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Boletim Corporativo | Seu panorama semanal sobre o mercado tech (10/09 a 17/09)

Por| 17 de Setembro de 2018 às 15h23

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Boletim Corporativo | Seu panorama semanal sobre o mercado tech (10/09 a 17/09)
Boletim Corporativo | Seu panorama semanal sobre o mercado tech (10/09 a 17/09)

O Boletim Corporativo desta semana vem em clima de prodigalidade; de boa vontade demonstrada tanto por bilionários interessados em aumentar seu papel social quanto por seus inevitáveis críticos (boa parte deles bastante lúcida, sem dúvida).

Mesmo chacoalhando US$ 2 bilhões da carteira sobre o recém-criado Bezos Day Fund, Jeff Bezos ainda é lembrado como um dos poucos bilionários do setor tecnológico que não participa do movimento Giving Pledge. De quebra, ainda não falta que reclame das condições de trabalho na Amazon – fazendo sobrar poucos holofotes para a Apple e sua providencial ajuda de US$ 1 milhão para as vítimas do furacão Florence.

Mas vamos adiante, até encontrar outra figurinha carimbada neste editorial. Elon Musk voltou a ganhar manchetes, dessa vez por seu aceno involuntário a investidores millennials, todos aparentemente atraídos tanto pelo caráter disruptivo da Tesla quanto pelo comportamento errático do seu fundador; seja lá pelo motivo que for, as ações pós-tapa na pantera da montadora encontraram novos compradores entre a “geração Y”.

Por fim, há também um novo programa de aceleração da Thomson Reuters, bem como resultados ambíguos do Nubank (ruins para o semestre, bons para o ano) – além de um previsível embate entre a Fitbit e a Apple, que agora também anda preocupada com a sua saúde. Sem mais, boa leitura.

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Bilionários pródigos (ou “A oferta da viúva pobre”)

Como todo bilionário que se põe a doar uma parcela de seus copiosos dividendos, Jeff Bezos ganhou as mídias por duas vezes seguidas ao longo da última semana. Na primeira vez, por anunciar que depositaria US$ 2 bilhões no recém-criado Bezos Day Fund, um fundo para educação infantil e provimento de abrigos para pessoas necessitadas. Na segunda vez – inevitável -, porque alguém percebeu que US$ 2 bilhões são uma quantia irrisória diante de um patrimônio líquido estimado em US$ 163 bilhões.

Trata-se do mais recente eco do famoso causo bíblico chamado de “A oferta da viúva pobre”. Em suma, a quantia doada importa menos do que a proporção dela em relação ao todo – a despeito do efeito que o montante possa ter sobre os desvalidos muitas vezes. Para efeitos de comparação, a doação de Jeff Bezos seria equivalente a R$ 36 mensais doados mensalmente por alguém com renda mensal de R$ 3 mil. Mais ou menos dinheiro? Maior ou menor exemplo moral? A filantropia é uma verdadeira roda viva, não resta dúvida.

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Também não demorou a ressurgir a questão de que o “homem mais rico da história moderna” não consta entre os pródigos signatários do Giving Pledge, espécie de compromisso de doação no qual constam Bill Gates, Mark Zuckerberg e Warren Buffett. De quebra, Bezos ainda enfrenta diversas acusações relacionadas às condições de trabalho em instalações da Amazon. De fato, nem sobrou muito espaço para o US$ 1 milhão doado por Tim Cook às vítimas do furacão Florence.

A Tesla ganha uma âncora nos millennials

Sem dúvida tem muito investidor profissional torcendo o nariz para a Tesla e para as descomposturas de Elon Musk. Se isso já era verdade quando se iniciou a novela do suposto fechamento de capital, tornou-se ainda mais óbvio quando o Sr. Musk resolveu experimentar marijuana em um programa ao vivo – resultando em uma debandada de grande parte da cúpula da fabricante.

