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Brasil está em antepenúltimo no ranking de alunos com mais habilidades digitais

Por| 16 de Setembro de 2015 às 10h20

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Brasil está em antepenúltimo no ranking de alunos com mais habilidades digitais
Brasil está em antepenúltimo no ranking de alunos com mais habilidades digitais

Um estudo desenvolvido pela OCDE, Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, mostrou que o Brasil está em antepenúltimo no ranking que revela a competência dos estudantes no mundo digital.

O relatório "Estudantes, Computadores e Aprendizado: Fazendo a Conexão" foi realizado no âmbito do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) da OCDE de 2012 e apontou que o Brasil ganhou apenas dos Emirados Árabes e da Colômbia. Os países e cidades que apresentaram melhor resultado foram Cingapura, Coreia do Sul, Hong Kong, Japão, Canadá e Xangai.

Segundo a OCDE, os resultados indicam que "um bom número de habilidades úteis para navegar na internet pode também ser ensinada e adquirida por meio de técnicas de leitura clássicas". O estudo ainda diz que o uso e o acesso a um computador são menos importantes no desenvolvimento da capacidade de navegação e leitura online do que um bom preparo básico e que a habilidade de navegação na web pode surgir com a ajuda de pedagogias e de ferramentas tradicionais.

Os alunos de Cingapura e da Coreia do Sul, que estão no topo da lista, utilizam menos os computadores na escola, sendo 70% e 42% respectivamente. "O fato de assegurar que cada aluno atinja um nível de competência de base em leitura e matemática contribuirá mais para a igualdade em um mundo digital do que o simples fato de ampliar ou subvencionar o acesso a serviços e aparelhos de alta tecnologia", aponta o estudo.

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A organização comenta que a leitura online exige as mesmas competências do que a leitura em papel. "No entanto, é preciso acrescentar uma capacidade suplementar, que não é das menores: a de saber navegar entre páginas de texto e discernir as fontes pertinentes e dignas de confiança entre um número de informações aparentemente infinito", complementa a OCDE.

Para a realização da pesquisa, os alunos participantes, todos com 15 anos de idade, precisaram navegar por textos online presentes em links, atalhos e comandos de navegação para ter acesso à informação que foi solicitada. Além disso, eles também criaram um gráfico a partir de dados ou com a ajuda de calculadoras presentes no próprio computador.

Então, os pesquisadores fizeram análises do número de etapas usadas por cada aluno para chegar até a informação, além da capacidade de focar na busca por determinados assuntos.

Mesmo os países que investiram nas tecnologias da informação em seu sistema educacional não tiveram melhorias nas avaliações, que contaram com critérios como compreensão da escrita, matemática e ciências.

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Andreas Schleicher, diretor de educação e competências da OCDE, complementa o estudo afirmando que os sistemas escolares precisam buscar soluções mais eficazes para integrar as novas tecnologias no ensino e no aprendizado.

Fonte: BBC