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China vai mudar regras de listagem de empresas no exterior

Por| Editado por Claudio Yuge | 21 de Março de 2022 às 23h00

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George Morina/Pexels
George Morina/Pexels

Recentemente, Pequim anunciou que agora apoiará a oferta inicial pública de ações (IPOs ou Initial Public Offering, em inglês) das suas big techs no exterior, depois de impor regras que limitavam a ação no ano passado. Com isso, as autoridades chinesas anunciaram que abordarão as preocupações de investidores internacionais depois que as exigências para a listagem de empresas do país no exterior forem finalizadas.

Em dezembro do ano passado, Pequim propôs um plano que endureceu as regras para a listagem das empresas domésticas no exterior com o intuito de proteger os dados sensíveis do país para garantir a segurança nacional — causando preocupações nos bancos globais.

As regulamentações foram consideradas ambíguas e como uma possível forma do governo chinês expandir o seu alcance regulatório para além das fronteiras do país, segundo as instituições.

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A associação independente de compra e venda de ativos, Asia Securities Industry and Financial Markets Association ou ASIFMA, por exemplo, informou que as diretrizes propostas "impactariam muito a disposição de empresas e profissionais de valores mobiliários offshore de participar das listagens offshore de empresas chinesas"

Considerando as preocupações do mercado internacional, o diretor-geral do departamento internacional da Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China (CSRC), Shen Bin, informou que existe um consenso muito forte entre as diferentes autoridades da China sobre o apoio aos mercados de capitais e que será necessário adotar uma “direção muito clara de ação”.

A notícia relacionada ao apoio de Pequim às IPOs de big techs chinesas no exterior foi dada na última quarta-feira (16) pelo vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, que garantiu a adoção de políticas favoráveis ​​ao mercado. He também acrescentou que é necessário cautela sobre a introdução de medidas que possam prejudicar os mercados.

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Além disso, questões relacionadas aos esforços da China para chegar a um acordo sobre a disputa bilateral bastante tensa em relação às auditorias de empresas chinesas listadas nos EUA também foram abordadas — o que estimulou uma alta das ações de big techs chinesas listadas no exterior, que antes estavam em queda.

Os anúncios ocorrem em um momento em que a segunda maior economia do mundo enfrenta uma série de dificuldades. Os investidores estão preocupados com as consequências das negociações de Pequim com a Rússia, a incerteza na demanda global, o impacto de uma ampla repressão regulatória e um aumento nos casos domésticos de COVID-19 recentemente.

Quanto aos detalhes das regras, nem He ou Shen informaram se as regulamentações do CSRC passarão por mudanças, se terão revisões significativas ou quando elas serão finalizadas e publicadas.

Fonte: Reuters