Curiosamente, entretanto, talvez tenha sido essa postura que tornou a ação da Tesla em uma das mais populares entre investidores millenials. A chamada “Geração Y”, composta por nascidos após os anos 2000 (ou durante os anos 1980 e 1990, dependendo da vertente sociológica), levaram os papéis da Tesla a ocuparem a segunda posição entre os mais comprados da corretora Robin Wood durante as últimas duas semanas, com 11.316 compradores adquirindo ações. Um aumento de 13% em relação à semana pré-tapa na pantera.

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Ações da Fitbit despencam após anúncio do Apple Watch Series 4

A Fitbit assistiu às suas ações despencaram 7% logo que o novo Apple Watch Series 4 foi apresentado pela Apple no evento do dia 12 de setembro. Não por acaso, já que a nova versão do smartwatch da Maçã surgiu com a promessa de morder uma fatia considerável do mercado da fabricante de wearables — a dos gadgets focados em ajudá-lo a cuidar da própria saúde.

Anunciado por US$ 399, o Series 4 inclui de um tudo, desde um eletrocardiograma até um detector de quedas bruscas que disca automaticamente para números de emergência. Por outro lado, a Fitbit tem o novo Charge 3, pulseira que é capaz de detectar apneia durante o sono e também batimentos cardíacos irregulares e ainda promete continuar a desenvolver e a “validar clinicamente” novas funções – enquanto foca nos 80% dos donos de smartphones pelo mundo que utilizam o Android. Sim, os investidores podem ter se precipitado.

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Senacom multa Vivo, Oi e Claro em R$ 9,3 milhões por SVAs

O chamados SVAs (Serviços de Valor Adicionado) renderam uma despesa salgada à Vivo, à Oi e à Claro durante a última semana. A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) aplicou no último dia 12 multas individuais de R$ 9,3 milhões às três operadoras. Segundo despachos publicados no Diário Oficial da União, os valores têm por base cobranças ilegítimas e devem ser depositados no Fundo de Defesa de Direitos Difusos.

Os textos também determinam que, em caso de prática reiterada por parte das operadoras, o “DPDC poderá determinar a suspensão temporária da atividade, nos termos do inciso VII do artigo 56 do Código de Defesa do Consumidor”. Já a fiscalização se dará mediante os registros do site Consumidor.gov.br e também nos índices do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (Sindec). O processo segue agora para a Superintendência de Seguros Privados (Susep) e também para a Anatel.

Bitcoin e a “corrida do ouro” virtual

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Antes de qualquer coisa, convém fazer justiça: as criptomoedas podem mesmo representar um formato novo de capitalização, cujo principal chamariz é a descentralização de processos antes exclusivos de instituições bancárias e financeiras. No entanto, é difícil negar que o furor envolvendo, por exemplo, o Bitcoin acabou por transformar balcões de criptonegociação em uma arapuca para investidores deslumbrados – boa parte composta por amadores em uma nova “corrida do ouro”.

Como resultado, estima-se que aproximadamente US$ 400 bilhões tenham sido varridos de contas pessoais, de fundos de investimentos e dos colchões de todo tipo de investidor desde janeiro deste ano. E nisso se inclui mesmo todo tipo de gente: dos investidores profissionais afeitos a análises e orgulhosos de suas predições sobre as flutuações do mercado mobiliário até o amador que simplesmente vislumbrou uma forma rápida de multiplicar suas posses. No momento em que este texto é escrito, o Bitcoin é cotado em US$ 6.350,39; bem distante dos US$ 20 mil atingidos ao final do ano passado.

Wall Street de olho nas criptomoedas

Wall Street anda fechando o cerco às criptomoedas. Basicamente, a ideia é que se ativos como o Bitcoin podem ser distribuídos, vendidos e trocados de forma análoga a títulos convencionais, então eles deveriam ser tratados dessa forma. De fato, criptomoedas hoje podem ser utilizadas em uma miríade de transações comerciais em franca expansão. Um indício dessa nova postura pode ser percebido por uma série de ações tomadas recentemente por órgãos reguladores de Wall Street.

