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Brasil já é segundo maior mercado na adoção de soluções de BI em nuvem para Qlik

Por| 10 de Novembro de 2016 às 08h00

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Rafael Romer/Canaltech
Rafael Romer/Canaltech

No ano passado, a empresa sueca de soluções de Business Intelligence (BI) Qlik deu seu primeiro grande passo na direção dos serviços de nuvem, com o lançamento da ferramenta freemium de visualização de dados Qlik Sense Cloud.

Permitindo o upload de até 250 MB de dados em aplicações de analytics da empresa, a Sense Cloud empolgou uma série de organizações que até então não era clientes da Qlik, e contabilizou cerca de 26 mil usuários registrados no final de 2015. Hoje, mais de 80 mil usuários já estão registrados na plataforma.

O sucesso da solução abriu espaço para o desembarque da Qlik Sense Cloud Plus no primeiro semestre deste ano, uma versão completa do sistema que permitiria agora o upload de até 10 GB de dados para analytics, pelo valor de US$ 20 por mês por usuário. Números sobre a adoção da Cloud Plus não foram divulgados pela companhia.

O mais surpreendente, no entanto, foi o engajamento das empresas brasileiras nas novas ofertas de nuvem da empresa. Apesar de não figurar no topo da lista dos principais mercados para a Qlik, representando hoje cerca metade dos 5 mil clientes da empresa na América Latina, ou aproximadamente 6% do total de 40 mil clientes globais, o Brasil já fica apenas atrás dos Estados Unidos quando o assunto é a adoção de ofertas em cloud da Qlik.

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A adoção rápida dos serviços da nuvem no país foi acompanhando ainda por um crescimento expressivo da companhia por aqui, atribuído, em parte, a busca por reduções de custo entre organizações brasileiras durante o momento de crise.

"As empresas tem precisado ainda mais de nós", comentou Lars Björk, CEO da Qlik, em entrevista ao Canaltech durante um evento da companhia nesta quarta-feira (9), em São Paulo. "Quando você precisa examinar seu negócio, fazer mais perguntas e, possivelmente, cortes, você precisa ter os dados para suportar essa decisão".

A empresa não abre números sobre sua operação local, mas de acordo com Björk, a ampliação da companhia no Brasil foi maior do que a média de 24% de crescimento de receita que a Qlik revelou nos seus mais recentes resultados trimestrais divulgados – os últimos antes do fechamento de capital da empresa.

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Aquisição e jornada para a nuvem

Após um período considerável de negociação, o fundo de investimento norte-americano Thoma Bravo finalmente completou a aquisição da Qlik em agosto passado, por US$ 3 bilhões – a maior já feita pelo organização até hoje.

Além de uma pequena reestruturação de pessoal em outubro, que envolveu o corte de 8% dos colaboradores da Qlik, o processo de compra significou a volta da sueca para o capital fechado, após seis anos de listagem na bolsa de Nasdaq.

Para Björk, a nova realidade da empresa poderá ser positiva para a jornada da Qlik em direção da nuvem.

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O CEO defende que a organização agora terá um pouco mais de folga no seu processo de desenvolvimento de negócios de cloud a médio e longo prazo, sem a preocupação constante de entregas para acionistas a cada 90 dias.

A liberdade maior de operação é bem-vinda, já que a companhia busca atuar com ofertas híbridas o mercado, permitindo uma adoção de soluções em nuvem, on premisses, ou em uma combinação delas pelos usuários, o que deve demandar algum tempo antes de se consolidar.

"Nós não queremos falar para nossos clientes que 'a partir do ano que vem vocês só poderão comprar na nuvem', não queremos forçar os clientes", avaliou. "Essa transição vai levar alguns anos, a nuvem é atraente a interessante, mas é só 5% do mercado hoje".