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B2B or not 2B | Resumo semanal do mundo da tecnologia corporativa (27/4 a 1/5)

Por| 01 de Maio de 2020 às 16h37

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Canaltech
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Filantropia digital

O www.ajudeopequeno.com.br, um projeto sem fins lucrativos que tem como único objetivo ajudar os pequenos comerciantes que estão sem faturamento devido ao isolamento social. O site conecta o comprador ao vendedor e não cobra nenhuma taxa do pequeno comerciante. E para ajudá-los nesse processo de entrada no mundo digital ainda conta com parceiros - também voluntários - como o Sebrae, por exemplo.

O site funciona de forma simples. Existe uma interface para o vendedor e outra para o comprador. O pequeno comerciante cria sua loja dentro do site, gratuitamente, cadastra produtos e escolhe a forma de pagamento. O painel tem um passo a passo e a loja fica ativa automaticamente após o cadastro completo.

O cliente, por sua vez, também se cadastra, escolhe o fornecedor de que quer comprar e a forma de envio do produto. Por enquanto há a possibilidade de entrega pelos Correios ou retirada na loja, mas Luís conta que eles estão trabalhando para conectar à plataforma um serviço de delivery. Além disso, estão adicionando um serviço de CRM para que o comerciante gerencie suas vendas e se comunique com os clientes.

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Para quem tem interesse em se cadastrar, seja como comerciante, comprador ou voluntário, basta acessar o site.

Resultados

O Spotify divulgou essa semana seu relatório financeiro referente ao primeiro trimestre de 2020, além de revelar mudanças na forma de o usuário ouvir músicas. “Agora, todo dia parece final de semana”, diz a companhia no relatório ao explicar que a COVID-19 impactou significativamente a maneira como os usuários consomem conteúdos na plataforma.

Uma pesquisa realizada pela empresa nos Estados Unidos revela que houve algumas mudanças de comportamento. A primeira e mais clara é que o consumo em trânsito foi reduzido “por vezes na casa de dezenas em porcentagem”, já que as pessoas estão permanecendo em casa.

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Além de observar essas mudanças de hábitos, o Spotify viu o número de usuários crescer um pouco acima do esperado. Atualmente, a plataforma tem 286 milhões de usuários ativos mensalmente, número 31% superior em relação ao mesmo período do ano passado e 5% maior na comparação com o trimestre anterior. Desses usuários, 130 milhões (45,4%) são assinantes.

Em termos de receita, contudo, a gigante “empatou” na comparação trimestral. Ela fechou os primeiros três meses de 2020 com 1,8 bilhão de euros em receita, quase o mesmo obtido ao final do ano passado.

Já a Microsoft viu uma transformação digital que aconteceria em dois anos sendo acelerada para apenas dois meses. Com essa declaração, o CEO da empresa, Satya Nadella, abriu o estrelado relatório sobre o primeiro trimestre deste ano, apresentando faturamento total de US$ 35 bilhões, aumento de 15%, e lucros de US$ 10,8 bilhões, representando 22% mais na comparação com o mesmo período do ano passado.

Os números apontam um brilho da plataforma Azure, que apresentou um crescimento de 59% no faturamento na comparação com o mesmo período de 2019. No total, o departamento de cloud computing da Microsoft trouxe US$ 13,3 bilhões em faturamento, e na combinação de todas as ofertas desse tipo oferecidas pela empresa, o crescimento foi de 39%. No total do segmento, do qual também fazem parte os negócios de servidores, o faturamento aumentou 30%.

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O LinkedIn também foi destacado por apresentar alta de 21% no faturamento, enquanto as soluções de CRM e ERP Dynamics 365 apresentaram 47% mais faturamento em relação ao mesmo período do ano passado. Os resultados positivos levaram as ações da companhia a fecharem o pregão desta quarta-feira (29) com alta de 4,49%, uma valorização que se refletiu também nas negociações pós-fechamento do mercado. No momento em que essa reportagem é escrita, os papéis da Microsoft operam com valorização de 1,48% e a expectativa é de que esse movimento de alta permaneça ao longo de toda a negociação desta quinta (30).

Internet no Brasil

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou essa semana uma pesquisa que aponta que 25% (ou um em cada quatro) dos brasileiros não têm acesso à internet. Em números totais, isso representa 46 milhões de pessoas. Em áreas rurais, o índice de pessoas sem acesso é ainda maior que nas cidades, chegando a 53,5%. Em áreas urbanas é 20,6%.

O estudo leva o nome de Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - Tecnologia da Informação e Comunicação (Pnad Contínua TIC) 2018. Ele apontou que quase a metade das pessoas que não têm acesso à rede (41,6%) afirmam que o motivo para não acessar é por não saber usá-la; uma a cada três (34,6%) diz não ter interesse; já para 11,8% delas, o serviço de acesso à internet é caro. E,finalmente, para 5,7% deste total, o equipamento necessário para navegar pela web, como celular, laptop e tablet, é caro.

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A pesquisa aponta também a dificuldade em fazer a internet chegar a certas regiões do país. Isso porque 4,5% das pessoas em todo o Brasil não acessam a web por falta de serviços disponíveis nos locais em que elas moram. Ou seja, elas não conseguem contratar um pacote de internet, mesmo que queiram. Como esperado, esse percentual é mais elevado na Região Norte, onde 13,8% daqueles que não acessam a internet não têm acesso ao serviço nos locais que frequentam. Na Região Sudeste, esse percentual é 1,9%.

Mesmo com um alto número de pessoas que não usufurem dos benefícios da internet, a pesquisa aponta que o percentual de domicílios que utilizavam a Internet subiu de 74,9% para 79,1%, de 2017 para 2018.

O equipamento mais usado para acessar a Internet foi o celular, encontrado em 99,2% dos domicílios com serviço. O segundo foram os PCs, que, no entanto, só eram usado em 48,1% desses lares.

Entre 2017 e 2018, o percentual de pessoas de 10 anos ou mais que acessou a internet pelo celular passou de 97% para 98,1%. O aparelho é usado tanto na área rural, por 97,9% daqueles que acessam a internet, quanto nas cidades, por 98,1%.

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Outro dado curioso é o crescimento do acesso à rede por meio das TVs. A pesquisa mostra que o percentual das pessoas que acessaram a internet pela TV aumentou de 16,3%, em 2017, para 23,1%, no ano passado.

Quanto ao tipo de conexão utilizada, tanto a banda larga móvel (3G/4G), quanto a fixa mostraram crescimento gradual. Nos domicílios em que havia utilização da Internet, o percentual dos que usavam a móvel passou de 77,3% em 2016 para 78,6% em 2017 e atingiu 80,2% em 2018. Já o percentual dos que usavam banda larga fixa evoluiu de 71,4% em 2016 para 73,5% em 2017 e chegou a 75,9% em 2018.

Esta é a terceira vez que a (Pnad) compila dados sobre Tecnologia da Informação e Comunicação. Os dados referem-se ao quarto trimestre de 2018. A pesquisa trata do acesso à internet e à televisão nos domicílios particulares permanentes e do acesso à internet e à posse de telefone móvel celular para as pessoas de 10 anos ou mais de idade, o que equivale a um total de cerca de 181,9 milhões de pessoas.

Bônus: 15 startups com tecnologias que ajudam micro, pequenas e médias empresas

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O Canaltech selecionou 15 dessas startups, divididas por áreas, que trazem soluções bem interessantes para que os pequenos e médios empresários possam atravessar essa pandemia sem grandes traumas. Confira!