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Bradesco e Banco do Brasil criam concorrente para Nubank

Por| 26 de Setembro de 2016 às 18h01

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Bradesco e Banco do Brasil criam concorrente para Nubank
Bradesco e Banco do Brasil criam concorrente para Nubank
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O Nubank está com tudo. A fintech que está fazendo sucesso no Brasil já fez soar o alarme das grandes instituições bancárias, que começaram a se coçar para criar alternativas à altura para seus clientes.

Um dos destaques fica por conta do Digio, plataforma digital de cartões de crédito do banco CBSS, uma joint venture do Bradesco e do Banco do Brasil. A novidade só deve ser anunciada oficialmente no mês que vem, mas as empresas estão otimistas. De acordo com a agência de notícias Reuters, o Digio acredita que vai superar a marca de 1 milhão de cartões em 2017.

Para efeito de comparação, apesar de não abrir o seu número exato de clientes no Brasil, o Nubank afirma que mais de 5,5 milhões já pediram o seu cartão de crédito gerenciado via smartphone. O que sabemos é que apenas um pequeno percentual dessas solicitações são aprovadas após análise de perfil e crédito. Mas o interesse pelo cartão ainda é grande: atualmente, mais de 400 mil pessoas estão na lista de espera.

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Uma das diferenças entre o Digio e o Nubank é a bandeira sob a qual operam. Enquanto a primeira fica inicialmente com a Visa, a segunda opta pela MasterCard. No entanto, o banco CBSS também tem sob seu guarda-chuva a bandeira de cartões de benefícios Alelo, o Livelo, além da financeira Movera, de microcrédito.

O Digio também aposta no acesso a recursos dos clientes do BB e do Bradesco para aprovar um volume maior de pedidos do que seu concorrente. Comparativamente, o líder desse mercado, o Nubank, tem capacidade financeira mais limitada de crescer porque recebe recursos de dois bancos de pequeno porte cujos nomes não são públicos. A meta interna do banco CBSS é que o Digio seja lucrativo em cerca de quatro anos.

O Digio nasceu sem a opção de crédito rotativo. Em vez disso, se o cliente quiser financiar parte da fatura, o banco oferece uma linha de parcelamento com taxa fixa de 7,9% ao mês, bem menor do que a taxa média do rotativo praticada pelos bancos, acima de 14% mensais.

Recentemente, o Nubank anunciou o aumento do seus juros máximos de crédito rotativo, que agora podem chegar a até 14% mensais. Antes da mudança, a maior taxa era de 12%, mas a companhia diz que a média continua em torno de 7% ao mês. A fintech afirmou ainda que esse foi apenas um ajuste pontual que irá atingir menos de 0,5% da sua base de clientes no país.

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Fonte: Reuters