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Brasil terá drones entregadores de pizza até 2018, aposta 99

Por| 29 de Agosto de 2016 às 14h44

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Divulgação
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Amazon, Google e outras empresas já estão testando drones para fazer entregas de produtos e serviços nos Estados Unidos. Agora, o Brasil poderá receber essa novidade em breve, já que a companhia 99 planeja implementar um serviço de entrega por meio de veículos aéreos não tripulados por aqui.

A 99, que já é conhecida por oferecer o famoso aplicativo para encontrar táxis, planeja colocar esse sistema em funcionamento dentro dos próximos dois anos. Segundo Renato Freitas, cofundador e diretor de desenvolvimento de sistemas da 99, o projeto de entrega via drones começou a ser estudado há cerca de quatro meses. Uma equipe de 15 pessoas já faz experimentos com quatro aparelhos dentro do escritório da empresa para entender como o serviço poderia ser desenvolvido no Brasil.

Uma das ideias inicias é usar os dispositivos para entregar pizza. "Entrega de pizza é uma aplicação bem óbvia. Mas servirá para entregar coisas que hoje vão por motoboys e vans, como documentos", disse.

De acordo com Freitas, o que impede a 99 de lançar esse serviço é a burocracia brasileira, mas que, até 2018, essas barreiras devem ser diminuídas ou oficialmente legalizadas. O executivo acredita que, nos próximos anos, os edifícios poderão ter helipontos para que os drones possam pousar e entregar as encomendas dos usuários. "Vai ser comum ver drones passando sobre as cabeças das pessoas, fazendo entregas que hoje são feitas por motoboys", afirmou.

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A estratégia da 99 é investir em outras áreas além dos táxis, vista a forte concorrência do Uber e Cabify, líderes do setor. "Tiramos o 'táxis' do nosso nome para contemplarmos outras formas de transporte que não apenas táxi. Nessa linha, temos muitos projetos aqui. O de drones é embrionário, mas é um dos projetos que temos bastante carinho e que estamos trabalhando bastante sobre ele", completou.

Regras para drones no Brasil

Há cerca de um ano, a Força Aérea Brasileira (FAB) anunciou as regras para o uso comercial dos vants no país, tanto sobre áreas urbanas quanto ambientes fechados. As empresas interessadas em utilizar esses aparelhos devem ter diversos documentos, incluindo uma autorização da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), o registro do gadget junto à Anac e um pedido ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea). As companhias também precisam avisar com pelo menos 30 dias de antecedência sobre voos feitos com o drone.

Além disso, cada drone precisa atender algumas diretrizes específicas. Por exemplo, vants de até 2 kg só podem ter velocidade máxima de 55 km/h; aparelhos com peso superior podem atingir até 110 km/h. Já drones mais pesados, acima de 25 kg, só podem ser usados via autorização especial da Aeronáutica. Em todos os casos, o dispositivo tem de ficar a, no mínimo, 30 metros de distância de pessoas e prédios, e voos noturnos e acrobacias são proibidos.

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No mundo

Na Austrália, o governo autorizou que os drones fossem usados para entregar pizza pelos ares. A rede Domino's, por exemplo, quer ser a primeira corporação do mundo a oferece esse tipo de delivery, já que as entregas por drones serão legalizadas agora em setembro. Cada empresa deve atender a uma série de requisitos, incluindo uma distância mínima de 30 metros das casas para onde as máquinas devem deixar o produto. Enquanto isso, as pizzarias dos EUA poderão fazer entregas vias drones já a partir desta semana.

Fonte: Reuters