Apple adia retorno aos escritórios após aumento nos casos de COVID-19
Por Felipe Demartini | Editado por Jones Oliveira | 20 de Julho de 2021 às 12h20
A Apple teria adiado em cerca de um mês o retorno de seus funcionários aos escritórios diante do aumento nos casos de COVID-19 nos Estados Unidos. A nova variante Delta, que está motivando, inclusive, um novo estabelecimento de restrições mesmo nos estados que já tinham liberado até o uso de máscaras, fez com que a empresa atrasasse para meados de outubro a volta do trabalho presencial.
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As informações não foram confirmadas oficialmente, mas jogam água na ideia original da Apple, que gostaria de ver seus escritórios voltando a funcionar em meados de setembro. A companhia adotaria um regime híbrido, com trabalho presencial pelo menos três vezes por semana; tais planos ainda estariam de pé, mas agora a ideia seria que o estabelecimento desse regime só seria possível em outubro.
O plano, porém, parece incerto, já que depende da redução no número de casos de COVID-19 e da continuidade da vacinação da população estadunidense. A alteração nos planos não foi divulgada publicamente, mas funcionários falaram à Bloomberg sobre o assunto e citaram um compromisso da Apple em informar, com pelo menos um mês de antecedência, sobre a volta mandatória aos escritórios.
Isso também se deve ao fato de, durante a pandemia, muitos dos trabalhadores da empresa terem se realocado para cidades menores, em busca de gastos mais baixos com aluguel e outras despesas. Viver no Vale do Silício é caro e um dos motivos pelos quais a própria Apple decidiu realizar esforços para descentralizar suas operações, ainda que o Apple Park, em Cupertino, continue sendo a base central da Maçã.
Em junho, um grupo de 2,8 mil funcionários da Apple divulgou uma carta aberta ao CEO, Tim Cook, e outros executivos da Apple pedindo por mais flexibilidade no regime de trabalho. Eles citaram exemplos de outras empresas de tecnologia, como Microsoft e Facebook, que adotaram calendários mais abertos e de acordo com a disponibilidade dos trabalhadores. Publicamente, a Maçã respondeu apenas que a colaboração presencial faz parte da cultura e do futuro da companhia.
Além dos dois dias de trabalho remoto por semana, os colaboradores da Apple podem utilizar duas semanas por ano de trabalho completamente remoto. É o contrário, por exemplo, de outros nomes grandes, como o Google, que diz esperar que 20% de seus funcionários adotem esse regime completamente mesmo após o retorno de outros trabalhadores aos escritórios.
A Apple não se pronunciou oficialmente sobre as informações publicadas na imprensa internacional, deixando de confirmar ou negar um adiamento nos planos de retorno aos escritórios.
Fonte: Bloomberg