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CEO do Google apoia Apple em caso de demanda por quebra de criptografia

Por| 18 de Fevereiro de 2016 às 08h28

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Wikimedia Commons
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O chefe executivo do Google, Sundar Pichai, manifestou apoio à Apple no imbróglio atual envolvendo a companhia e o governo dos EUA. Em relação à demanda federal por quebra de criptografia – a fim de acessar dados dos criminosos envolvidos no Massacre de San Bernardino – e à negativa de cooperação por parte da Maçã, Pichai afirmou em sua conta pessoal no Twitter que “forçar companhias a permitir hacking poderia comprometer a privacidade dos usuários”.

“Nós sabemos que o efetivo policial e as agências de inteligência encaram um desafio significativo para proteger o público contra o crime e o terrorismo”, ele continua. “Nós desenvolvemos produtos de segurança para manter as suas informações seguras, e conferimos acesso aos agentes legais para que acessem os dados com base em ordens legais válidas.”

Para o executivo, entretanto, a questão envolvendo o desenvolvimento de uma ferramenta para hackear o sistema operacional do iPhone seria “totalmente diferente”, já que se trata de uma requisição para que uma companhia permita o hacking dos aparelhos e dados dos usuários. “Isso poderia ser um precedente problemático”, disse.

O ponto alto de uma velha discussão

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As discussões antepondo segurança pública e criptografia de dados para preservação de usuários certamente têm ganhado considerável fôlego nos últimos meses. Entretanto, o atual caso envolvendo o governo dos EUA e a Apple acabou por representar um ponto de confluência para o embate, dada a seriedade do acontecimento que promoveu a exigência legal.

No dia 2 de dezembro de 2015, um casal suspeito de pertencer a redes terroristas abriu fogo contra um grupo de pessoas envolvidas nos festejos de natal, deixando 14 pessoas mortas e 22 feridas. Posteriormente, ambos foram baleados e mortos durante troca de tiros com a polícia – de maneira que a única forma possível de conhecer as motivações dos atiradores seria invadir um iPhone com iOS 9.

Entretanto, o iPhone conta com uma opção que possibilita a exclusão completa dos dados guardados no aparelho caso 10 senhas de desbloqueio sejam digitadas em seguida. Assim sendo, o governo exigiu um programa capaz de desativar esse dispositivo de segurança, permitindo sucessivas tentativas para desbloquear o aparelho deixado pelos criminosos.

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Um precedente perigoso

Embora a ideia de prover um “backdoor” para apenas um único aparelho pareça, a princípio, algo isolado e de fácil controle, a Apple acredita que tal ferramenta acabaria por abrir um precedente perigoso, comprometendo ainda a segurança de milhões de usuários do iOS.

Afinal, além da demanda poder ser apresentada novamente em outros casos, a própria existência de uma versão hackeada do iOS seria preocupante. “O governo dos Estados Unidos nos solicitou algo que simplesmente não temos; algo que consideramos muito perigoso para ser criado”, disse o chefão Tim Cook em carta emitida aos consumidores da Apple.

Seja como for, é fácil acreditar que a praça de guerra organizada no entorno da tragédia de San Bernardino não vá se desfazer tão cedo. É possível que o pedido enfático por uma porta dos fundos para o iOS rume ainda para novas instâncias e para novos tribunais – embora a Maçã, para todos os efeitos, pareça mesmo inarredável em sua decisão pela manutenção da privacidade dos seus usuários. É esperar para ver.

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Fonte:  Twitter