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Depois da Amazon, Nike também encerra as operações de dois apps na China

Por| Editado por Claudio Yuge | 08 de Junho de 2022 às 23h40

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Reprodução/Erick Mcclean/Pexels
Reprodução/Erick Mcclean/Pexels
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A Nike anunciou nesta quarta-feira (8) que vai desativar seu serviço de corridas Nike Run Club (NRC); e seu app de treinos, Nike Training Club (NTC), na China, a partir do dia 8 de julho. O comunicado ocorre pouco tempo após a declaração do encerramento das operações do Kindle feita pela Amazon no país.

A empresa não especificou o motivo da sua decisão, mas disse em um comunicado à imprensa que está desenvolvendo uma solução otimizada, criada localmente, para atender às demandas dos corredores e atletas chineses. O NRC, disponível em vários países, permite que os usuários acompanhem suas corridas e desafiem colegas a competir. Até o momento, o app conta com mais de 8 milhões de adeptos na China, o seu maior mercado.

Com o encerramento das operações do NRC e do NTC, os equipamentos esportivos da Garmin na China também não poderão mais sincronizar dados com os apps da Nike. Contudo, a empresa informou que os usuários locais poderão exportar suas informações de condicionamento físico para outros locais.

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A Nike informou que o Nike Training Club vai continuar oferecendo vários treinamentos, como fitness, ioga e dança, por meio do seu miniaplicativo no WeChat; além de sugestões de nutrição, sono e ajuste psicológico de especialistas globais, depois que o app for desativado.

A empresa anunciou na última terça-feira (7) que planeja modificar a versão chinesa da sua própria plataforma digital em julho, com a finalidade de trazer um novo ecossistema e conectar serviços e experiências de associação em todas os estabelecimentos offline, incluindo lojas diretas da Nike e parceiras.

Além de Nike e Amazon, outras empresas ocidentais vêm deixando o mercado chinês

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A saída de empresas ocidentais da China já não é mais novidade, considerando que o funcionamento das big techs deve ser conduzido de uma forma diferente no país, onde as regulamentações de consumo, financeiras, tecnológicas e de mídia são incompatíveis com as de outras partes do mundo.

A China tem colocado novas restrições às empresas de internet em áreas como conteúdo; e também impôs novas leis, como a de proteção de informações pessoais, destinada a proteger a privacidade dos dados dos usuários — fatores que têm representado desafios a diversas companhias.

No início deste mês, a Amazon anunciou o encerramento das operações do Kindle na China, sem especificar os motivos. Especialistas apontaram que o motivo poderia ser a censura de diversos títulos, visto que qualquer tipo de conteúdo que entra no país passa por uma fiscalização das autoridades locais.

No fim de maio, o Airbnb também disse que deixaria o mercado chinês em breve, devido às restrições do país com a política de "covid zero". Ambas seguem o caminho de empresas com o Yahoo, o LinkedIn e a Microsoft em suas saídas voluntárias da segunda maior economia do mundo, devido às dificuldades em ambiente operacional desafiador e às exigências de conformidade.

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Fonte: CNNSINA