Apple lidera recuperação das ações do mercado de tecnologia
Por Joyce Macedo | 24 de Agosto de 2015 às 16h30
Após as ações da Apple começarem a semana sendo operadas com queda de até 10% devido à precipitação do mercado chinês, a empresa mais valiosa do mundo conseguiu recuperar US$ 78 bilhões em seu valor de mercado que havia sido perdido no início desta segunda-feira (24).
"Eu recebo atualizações sobre o nosso desempenho na China todos os dias, incluindo essa manhã, e eu posso dizer que nós continuamos experimentando um forte crescimento do nosso negócio na China entre os meses de julho e agosto", disse o CEO da empresa, Tim Cook, por meio de um e-mail enviado ao apresentador da rede de televisão CNBC, Jim Cramer. "O crescimento das ativações do iPhone acelerou ao longo das últimas semanas", acrescentou o executivo.
Cook também acrescentou que a empresa teve o melhor desempenho do ano na App Store da China durante as duas últimas semanas – uma informação incomum para ser compartilhada fora dos relatórios de lucros trimestrais da companhia. As declarações do CEO ajudaram a empurrar o preço das ações de volta para o alto, acima de US$ 106. Os papéis da companhia abriram o dia abaixo de US$ 100 pela primeira vez desde outubro de 2014.
Ações de outras empresas de tecnologia, incluindo o Google, Facebook, Twitter e Netflix, também recuperaram suas perdas iniciais, mas ainda estavam negociando com baixa de 2% a 3% no início da tarde. A Microsoft, juntamente com a Apple, perdeu cerca de 9% do seu valor de mercado na semana passada como resultado da preocupação gerada pela desaceleração econômica na China.
Essa é a segunda vez que Tim Cook tenta acalmar os investidores sobre o efeito das oscilações do mercado de ações do país asiático. Durante o anúncio dos resultados trimestrais em julho, ele disse que estava "muito otimista com a China".
Na última sexta-feira (21), o índice composto da Nasdaq, que mede o desempenho das ações do setor de tecnologia, caiu mais de 3%, enquanto o seletivo S&P 500 recuou 3,52%. "Neste momento há um sentimento de medo no mercado e todas as notícias são interpretadas negativamente e de forma indiscriminada", disse Tom Digenan, da UBS Global Asset Management.
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Fonte: Financial Times