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Boletim Corporativo | Seu panorama semanal sobre o mercado tech (03/09 a 10/09)

Por| 10 de Setembro de 2018 às 14h51

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Boletim Corporativo | Seu panorama semanal sobre o mercado tech (03/09 a 10/09)
Boletim Corporativo | Seu panorama semanal sobre o mercado tech (03/09 a 10/09)

As últimas semanas têm pautado de forma curiosa o Boletim Corporativo do Canaltech. É até possível apreender certo padrão: ou há uma empresa se tornando trilionária, ou Elon Musk entra em cena para protagonizar mais uma safra de memes. Adivinha só qual foi a da semana passada? Pois é, novamente a excentricidade do Sr. Musk.

Dessa vez, o fundador da Tesla e da SpaceX resolveu dividir uma “bola” durante um podcast. Sim, ele também falou de aviões elétricos e armazenamento estacionário de energia, mas a maconha foi o que realmente pesou para parte da cúpula da Tesla, que decidiu pedir as contas na mesma hora. Por fim, diferentemente da fumaceira, as ações da Tesla acabaram mesmo é descendo depois do ocorrido.

Mas houve também uma empresa trilionária na última semana. De fato, a Amazon mostrou que o fôlego ainda deve mesmo durar um bocado; não contente em apenas fazer parte de um clube dos mais exclusivos, a companhia avança agora para ultrapassar o US$ 1 trilhão pioneiro da Apple.

E vamos além: há novidades sobre a aguardada IPO (oferta pública inicial) da Uber, sobre a elusiva criptomoeda de Nicolás Maduro – sem falar nas “comemorações” pelo aniversário dos cinco anos da calamitosa negociação entre Microsoft e Nokia. Sem mais, acende um aí (um lampião), e boa leitura.

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Elon Musk fuma maconha em programa ao vivo e executivos da Tesla pedem demissão

Links neurais, constelações de satélites, cérebros ligados diretamente ao computador... Todos os arrojos de genialidade incontida sempre foram razoavelmente bem aceitos pelos colaboradores de Elon Musk. Mas fumar um “baseado” aos olhos de toda a internet – isso foi demais. E olha que a maconha é liberada para uso recreativo na Califórnia (EUA), onde foi filmado o programa.

Imediatamente depois que o bilionário deu um “tapa na pantera” durante o podcast do comentarista de UFC Joe Rogan, dois executivos comunicaram oficialmente o desligamento da Tesla: o diretor financeiro, Dave Morton, no cargo há menos de um mês e incomodado com “o nível de atenção pública recebido pela empresa”, e a diretora de recursos humanos, Gabrielle Toledano – atualmente em férias, devendo retornar ao escritório apenas para encher uma caixa com os pertences.

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Nem adiantou falar de avião elétrico com decolagem vertical, ou amaldiçoar os inventores do motor à explosão; o estrago já estava feito. A ocasião ainda fez as ações da Tesla caírem 10%, com uma breve recuperação em seguida.

Novos iPhones devem chegar ainda mais caros; ações da Apple podem subir com isso

Os novos iPhones devem aparecer mais caros do que se esperava – particularmente, do que Wall Street esperava. Embora isso desenhe um sorriso amarelo na cara do consumidor de carteirinha da Apple, o resultado deve bombear mais receita para os cofres da empresa; e aos investidores isso muito interessa, é claro.

Segundo o analista do braço de investimentos do Bank of America, Wamsi Mohan, as ações da Maçã normalmente sobem antes de grandes eventos, o que pode ser potencializado por um aumento nos preços médios do iPhone para 2019. As expectativas do analista atribuem um preço inicial de US$ 1.049 para o que vem sendo chamado de iPhone XS Plus, enquanto o provável iPhone XS e a versão de entrada com tela LCD devem ser vendidos por US$ 999 e US$ 799, respectivamente. O valor médio combinado da nova linha deve ficar em US$ 815.

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CEO da Uber diz que abertura de capital da empresa segue conforme o planejado

Apesar das várias denúncias envolvendo a Uber — incluindo discriminação salarial por gênero e assédio sexual —, o diretor executivo Dara Khosrowshahi garante que tudo segue no rumo para a IPO (oferta pública inicial) da companhia. Em entrevista à agência de notícias Reuters, Khosrowshahi declarou que as investigações em curso “não representam um fator de risco” para o processo.

Ademais, o executivo também frisou que a abertura de capital da Uber não inclui o Advanced Technologies Group, divisão responsável pelas pesquisas de veículos autônomos. “Definitivamente é um grande ativo com o qual estamos construindo e poderemos monetizá-lo em qualquer forma que desejarmos”, disse. “[Vender] Não é algo em que pensamos nesse momento.” De qualquer forma, há pelo menos US$ 500 milhões garantidos pela Toyota para a empreitada de carros inteligentes.

Facebook tem segundo pior trimestre desde que entrou na Bolsa

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Ao que parece, a Facebook não deve se recuperar tão cedo do golpe desferido pelo escândalo da Cambridge Analytica. A companhia registrou na semana passada novas quedas no valor de suas ações – totalizando 16% apenas durante os últimos três meses, conforme levantamento da CNBC. Trata-se do segundo pior resultado desde a abertura de capital, em 2012, quando a rede social despencou 30%.

Há quem relacione a baixa de 8,5% registrada ao longo da última semana ao fato de vário executivo da empresa terem sido convocados para prestar esclarecimentos no senado estadunidense sobre a interferência externa durante as eleições presidenciais. Mas o revés é multifacetado, e o bode expiatório também pode ser uma pesquisa revelada pelo Pew Research Center, segundo a qual aproximadamente metade dos usuários nos EUA resolveram “dar um tempo” com o Facebook – e pelo menos um quarto excluiu o aplicativo.

