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Apple pode deixar de usar chips da Qualcomm nos iPhones

Por| 31 de Outubro de 2017 às 12h27

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Apple pode deixar de usar chips da Qualcomm nos iPhones
Apple pode deixar de usar chips da Qualcomm nos iPhones
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O gigantesco e cada vez maior processo judicial movido pela Qualcomm contra a Apple pode acabar levando ao fim da parceria de anos entre as duas empresas. Informações de fontes ligadas à empresa de Cupertino indicam que ela estaria em conversas com novos fornecedores de chips LTE para iPhones, iPads e outros dispositivos, de forma a firmar novos acordos em 2018 e deixar a companhia americana de lado.

O principal motivo, aqui, seria a resistência da fabricante de componentes em entregar softwares cruciais para testes com a tecnologia LTE para dispositivos futuros da Maçã. Seria mais uma forma de a Qualcomm retaliar a Apple com relação ao que alega ser um roubo de propriedade intelectual relacionado às tecnologias de conectividade dos dispositivos da companhia.

Diante da possibilidade de ver o desenvolvimento de novos aparelhos atrasado por conta das atitudes da parceira, a Apple estaria conversando com a Intel e com a MediaTek sobre um possível acordo de fornecimento para o ano que vem. Se confirmado, o rompimento com a Qualcomm marcaria o fim de uma parceria de mais de dez anos, já que a empresa fornece modens e chips para a Maçã desde o lançamento do primeiro iPhone.

O processo entre as duas gigantes está em andamento desde o começo do ano e se torna maior a cada dia. A Qualcomm, por exemplo, já fez pedidos ao governo dos EUA para que barre a importação de iPhones da China, bem como teria tentado fazer com que o governo do país interrompa a fabricação de smartphones da Apple por lá até que a disputa seja solucionada nos tribunais.

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Em resposta às alegações, a empresa de Cupertino iniciou um contraprocesso, alegando que a Qualcomm estaria abusando de sua posição privilegiada como uma das principais fabricantes de processadores do mercado mobile, minando a posição de companhias que não utilizam suas soluções por meio de exigências abusivas de royalties e acusações de roubo de propriedade. E foi aqui que o caldo azedou, já que a Maçã não apenas abriu uma ação, mas passou a reter todos os pagamentos de direitos sobre as tecnologias da parceira, incentivando seus parceiros de fornecimento a fazerem o mesmo.

O CEO da Apple, Tim Cook, afirmou que os valores estão sendo depositados em uma conta dedicada a esse fim, e pediu que a justiça reveja se o que é cobrado pela Qualcomm é efetivamente justo. A fabricante de chips alega que essa é uma forma de forçar sua mão para a obtenção de um acordo desfavorável, com a Maçã também abusando de sua posição como uma das principais compradoras globais de componentes. Enquanto as bravatas se acumulam, um consenso entre as partes parece cada vez mais improvável, o que pode arrastar ainda mais o andamento da ação.

Comentando sobre o caso, a Qualcomm afirma que sua próxima geração de chips LTE já foi plenamente testada, tanto internamente quanto pela própria Apple, e que já foi entregue à empresa para utilização em novos produtos. A rival não se pronunciou, nem sobre as pendengas em si e, muito menos, em relação à possibilidade de firmar contratos com outras empresas.

Da mesma maneira, Intel e MediaTek não falaram no assunto. Enquanto isso, a saga continua, com um julgamento sobre a disputa entre Apple e Qualcomm marcado para acontecer até o final deste ano, quem sabe, selando uma das primeiras decisões judiciais relacionadas ao caso. Como sempre, qualquer ordem é passível de recurso, em um combate que ainda parece bem longe de ter um fim.

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Fonte: The Wall Street Journal