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Corte orçamentário agrava situação do desenvolvimento da ciência no Brasil

Por| 15 de Abril de 2016 às 18h30

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Corte orçamentário agrava situação do desenvolvimento da ciência no Brasil
Corte orçamentário agrava situação do desenvolvimento da ciência no Brasil

O desenvolvimento da ciência nacional está ameaçado por um grande corte orçamentário no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e no Ministério da Educação (MEC). A crise econômica brasileira está agravando ainda mais a concessão de bolsas e o financiamento de pesquisas nas universidades.

A redução orçamentária no MCTI é de quase 25%, equivalente a R$1 bilhão, e por isso o CNPq, agência de fomento do Ministério, anunciou a suspensão de novas bolsas no exterior sem previsão de retorno, que dependerá da recuperação econômica do país.

O presidente do CNPq, Hernan Chaimovich, afirma que o orçamento atual permitirá manter o pagamento de todos os bolsistas que realizam pesquisas no Brasil e no exterior, mas que não será possível conceder novas bolsas. Chaimovich ainda salientou a responsabilidade do CNPq com o desenvolvimento da ciência brasileira, garantindo que dentro das possibilidades todos os compromissos continuarão a ser cumpridos.

Atualmente são 6,9 mil bolsistas no exterior, contra um número 35% maior em 2014, quanto a conta fechava em 10,6 mil. Além disso, a concessão de novas bolsas vem sofrendo grandes quedas ao longo dos últimos anos. Em 2014, 9,7 mil novas bolsas foram concedidas, enquanto em 2015 o número caiu para 902. Os dados do primeiro trimestre de 2016 apontam uma queda ainda maior, apenas 72 novas bolsas foram concedidas.

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O MCTI tem negociado um empréstimo de US$ 1,4 bilhões com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e uma das prioridades é o pagamento de uma série de dívidas do órgão. O empréstimo já foi autorizado pelo governo federal, e para sua aprovação definitiva agora terá que passar pela Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex). Enquanto não houver recursos disponíveis não serão abertos novos editais para pesquisadores.

Fonte: Estadão