Criptomoeda da Venezuela parece ser mais um “fogo-fátuo” do governo de Maduro

A Petro foi anunciada como a solução financeira arduamente esperada pela Venezuela; como a boia de salva vidas que tiraria o país da atual derrocada econômica. Mas há um inconveniente: conforme mostrou uma reportagem da agência de notícias Reuters, ninguém sabe como comprar a criptomoeda anunciada por Nicolás Maduro. De fato, parece difícil mesmo encontrar qualquer um que tenha adquirido o ativo – o mesmo que, segundo o presidente Maduro, teria protagonizado uma ICO (oferta pública de moeda) de US$ 3,3 bilhões.

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Mas não fica nisso. Conforme anunciado pelo governo venezuelano, as unidades supostamente comercializadas da Petro possuem como lastro os cerca de 5 bilhões de barris de petróleo sepultados sob uma savana na porção central do país. No local, entretanto, não há quaisquer instalações extratoras, e especialistas afirmam que seria necessário um investimento de US$ 20 bilhões – e anos de trabalho – para acessar as supostas reservas.

Amazon atinge marca de US$ 1 trilhão – e pode ultrapassar a Apple em breve

A Amazon se tornou na última terça-feira (4) o mais recentemente membro do seleto clube das empresas trilionárias. O valor recorde de mercado foi alcançado após uma breve alta que elevou os papéis da multinacional a US$ 2.050,27. Mas o fôlego da multinacional ainda deve durar um bocado – talvez o suficiente para ultrapassar a pioneira Apple.

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Embora a Maçã tenha sido a primeira empresa de TI a conquistar a marca de US$ 1 trilhão no início de agosto, as altas sucessivas experimentadas pela Amazon nos últimos anos fazem crer num movimento continuado. Segundo analistas, a “joia na coroa” Jeff Bezos é seu portfólio diversificado – sobretudo no que se refere ao negócio em nuvem. Vale lembrar, afinal, que a Amazon Web Services sozinha respondeu por 55% do lucro operacional e por 20% da receita total da companhia durante o segundo trimestre de 2018.

Sebrae busca startups em fase de crescimento em seu Encadear 2018

O Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) deve receber até esta segunda-feira (10) as inscrições para os Desafios de Inovação Encadear 2018. A ação é parte do Fórum de Encadeamento Produtivo, promovido pela própria instituição, e tem como foco empresas que já possuam soluções desenvolvidas e que estejam atualmente em busca de expansão e crescimento.

A divulgação das startups selecionadas deve ser feito no próximo dia 12, e o evento tem previsão para ocorrer nos dias 25 e 26 de setembro na zona norte de São Paulo (SP). Os organizadores esperam que mais de 300 empresas estejam presentes. Para saber mais detalhes sobre a seleção e sobre a feira, basta acessar a página do Fórum Encadear.

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Há 5 anos, a catastrófica negociação entre Nokia e Microsoft era fechada

Exatamente cinco anos atrás, a Microsoft empurrava suas fichas para o setor de Dispositivos e Serviços da Nokia. Ainda que a gigante americana tenha assumido o controle do novo braço apenas um ano depois, foi em 3 de setembro de 2013 que as partes firmaram um acordo de US$ 7,2 bilhões — dando origem a uma parceria centrada no Windows Phone e a mais uma série de eventos calamitosos.

Isso porque a Microsoft acabaria por abandonar o acordo apenas um ano depois assumir o timão. Como resultado, 7.800 funcionários finlandeses foram demitidos á época, e mais 1.350 acabaram na rua em 2016, todos ligados à divisão de hardware pare celulares da companhia. É verdade que tanto a Nokia quanto a Microsoft continuam de pé, mas certamente mantêm uma porção de esqueletos no armário — digamos, além do próprio Windows Phone.

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Evernote demite vários executivos e pode passar por nova rodada de investimento

O Evernote fez o seu nome ao se tornar um dos primeiros aplicativos a utilizar infraestrutura em nuvem para salvar dados, mas esses dias gloriosos parecem ter ficado no passado. Lutando há anos para se manter na superfície — conforme cada vez mais soluções análogas são desenvolvidas pelos próprios sistemas operacionais —, a startup fez rolar pelo menos seis cabeças no início da semana passada.

Há quem diga, entretanto, que a reformulação é indicativo de que uma nova rodada de investimentos deve ocorrer em breve - uma um tanto mais “agourenta” do que as anteriores, por assim dizer. De fato, os novos aportes podem ocorrer em um contexto identificado pelo meio financeiro como down round. Basicamente, a nova injeção de fundos deve se basear em análise que coloque a companhia abaixo dos US$ 1,2 bilhão da última rodada, ocorrida já há vários anos, o que deve causar nova diluição da propriedade.

Alibaba quer Viracopos como centro de distribuição do AliExpress

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O controvertido aeroporto de Viracopos, em Campinas, acaba de ganhar mais um jogador interessado em capitalizar. A gigante chinesa Alibaba afirmou recentemente que espera transformar a estrutura em uma espécie de centro de distribuição para mercadorias vindas da China.

Embora o valor das negociações não tenha sido divulgado, sabe-se que a estrutura está atualmente no centro de um imbróglio que já pautou ações da Lava Jato. Seja como for, as negociações estariam sendo conduzidas entre a Alibaba e a Aeroportos Brasil, concessionária formada por empresas privadas que detém atualmente 51% do controle sobre o Viracopos — os 49% restantes pertencem à Infraero.