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B2B or not 2B | Resumo semanal do mundo da tecnologia corporativa (de 2/3 a 6/3)

Por| 06 de Março de 2020 às 15h39

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Quem tem medo de mudança?

Três grandes nomes do setor de tecnologia estão em fases de mudanças e prometem novidades nos próximos meses com a alteração de liderança. A Nokia, por exemplo, iniciou um plano para reativar seus negócios em 5G e atacar o mundo mobile novamente. A empresa finlandesa contratou o antigo executivo do grupo, Pekka Lundmark, para substituir o CEO Rajeev Suri a partir de setembro deste ano.

As ações da Nokia, que em outubro perderam um terço do valor quando o grupo admitiu atrasos no desenvolvimento do 5G, aumentaram 4% com as novidades, mas caíram logo após o anúncio. Em comunicado oficial aos clientes, a fabricante garantiu: "uma nova era vai começar na Nokia e pode incluir a revisão de portfolio e estratégia."

Na Intel a história é semelhante. Robert Swan foi apresentado como presidente executivo da gigante em meados de 2019, depois de Brian Krzanich ter sido exonerado do cargo por relacionamento com uma subordinada. Diante do novo desafio, Swan já integrou um lema diferente: “Uma Intel.

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O novo CEO, em entrevista ao New York Times, explicou sua proposta: ele quer estreitar a relação entre os funcionários e criar um ambiente propício para a empresa obter sucesso em outras áreas além da de semicondutores. Embora seja a grande potência desse segmento, a Intel sabe que o futuro promete modificações, de forma que ela precisa expandir seus negócios para outras áreas. Por conta disso, Swan modificou a relação de trabalho dos funcionários, desde a fabricação ao design.

Mas, se nas fabricantes o clima de renovação foi bem recebido, no Twitter as coisas estão mais complicadas. Segundo pessoas familiarizadas com o assunto, o fundo ativista Elliott Management Corp., que assumiu uma participação considerável da rede social, está pressionando o conselho para substituir o CEO Jack Dorsey - que atualmente trabalha como presidente de duas instituições ao mesmo tempo, do Twitter, o qual também co-fundou, e da Square, de pagamentos móveis.

No entanto, após os rumores chegarem à imprensa, funcionários da rede social se manifestaram a favor do chefe, dizendo não concordar com sua possível saída. Utilizando a hashtag #WeBackJack, algo como "nós apoiamos Jack", várias pessoas começaram a se manifestar contra o desejo dos investidores, incluindo funcionários e colegas de outras companhias — como Elon Musk, fundador da Tesla e da SpaceX. E agora, será que ele vai ou fica?

Ética religiosa

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Segundo informa a agência de notícias Reuters, a Microsoft e a IBM assinaram um documento que pode ser traduzido para “Chamada de Roma para a Ética”, uma espécie de juramento feito pelas empresa e o Vaticano para que tecnologias de IA sejam aprimoradas em prol da evolução humana.

A grosso modo, o documento, que conta com o selo e o patrocínio papal no Vaticano, rege que a inteligência artificial seja desenvolvida de forma a respeitar a privacidade humana, trabalhar de forma confiável e constante e, acima de tudo, trazer imparcialidade em seu funcionamento.

O “juramento”, ao menos nesse primeiro momento, ainda não conta com o posicionamento de outras empresas que atuam neste mercado, mas vem em um momento de crescente preocupação do público quanto ao uso de IAs no cotidiano. Nos EUA, alguns estados usam tecnologia de reconhecimento facial para a segurança pública, enquanto empresas valem-se de algoritmos para selecionar (e excluir) candidatos para vagas de emprego.

Segundo o Vaticano, ambos os casos são exemplos onde o mau uso da inteligência artificial pode trazer malefícios ao invés de exaltar o ser humano. Enquanto a IBM e a Microsoft já mostraram apoio ao documento, ainda não se sabe como elas farão a devida implementação destas políticas de transparência em seus desenvolvimentos.

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Previsões do tempo

O ano de 2020 promete intensificar o cenário de multicloud híbrida à medida que empresas de todos os setores adotem a estratégia para agilizar sua transformação digital.

De acordo com a IBM, as cinco tendências ajudarão as empresas em suas jornadas para a nuvem em 2020: 5G no uso de Edge Computing; automação na multicloud híbrida; centros de comando de segurança como parte da estratégia; maior adoção de nuvens específicas por indústria e a adoção de ferramentas de código aberto para facilitar a adesão de Kubernetes - sistema de orquestração de contêiners open-source.

Para entender melhor cada uma das tendências, leia a matéria completa.

Multa milionária

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A Amazon está tentando anular uma ordem da União Europeia de reembolsar cerca de 250 milhões de Euros (cerca de R$ 1,2 bilhão) em impostos atrasados para Luxemburgo, pequeno país europeu, rodeado por Bélgica, França e Alemanha e segundo tribunal mais importante da Europa.

A Comissão Europeia disse em sua decisão de 2017 que o acordo tributário, que abrangeu o período de maio de 2006 a junho de 2014, não tributou quase três quartos dos negócios da Amazon. Sendo assim, a varejista online norte-americana conseguiu transferir uma parte significativa de seus lucros de uma subsidiária para uma holding sem pagar impostos, dando à empresa uma vantagem injusta.

A Amazon informou em seu pedido ao Tribunal Geral que a União Europeia não havia provado seu caso, que alega estar repleto de erros legais e factuais. A empresa também disse que a decisão da União Europeia ainda violou os princípios de segurança jurídica.

Escapou!

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Documentos confidenciais de empresas como Tesla, SpaceX, Boeing e Lockheed Martin vazaram nesta semana após uma parceira de fabricação, a Visser Precision, sofrer um ataque de ransomware.

O incidente foi confirmado pela empresa e envolve a criptografia de arquivos internos da companhia, com os hackers ameaçando vazar os dados caso um valor não revelado deixe de ser pago. Aparentemente, o resgate jamais aconteceu, o que levou uma série de arquivos com segredos corporativos e, possivelmente, até governamentais, a vazarem na internet.

De acordo com os especialistas, os documentos avaliados, em sua maioria, se tratam de acordos de confidencialidade entre a fabricante de componentes de alta precisão e companhias como Tesla e SpaceX. Outro arquivo traz os esquemas parciais de uma antena para mísseis, fabricada pela Lockheed Martin, possivelmente ligados a trabalhos junto às Forças Armadas dos Estados Unidos.

A Visser divulgou uma breve nota confirmando o roubo das informações e o fato de ter sido alvo de um ataque. Também em comunicado, a Lockheed Martin disse estar seguindo protocolos padrão para lidar com incidentes desse tipo, e que trabalha ao lado da parceira na apuração dos fatos. Tesla e SpaceX não se pronunciaram sobre o assunto.

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