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Pelo menos duas entidades reguladoras de valores mobiliários investiram companhias focadas na negociação de criptomoedas. Enquanto Tim Ayre vendia suas HempCoins com lastro em ações da Rocky Mountain Ayre – embora sem registro de título mobiliário –, a TokenLot e o fundo Crypto Asset Management resolveram pagar penalidades para não estender ainda mais por corretagem ilegal e propaganda enganosa, respectivamente.

Os fornecedores da Apple e os tweets de Donald Trump

Os tweets inflamados de Donald Trump fizeram novas vítimas na semana passada. Diversos fornecedores de componentes para produtos da Apple tiveram suas ações derrubadas depois de uma “alfinetada” de Donald Trump direcionada a Cupertino. Em mensagem via Twitter, o presidente dos EUA afirmou que a gigante de tecnologia deveria fabricar seus produtos nos limites do país, caso realmente queira evitar as onerosas tarifas sobre produtos chineses.

Em números levantados pela agência de notícias Reuters, a troca de farpas fez cair em aproximadamente 10% as ações de companhias como a Luxshare Precision, a Shenzhen Sunway Communication e a Suzhou Dongshan Precision Manufacturing. Já os papéis da Lens Technology, da Universal Scientific Industrial Xangai e da Suzhou Anjie Technologie recuaram entre 6% e 8% e as da da Foxconn e da Pegatron caíram 3,4% e 4%, respectivamente. Isso entre várias outras asiáticas.

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Acionistas processam a Volkswagen em €9 bilhões por escândalo do Dieselgate

A malandragem da Volkswagen com os órgãos de regulação dos EUA ainda deve dar muita dor de cabeça. A empresa agora pode ter que desembolsar mais alguns bilhões de euros para reparar o estrago deixado pelo chamado “Dieselgate” – o escândalo envolvendo emissão de poluentes em carros da marca fabricados entre 2009 e 2015. Dessa vez, quem pede reparação é um grupo de acionistas institucionais que diz ter sido lesado pela tramoia feita pela Volks para enganar órgãos de regulação estadunidenses.

Liderados pela Deka Investment, os investidores encaminharam 1.670 demandas, nas quais pedem o total de €9 bilhões como reparação por danos financeiros. Segundo os queixosos, a companhia deveria ter avisado seus acionistas da manobra, a fim de que pudessem evitar o tombo financeiro. De fato, as ações da Volkswagen caíram 37% logo após o esquema ter sido revelado pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA. Em nota, a montadora alemã afirmou que os membros do conselho repassaram todas as informações que possuíam na ocasião.

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Thomson Reuters procura taxtechs e comextechs para programa de aceleração

A Thomson Reuters anunciou uma nova busca por startups focadas em soluções tributárias, fiscais e para o comércio internacional. Trata-se da segunda edição do Accelerator Day for Taxtech e Comextech, fruto da parceria com a Associação Brasileira de Lawtechs & Legaltechs (AB2L) e com a Campinas Tech.

As empresas podem ser de qualquer região do Brasil, bastando que efetuem a inscrição até o dia 16 de setembro na página do evento. Oito semifinalistas serão escolhidas no período entre 17 a 27 de setembro, sendo duas para cada área do programa. Ao final do processo, as selecionadas receberão apoio técnico da Thomson Reuters por um período de três meses.

O tombo de R$ 50 milhões do Nubank

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O Nubank revelou recentemente um prejuízo líquido semestral de quase R$ 51 milhões. Trata-se de uma perda 30% maior do que a registrada no mesmo período de 2017, quando a startup perdeu R$ 38,9 milhões. Entretanto, a fintech afirma que o resultado anualizado representa uma melhora em 13% se comparado com o prejuízo de R$ 117 milhões que foi registrado no final de 2017. Ademais, o escritório recentemente aberto em Berlim também parece de bom agouro.