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Bitcoin: recorde derruba sites e causa variação na cotação

Por| 30 de Novembro de 2017 às 12h44

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Bitcoin: recorde derruba sites e causa variação na cotação
Bitcoin: recorde derruba sites e causa variação na cotação

Tem sido uma semana movimentada para investidores e entusiastas das Bitcoins. Depois de atingir a marca histórica de valorização, atingindo a casa dos US$ 10 mil na terça-feira (28), a moeda teve uma esmagadora valorização, chegando a US$ 11 mil, antes de cair quase 20% enquanto sites e casas de câmbio virtual sucumbiam diante de um gigantesco volume de acessos. Tudo isso em menos de 24 horas.

Todos os eventos aconteceram nesta quarta-feira (29). Após a extensiva cobertura da imprensa sobre o recorde obtido pelas moedas virtuais, cuja expectativa era de atingir a marca dos US$ 10 mil somente em 2018, dezenas de milhares de usuários ativos começaram a comprar moedas, enquanto outro número ainda maior de pessoas abria suas carteiras virtuais para entrar de cabeça nesse setor. Os eventos levaram as criptomoedas, rapidamente, à marca dos US$ 11 mil no final da manhã.

Entretanto, logo depois, veio o golpe, com boa parte dos maiores câmbios de Bitcoins e firmas de investimentos que apostam na moeda apresentando instabilidades ou ficando completamente fora do ar devido ao grande volume de acessos. A Blockchain, uma das maiores empresas desse segmento no mundo – de propriedade de Jeremy Liew, que também é um dos primeiros investidores do Snapchat –, revelou um aumento de 600% no volume de transações apenas na quarta-feira, com mais de 120 mil novos usuários.

Números semelhantes foram apresentados pela Coinbase, outro dos principais câmbios de Bitcoins do mundo, que ultrapassou a marca dos 100 mil novos utilizadores e multiplicou em oito vezes seu recorde diário de movimentações, atingido em junho. O serviço, entretanto, apresentou lentidões durante boa parte do dia e chegou a cair por diversas vezes, sucumbindo sob o tráfego gigantesco.

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Dois grandes nomes do mundo dos investimentos em Bitcoins, a eslovena Bitstamp e a americana Gemini (dos irmãos Winklevoss, os mesmos que investiram na gênese do Facebook), também ficaram fora do ar ao longo do dia. Em ambos os casos, usuários encontraram dificuldades para vender e comprar moedas, além de realizarem alterações em suas carteiras ou, simplesmente, consultarem saldos.

Em meados da tarde de quarta, diante de toda essa dificuldade em um momento de empolgação, as Bitcoins tiveram queda média de 18%, chegando a um valor mínimo de US$ 9.300. Com o início da noite, a estabilização dos serviços e, principalmente, o esmorecimento da animação, a cotação voltou a bater a casa dos US$ 10 mil, na qual permaneceu estável.

No momento em que essa reportagem é escrita, as moedas virtuais operam em baixa de 16%, valendo US$ 9.346 (ou cerca de R$ 36.950) a unidade. A baixa está relacionada, novamente, ao fim da intensa movimentação no mercado, com a estimativa de especialistas sendo a de pequenas altas até o final do ano, sem grandes eventos desse tipo até o início do ano que vem, quando empresas renomadas do mercado de investimentos, como a Bolsa de Mercadorias de Chicago e a Goldman Sachs, lançarão opções baseadas nas Bitcoins.

Outras modalidades de criptodinheiro também se beneficiaram do movimento acelerado das Bitcoins, mas, também, sofreram com suas quedas. A Ethereum registrou queda de 20% nas últimas 24 horas, operando a US$ 406 a unidade, enquanto a Ripple apresentou redução média de 18%, custando US$ 0,23 cada. A sequência de desvalorização atingiu todas as 100 moedas virtuais mais utilizadas do mundo, com perdas que chegaram a 33,3% nos casos mais graves.

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Fonte: Quartz