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Após fracasso, Amazon encerrará vendas do Fire Phone

Por| 09 de Setembro de 2015 às 09h26

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Após fracasso, Amazon encerrará vendas do Fire Phone
Após fracasso, Amazon encerrará vendas do Fire Phone

Há alguns dias, pulicamos aqui no Canaltech a notícia de que a Amazon teria demitido dezenas de engenheiros do Lab126 após o fracasso de vendas do Fire Phone. Muito antes disso, a empresa insistia que, mesmo com a baixa procura pelo smartphone, ainda estava comprometida em aumentar a popularidade do aparelho. Mas tudo indicava que esse esforço não ia durar muito tempo.

Pois bem. Eis que, agora, a maior varejista online do mundo parece ter entregado os pontos e abandonado de vez a tentativa de despertar o interesse dos consumidores pelo Fire Phone. Isso porque o dispositivo, tanto em sua versão de 32 GB quanto de 64 GB, não está mais disponível para compra no site da Amazon.

Ao acessar a página do produto, o usuário se depara com a mensagem de que o telefone está esgotado no momento e que a empresa não sabe se ou quando o item estará disponível novamente em estoque. Geralmente, quando um produto recebe essa classificação na Amazon, significa que o item em questão foi retirado de forma definitiva do catálogo da loja e não voltará a ser vendido.

Para quem não sabe, o Fire Phone é o primeiro (e talvez o último) smartphone desenvolvido e fabricado pela Amazon. Lançado em julho do ano passado, o aparelho inteligente foi anunciado como um celular revolucionário por vir equipado com um conjunto de quatro câmeras frontais, que recebeu um recurso 3D chamado Dynamic Perspective. Na prática, essa função permite que o usuário acesse itens no site da Amazon e os visualize em três dimensões, de acordo com sua perspectiva e posição.

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No mais, o telefone não é muito diferente de outros aparelhos intermediários - isso sem levar em consideração que outros smartphones ainda mais potentes foram lançados de julho de 2014 até agora. Ele possui tela de 4,7 polegadas, processador quad-core com velocidade de 2,2 GHz, processador gráfico Adreno 330, 2 GB de memória RAM e revestimento Gorilla Glass em ambos os lados.

Nem mesmo as poderosas câmeras 3D conseguiram agradar ao público. Cerca de dois meses após ser anunciado, foram vendidas apenas 35 mil unidades do gadget. Depois, o que se viu foram várias reduções no preço do smartphone, que custava US$ 199, em um contrato de dois anos, ou US$ 649 caso o consumidor optasse pelo dispositivo desbloqueado. Inclusive, na página atual do Fire Phone na Amazon aparece a mensagem de que ele custa US$ 0,00 pela AT&T Next, mas nem a operadora está vendendo o aparelho.

Para acalmar a situação, o presidente da Amazon, Jeff Bezos, chegou a afirmar que não se importava caso o aparelho fracassasse em vendas porque "é preciso fazer apostas ousadas e que elas nem sempre dão certo".

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E não deu certo mesmo. Pouco mais de um ano após apresentar o Fire Phone, o Wall Street Journal reportou que vários engenheiros do Lab126, divisão que cuida dos dispositivos da empresa - entre eles o Kindle e a Fire TV -, foram afastados de seus cargos. Até então, essa unidade, que hoje trabalha em projetos como o Dash Button e o Amazon Echo, empregava aproximadamente três mil pessoas.

Fontes: GeekWire, Gizmodo