Apple acusa Qualcomm de trabalhar com um modelo de negócios ilegal
Por Patricia Gnipper | 20 de Junho de 2017 às 15h52
Nesta terça-feira (20), a Apple incluiu novas alegações contra a Qualcomm no processo judicial que vem rolando há vários meses. Agora, a companhia de Cupertino acusa a fabricante de chipsets de operar com modelo de negócios ilegal em que são extraídos direitos de patente excessivamente altos a cada dispositivo vendido.
A nova acusação reforça o processo iniciado em janeiro, em que a Maçã acusou a rival de usar táticas não-competitivas para monopolizar o mercado. Em “resposta”, a Qualcomm processou a Apple por quebra de contrato alguns meses depois, e até mesmo tentou fazer com que o iPhone tivesse sua venda proibida nos Estados Unidos, e ainda acusou a empresa liderada por Tim Cook de tê-la chantageado.
Voltando ao acordo de patentes entre as duas empresas, de acordo com as novas acusações da Apple, a Qualcomm estaria cobrando uma taxa de licença para cada iPhone fabricado, e essa cobrança estaria sendo feita de maneira duplicada, já que a Maçã já pagaria valores pelo uso da tecnologia da Qualcomm. Portanto, a cobrança de cada chip produzido estaria violando o acordo prévio entre as companhias.
A batalha judicial entre as duas gigantes parece estar longe de acabar, uma vez que o objetivo da companhia fundada por Steve Jobs é não ser mais obrigada a pagar uma parcela de suas vendas só porque eles usam a tecnologia da Qualcomm, e, além disso, a Maçã ainda luta para que a Suprema Corte dos Estados Unidos invalide os processos que a companhia abriu contra outros fornecedores, sob o argumento de que a briga deva permanecer somente entre a Apple e a Qualcomm. Caso a justiça norte americana decida a favor da Maçã, a fabricante de chipsets deve ser duramente prejudicada, já que boa parte de seus rendimentos vêm justamente da cobrança de royalties.