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B2B or not 2B | Resumo semanal do mundo da tecnologia corporativa (29/6 a 3/7)

Por| 03 de Julho de 2020 às 15h34

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Canaltech
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Breque dos apps

Se os aplicativos ainda não entenderam o recado, então ele será repetido: depois da primeira paralisação realizada na última quarta-feira (1º), entregadores que trabalham para apps como iFood, Rappi, Uber Eats e Loggi já se planejam para interromper os trabalhos mais uma vez. dessa vez no dia 12 de julho.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, um estudo da Remir (Rede de Estudos e Monitoramento da Reforma Trabalhista), feito por universidades federais e pelo MPT (Ministério Público do Trabalho), mostra que 59% dos entregadores tiveram um faturamento menor nesse período de pandemia, mesmo tendo de entregar mais pedidos, se comparado ao período pré-coronavírus. Segudo a pesquisa, isso acontece porque os apps distribuíram mais as entregas, sem necessariamente aumentar as taxas.

Além disso, nesse período de pandemia, houve a perda de empregos e o consequente ampliação de pedidos de inscrição para se trabalhar nesses apps. O iFood afirma que, em março deste ano, recebeu mais de 175 mil pedidos - um aumento de 105% em comparação a fevereiro (85 mil pedidos). Atualmente, 170 mil entregadores estão com cadastro ativo no app em todo o Brasil.

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Na última quarta-feira (1º), a primeira paralisação em massa dos entregadores travou ruas e avenidas de diversas cidades do Brasil (e também na América Latina) com dezenas de milhares participando do movimento. Foi possível registrar grandes manifestações em locais como Rio de Janeiro, Brasília, Recife, Porto Alegre e Salvador, entre outras. Para saber o que reivindicam os motoristas, leia a matéria completa.

Mascarados

Na última quarta-feira (1º), a Uber anunciou que estendeu por tempo indefinido a exigência do uso de máscaras para os motoristas e motociclistas que utilizam a sua plataforma. Além disso, a companhia aproveitou para lançar um vídeo de uma nova campanha sobre o tema, para informar aos usuários sobre a nova política.

A exigência de máscaras foi iniciada no dia 18 de maio. Originalmente, ela estava programada para terminar no final de junho, mas a companhia resolveu estender o seu uso. Em comunicado, o Uber afirmou: “Estender nossa política de 'Sem Máscara, Não Dirija' é a coisa certa a se fazer. Queremos enviar uma mensagem clara para todos que usam o Uber de que todos temos um papel a desempenhar para manter um ao outro em segurança ”.

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Um porta-voz da companhia declarou à agência de notícias Reuters que a data de vencimento da política de uso de máscaras era apenas uma estimativa. A Uber afirma que continua monitorando a situação e a disseminação do novo coronavírus.

Expansão

A terceira maior fabricante de aeronaves comerciais do mundo decidiu ampliar suas atividades no mercado de maneira estratégica e audaciosa. A Embraer anunciou a compra da Tempest Serviços de Informática, líder no setor de segurança cibernética, em uma transação que deve movimentar grandes cifras, afinal, esse setor gera, por ano, algo perto dos R$ 8 bilhões.

Essa ação da fabricante pode ser considerada uma resposta ao fracasso das negociações para a fusão com a Boeing, que acabou prejudicado, entre outras coisas, pela crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2). Além de adquirir a Tempest, a Embraer também fez um aporte de R$ 20 milhões na Kryptus, uma empresa que fornece soluções de criptografia para as Forças Armadas. Tudo isso estará sob o guarda-chuva da Atech, uma subsidiária da Embraer que cuida dos sistemas tecnológicos da companhia.

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Ao entrar nesse mercado, a Embraer pode mirar duas situações. Com relação à defesa, as demandas serão controladas pela Kryptus que, entre outras coisas, faz uso de inteligência artificial para a proteção de usinas elétricas e nucleares, além do uso de critptografia para o sistema de fronteiras do Exército. Além disso, é importante ressaltar que outro ponto sensível que a empresa pode atingir é a segurança espacial, pois boa parte das atividades cibernéticas passa por satélites.

Já com relação à Tempest, as coisas se ampliam. O Brasil é o segundo país mais afetado por crimes cibernéticos contra empresas financeiras, com cifras que giram na casa dos US$ 10 bilhões, perdendo apenas para a Rússia.

Auditado

O Facebook disse na segunda-feira (29) que se submeterá a uma auditoria sobre como controla o discurso de ódio, numa tentativa de apaziguar o crescente boicote publicitário à sua plataforma.

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A medida ocorre após grandes anunciantes, como Unilever e Starbucks, assinarem a campanha “Stop Hate for Profit”, iniciada por grupos de direitos civis dos EUA, que pedem que as marcas interrompam seus anúncios no Facebook em julho para pressionar a empresa a acabar com o discurso de ódio na rede.

O Media Rating Council (MRC), empresa de medição de mídia, conduzirá a auditoria para avaliar como o Facebook protege os anunciantes de aparecerem ao lado de conteúdo nocivo e a precisão dos seus relatórios em determinadas áreas. O escopo e o cronograma da auditoria ainda estão sendo finalizados, disse o Facebook.

Emperrado

O Brasil atingiu nessa semana a marca de 100 mil antenas de telefonia e internet móvel ativas em todo território nacional. O número representa um crescimento de 6% em comparação a maio de 2019, o que significa a instalação de 5.612 antenas no período. No entanto, a quantidade ainda é considerada insuficiente para atender a demanda no país, afirmam especialistas. E isso acontece, em boa parte, por causa da burocracia que emperra sua expansão.

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Segundo a entidade, o ritmo do licenciamento de antenas pelas prefeituras precisa ser acelerado para acompanhar a crescente demanda da população pelos serviços. A cada minuto, 33 novos chips de 4G são ativados no País e o uso da internet tem sido essencial na vida dos brasileiros, principalmente pela exigência de quarentena causada pelo coronavírus.

Ainda segundo a SindiTelebrasil, em grandes metrópoles brasileiras, existem mais de 4 mil pedidos de instalação de antenas apresentados pelas operadoras e aguardando licenciamento pelas prefeituras. Esses pedidos representam cerca de R$ 2 bilhões em investimentos. “O número de antenas, apesar do avanço expressivo, ainda está muito aquém da necessidade de cobertura no País para promover uma maior inclusão digital”, comentou Ferrari. Saiba mais na matéria completa.