma câmera nos dois modelos. Temos certeza de que a câmera do iPhone 7 não deve decepcionar, mas é uma segmentação estranha, para dizer o mínimo.

Na segunda parte vamos conversar um pouco sobre o A10 Fusion, novas cores, design e, claro, sobre o possível preço dele no Brasil.

Fonte: Anandtech, Engadget