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B2B or not 2B | Resumo semanal do mundo corporativo

Por| 26 de Abril de 2019 às 15h35

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B2B or not 2B | Resumo semanal do mundo corporativo
B2B or not 2B | Resumo semanal do mundo corporativo

IPO conturbado

A Uber registrou seu pedido de abertura de capital por meio de uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês), apresentando seus planos em Wall Street. A companhia colocou para uma fatia entre US$ 44 e US$ 50 o preço das ações que serão vendidas na Bolsa de Valores. No total, serão 180 milhões de papéis em oferta, somando US$ 9 bilhões em potenciais investimentos.

O documento também mostra que a empresa pode colocar um lote adicional com mais de 27 milhões novas ações à venda. Isso levantaria a IPO da empresa em potenciais totais de US$ 10,35 bilhões. A expectativa de analistas é de que a Uber passe a ser avaliada na casa dos US$ 84 bilhões. Apesar de o número ser bastante alto, ainda é muito abaixo das expectativas iniciais. Por exemplo, analistas da Reuters acreditavam em um valor de marca de até US$ 120 bilhões, muito acima da situação atual.

Mas, os valores abaixo do esperado não são a única preocupação. Motoristas do Uber de sete grandes cidades dos Estados Unidos estão planejando uma greve para o dia da IPO da empresa. Segundo representantes da classe trabalhadora, os motoristas alegam que a Uber vem encolhendo seus pagamentos, além de não oferecer benefícios ou segurança relacionados a trabalho. Também reclamam de não terem voz contundente nas opiniões refletidas pela empresa e acusam a Uber de falta de transparência para com eles.

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Facebook News

O Facebook revelou seus resultados financeiros relacionados ao primeiro trimestre de 2019. Apesar dos problemas que a empresa vem enfrentando, ela conseguiu superar as expectativas de Wall Street e ainda anunciou que está guardando caixa para uma multa que será exigida pela Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês), dos EUA, a qual espera-se que gire em torno dos US$ 3 a 5 bilhões.

Caso ele se concretize, será a maior multa aplicada pela FTC na história e está relacionada com o escândalo de 2018 envolvendo a Cambridge Analytica, com a rede social sendo acusada de permitir o uso indevido de informações de seus usuários. Além disso, a companhia de Zuckerberg está sendo responsabilizada pela disseminação de ódio dentro da plataforma, que culminou no genocídio de Mianmar.

De acordo com o Facebook, caso a multa não fosse considerada, seu lucro por ação teria atingido a marca de US$ 1,89 — significativamente mais alto do que a expectativa dos analistas de US$ 1,62. As ações do Facebook subiram cerca de 5% após a divulgação do resultado financeiro, para US$ 192 por ação.

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Com relação à receita, a empresa afirma ter obtido US$ 15,08 bilhões, um valor superior aos US$ 14,97 bilhões que eram esperados. Ainda, ele demonstra uma alta de 26% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os lucros por ação (conhecidos como GAAP) registraram um valor de US$ 0,85 — menor do que os US$ 1,62 estimados.

Divórcio

O Banco Next, hoje uma entidade subsidiária do Bradesco, deve se separar da instituição financeira até o final de 2019, segundo informações do jornal Valor Econômico. Lançado em janeiro de 2018 como uma espécie de “fintech dentro de outra empresa”, o Next nasceu como uma resposta do banco tradicional à crescente influência do Banco Original e do Nubank.

Desde a sua concepção, o Next sempre contou com identidade, conteúdo, gestão e imagem próprias, trazendo uma equipe exclusivamente dedicada que, hoje, ameaça cerca de 250 funcionários.

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Por ora, o Next segue como uma instituição subsidiária ao Bradesco, que não se manifestou sobre a separação.

Twitter em alta

Notícia boa para os investidores do Twitter: a rede de microblogs superou as próprias previsões financeiras e fechou o primeiro trimestre de 2019 com receita de US$ 787 milhões. Anteriormente, a gestão da rede havia notificado acionistas de que deveria ficar “entre US$ 715 milhões e US$ 775 milhões”, o que significa que a meta foi superada com certo conforto. A marca representa um crescimento de 20% em relação ao mesmo período de 2018.

Entretanto, é válido ressaltar que o Twitter perdeu valores em relação ao último trimestre de 2018, quando registrou um recorde de US$ 909 milhões — uma queda de 14%.

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Mais uma notícia boa: a base de usuários ativos mensais (MAUs, na sigla em inglês) da rede de microblogs aumentou para 330 milhões — um acréscimo de 9 milhões aos 321 milhões registrados no trimestre anterior.

Reforço

A Microsoft novamente “tirou o escorpião do bolso” e anunciou a aquisição da startup Express Logic, focada no setor de Internet das Coisas (IoT). A empresa, que tem 23 anos de atuação no mercado, vinha desenvolvendo o que é conhecido por “Sistema Operacional de Tempo Real” (RTOS) para controle e gerenciamento de dispositivos que dão suporte ao conceito de hiperconectividade.

A Express Logic possui cerca de 6,2 bilhões de dispositivos conectados pelo seu sistema, tendo como público-alvo desenvolvedores de IoT e representantes industriais. A empresa desenvolve softwares middleware para esses profissionais, um fato que não escapou à Microsoft. Segundo Sam George, diretor de Azure IoT na empresa, há uma crescente demanda por esse tipo de serviço, o que justifica a transação.

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Segundo o analista da Constellation Research, Holger Miller, a compra da Express Logic traz mais credibilidade à Microsoft no setor de internet das coisas. “Essa é uma aquisição essencial para eles. No lado estratégico, a Microsoft está mostrando que leva a sério o investimento pesado em IUoT; no lado do produto, é um passo essencial para ingressar-se ao código de um RTOS popular”, disse ele ao Techcrunch.

Na ascensão

A Huawei apresentou nesta semana seu relatório financeiro referente ao primeiro trimestre fiscal de 2019 com números bem positivos. No período, a receita da empresa subiu 39% em relação ao começo do ano passado, batendo a casa dos US$ 26,78 bilhões. Em termos de lucro, a empresa manteve a margem de 8%, número semelhante ao começo de 2019.

A companhia disse ter vendido 59 milhões de smartphones entre janeiro e março deste ano em todo mundo. O relatório também fala do avanço do 5G como “oportunidades significativas da Huawei crescer”, apontando que já tem 40 contratos de 5G com 70 mil estações de suporte para o novo padrão em todo o mundo. Isso mostra novamente que o embargo dos Estados Unidos em relação à Huawei não tem surtido grande efeito.

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Investimento nas alturas

Um levantamento feito pela firma de análise de dados e pesquisa Bryce Space and Technology mostra que 2018 teve um recorde histórico de investimentos feitos em empresas do segmento aeroespacial. A boa notícia é que, pelo mesmo estudo, o ano de 2019 e além não dão sinais de que essa tendência vai desacelerar tão cedo. A marca atingida totalizou US$ 3,23 bilhões, superando os valores de 2017, que foram de US$ 3,03 bilhões.

O curioso é que, segundo a pesquisa, não há sequer um investimento singularmente bilionário: o maior gasto de 2018 no setor veio pela Blue Origin, liderada pelo fundador da Amazon, Jeff Bezos, que fechou negócio na casa de US$ 750 milhões; seguida pela Space X de Elon Musk, que realizou diversos contratos valorados, cada um na média de US$ 200 milhões.