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B2B or not 2B | Resumo semanal do mundo de tecnologia corporativa

Por| 02 de Agosto de 2019 às 13h31

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Canaltech
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De olho nas redes híbridas

Três semanas após a IBM confirmar a compra da Red Hat por um valor de US$ 34 bilhões, a empresa revelou quais são os seus planos para justificar aquilo que se tornou a maior aquisição de uma companhia da história.

Segundo Arvind Krishna, vice-presidente da divisão de nuvem e software cognitivo da IBM, a aquisição da Red Hat é essencial para que a IBM se torne um dos principais nomes do mercado de nuvem híbrido, que segundo as estimativas da companhia se tornará um mercado de US$ 1,2 trilhão nos próximos anos.

Atualmente, a IBM tem pouca relevância no mercado de nuvem, que é totalmente dominado pelo Amazon (Amazon Web Services), Microsoft (Microsoft Azure) e Google(Google Cloud). O movimento de compra da Red Hat mostra que a empresa meio que “desistiu” de brigar nesse setor onde não vê brechas de entrada, e escolheu sair na frente pelo domínio dos sistemas de redes híbridas - e que Krishna acredita que logo irá se tornar ainda mais valioso do que o atual mercado de nuvem.

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Pelas estimativas do executivo, o mercado de redes híbridas logo valerá cerca de US$ 1,2 trilhão no total, sendo que desse montante US$ 100 bilhões serão relativos ao setor de componentes e hardware para a montagem dessas redes, US$ 150 bilhões para a contratação de infraestrutura em nuvem, US$ 350 bilhões para a aquisição de software específico para esses sistemas e US$ 550 bilhões em consultorias e serviços de manutenção.

Longa espera

Como sabemos, desde o ano passado o mercado de semicondutores tem passado por diversos problemas, o que tem afetado diretamente as operações até mesmo de grandes empresas de hardware, como Intel e AMD. Mas pode ser que esse cenário demore ainda um pouco mais para melhorar.

De acordo com Reinhard Ploss, CEO da fabricante de chips alemã Infineon, a indústria de semicondutores deve se recuperar somente em 2020, já que ainda não há nenhum sinal de recuperação no mercado de automóveis chinês, que é um setor estrategicamente muito importante.

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Ploss afirmou nesta quinta (1) que, mesmo com as recentes melhorias, o cenário da indústria de semicondutores ainda apresenta muitos desafios, com pressões cíclicas persistentes e o sentimento geral é de que ainda se está tentando navegar pelo fundo do poço e encontrar uma forma de começar a subida.

Isso não é um adeus

O CEO da Intel, Bob Swan, deu uma entrevista esclarecedora sobre um dos negócios mais polêmicos do mercado da tecnologia: a venda da divisão de modems 5G da companhia para a Apple. À CNBC, o executivo explicou os motivos que levaram ao negócio que rendeu US$ 1 bilhão ao caixa da fabricante e foi classificado como a segunda maior aquisição da história da Maçã.

Swan disse que a empresa decidiu vender sua divisão de modems 5G porque simplesmente fazer a negociação desses aparelhos para a Apple não teria proporcionado retorno suficiente. Vale lembrar que a Intel é quem produziria os modems 5G para a Maçã antes da gigante de Cupertino se resolver com a Qualcomm.

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Logo após esse acordo entre as gigantes, a Intel avisou que estava encerrando as atividades da divisão. Na época, Swan disse que "se tornou evidente que não há um caminho claro para a lucratividade e retornos positivos."

Swan, por sua vez, disse que a Intel não está jogando a toalha no 5G, alegando que a companhia ainda pode desenvolver essa tecnologia para outras áreas: "Dobramos as redes 5G onde achamos que há oportunidades reais, mas também retivemos o acesso às tecnologias caso precisemos de um modem 5G para aplicativos que não sejam de smartphones, como um PC ou um automóvel".

Preparação para o 5G

A Qualcomm anunciou a expansão de seu centro de desenvolvimento no Reino Unido para acelerar os testes e a implementação da tecnologia 5G mmWave na Europa. Disponível para parceiros de fabricação de aparelhos e também operadoras de telefonia, a unidade servirá para experimentações com o padrão de conexão por meio de ondas milimétricas, com a Sony sendo a primeira da lista na utilização do espaço.

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A unidade, localizada em Farnborough, na Inglaterra, permitirá a utilização de dispositivos mmWave ainda em fase experimental para que as fabricantes possam criar suas próprias configurações compatíveis e testarem as próprias inovações que estejam em desenvolvimento. O mesmo vale para as operadoras do setor, com o centro de desenvolvimento servindo para verificação de diferentes aspectos de aparelhos, receptores e transmissores, além de projetos de usabilidade.

Mais do que isso, a própria Sony também será a responsável por fornecer equipamentos e unidades ainda em fase de testes para que outros fabricantes, bem como operadores e reguladores, possam experimentar a tecnologia. A ideia é que a cooperação acelere a implementação do 5G na Europa e ajude os players do setor a encontrar gargalos, eventuais problemas e obstáculos que possam ser contornados antes da aplicação comercial da conexão.

Reforço à segurança

Nesta segunda-feira (29), a Microsoft anunciou que está adquirindo os serviços da BlueTalon, uma empresa responsável por fornecer privacidade de dados e ajudar outras empresas a definir políticas de como seus funcionários podem ter acesso aos dados. Essas políticas são reforçadas nos ambientes de dados mais populares. Além disso, a empresa recém-contratada pela Microsoft também é conhecida por fornecer ferramentas para auditoria de diretivas e acesso.

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Frente aos novos serviços contratados pela empresa, Rohan Kumar, VP corporativo da Microsoft, escreveu: “O IP e o talento adquirido através do BlueTalon trazem uma expertise única no ápice do big data e da segurança”. Kmar ainda explicou o que a BlueTalon pode agregar para a Microsoft: “Essa aquisição aumentará nossa capacidade de capacitar empresas de todos os setores para que se transformem digitalmente, garantindo o uso correto de dados com governança de dados centralizada em escala por meio do Azure”.

Em outras palavras, a BlueTalon vai fazer parte do grupo de Governança de Dados do Microsoft Azure (plataforma baseada nos conceitos da computação em nuvem, destinada à execução de alguns serviços e aplicativos), onde a equipe trabalhará para aprimorar os recursos da Microsoft em relação à privacidade e governança de informações. A Microsoft já oferece ferramentas de controle de acesso e governança para o Azure. Como praticamente todas as empresas se tornam mais centradas em dados, a necessidade de controles de acesso centralizados que funcionem entre sistemas só vai aumentar, e novas leis de privacidade de dados não estão facilitando esse processo.

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