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Boeing 737 Max 8 deixa de voar em três países após acidente na Etiópia

Por| 11 de Março de 2019 às 13h49

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Boeing 737 Max 8 deixa de voar em três países após acidente na Etiópia
Boeing 737 Max 8 deixa de voar em três países após acidente na Etiópia
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Autoridades de aviação civil da China, Indonésia e Etiópia ordenaram que companhias aéreas do país suspendam a operação do Boeing 737 Max 8 após a queda de uma aeronave do modelo, operada pela Ethiopian Airlines, ter deixado 157 mortos. O acidente aconteceu neste domingo (10) na cidade de Bishoftu, a 60 quilômetros da capital do país africano, Adis Abeba.

A versão é a mais recente do modelo comercial, inaugurada em 2016. O alerta de segurança está relacionado ao fato de este ser o segundo acidente semelhante a acontecer com o 737 Max 8. Em outubro do ano passado, a aeronave da Boeing, operada pela Lion Air, caiu no mar de Java, deixando 189 mortos. Em ambos os casos, a queda aconteceu momentos após a decolagem.

Além das autoridades dos três países, a companhia aérea Cayman Airways, que opera no mercado nacional e internacional a partir das Ilhãs Caimã, também anunciou que vai suspender as operações do 737 Max 8 até que investigações mostram o que causou o acidente envolvendo o avião da Ethiopian. A empresa disse também que vai colaborar com as autoridades etíopes na investigação do caso.

A Boeing não comentou diretamente sobre as suspensões, afirmando apenas que, como a investigação relacionada ao voo da Ethiopian Airlines ainda se encontram em seus estágios iniciais, não vai emitir novos padrões de segurança para seus operadores. A empresa enviou condolências aos familiares dos mortos e disse que a segurança é sua prioridade, o que a leva a trabalhar ao lado das autoridades africanas na investigação e localização das causas do acidente.

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As caixas-pretas do avião acidentado foram recuperadas apenas nesta segunda-feira (11) e ainda é cedo para especular sobre as causas da queda e, principalmente, sobre uma relação entre os acidentes com os voos da Lion Air e da Ethiopian Airlines. Mesmo assim, ao anunciarem a interrupção nas operações do modelo, autoridades chinesas afirmaram que existe algum “grau de similaridade” entre as duas quedas devido ao fato de ambas terem acontecido minutos após a decolagem.

Informações preliminares da torre de controle de Adis Abeba indicam que a tripulação relatou problemas técnicos na aeronave pouco antes de ela atingir o solo. A Ethiopian Airlines, em um de seus primeiros comunicados sobre o assunto, afirmou ter realizado manutenções rigorosas no avião acidentado no dia 4 de fevereiro e que não existem relatos de problemas na aeronave após essa data.

As causas exatas do acidente de outubro do ano passado, com o avião da Lion Air, também são desconhecidas, com um relatório final previsto para sair entre agosto e setembro deste ano. Investigações preliminares de autoridades americanas e indonésias, entretanto, apontam para uma falha em um software que tenta evitar a perda de sustentação da aeronave, que teria sido ativado de forma automática sem necessidade.

Com motores maiores e promessa de maior eficiência energética, o 737 Max 8 já teria mais de cinco mil unidades encomendadas desde seu lançamento, em 2017. Outro efeito direto do acidente com o voo da Ethiopian Airlines foi a queda de 8% nas ações da Boeing, enquanto a brasileira Gol, que estaria entre as empresas que adquiriram unidades da aeronave, tem baixa de 2%.

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Fonte: The Independent, The Verge, Aviões e Músicas