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Após críticas, Apple pagará artistas durante período gratuito do Apple Music

Por| 22 de Junho de 2015 às 08h27

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Anunciado há pouco mais de duas semanas, o serviço de streaming de músicas da Apple, o Apple Music, chegou com um catálogo gigantesco de faixas, artistas e conteúdos relacionados ao mundo da música. Ao todo, são mais de 30 milhões de canções disponíveis no serviço, entre elas composições de Taylor Swift. Só que a cantora não está nada feliz com o lançamento da plataforma e tomou uma decisão que não deve animar seus fãs.

Em uma carta aberta publicada em seu Tumblr oficial, Taylor criticou o fato da Maçã oferecer um período de três meses grátis para novos assinantes do Apple Music, mas não pagar os artistas por esse tempo de gratuidade. Por conta disso, a cantora pop, que declarou que a Apple continua sendo uma de suas "melhores parcerias na venda de músicas", resolveu não liberar seu álbum mais recente, 1989, no serviço - o restante da discografia continua acessível.

"Tenho certeza que você sabe que o Apple Music oferecerá uma versão gratuita de três meses para quem se inscrever no serviço. Contudo, não tenho certeza se você sabe que o Apple Music não pagará a escritores, produtores ou artistas nesses três meses. Eu considero isso chocante, decepcionante e completamente diferente desta empresa historicamente progressista e generosa", escreveu a cantora na rede social.

De acordo com Taylor, a decisão de publicar uma carta aberta para discutir esse assunto se dá porque muitos artistas, embora compartilhem da mesma opinião, "têm medo de falar publicamente por admirar e respeitar a Apple". "Essas não são as queixas de uma criança petulante, mimada. Esses são os sentimentos que ecoaram de todos os artistas, escritores e produtores nos meus círculos sociais", disse.

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Além disso, a cantora afirmou que muitos desses jovens artistas não podem bancar suas contas por estratégias similares às da Apple, por justamente não os pagar durante os períodos gratuitos de assinaturas oferecidos aos usuários. Segundo a compositora norte-americana, "três meses é muito tempo para algo não-remunerado e é injusto pedir a alguém para trabalhar por nada". "Nós não lhe pedimos iPhones de graça. Por favor, não nos peça para lhe fornecer nossas músicas sem nenhuma compensação", completou.

Menos de 24 horas depois da publicação da carta no Tumblr, o vice-presidente da Apple, Eddy Cue, anunciou que a companhia passará a pagar artistas e gravadoras mesmo durante os três meses gratuitos para novos assinantes. "Nós ouvimos você @taylorswift13 e os artistas independentes. Com amor, Apple", escreveu Cue em seu perfil no Twitter. Minutos depois, Taylor disse estar conntente e aliviada pela decisão da gigante de Cupertino.

We hear you @taylorswift13 and indie artists. Love, Apple — Eddy Cue (@cue) June 22, 2015

Esta não é a primeira vez que Taylor Swift se declara contra o fato das empresas de streaming de músicas não pagarem de forma justa os artistas que compõem o catálogo de seus serviços. No final do ano passado, a cantora removeu toda sua discografia do Spotify por não concordar com os valores repassados pela plataforma - isso sem contar que 1989 vendeu 1,2 milhão de cópias na primeira semana sem nem estar cadastrado na biblioteca do Spotify. O CEO do serviço de streaming se defendeu das acusações.

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O Apple Music será lançado no dia 30 de junho nos Estados Unidos. No Brasil, o serviço ainda não tem data oficial para chegar, mas especula-se que sua assinatura deve custar entre US$ 4,99 e US$ 7,99.

Fontes: Taylor Swift (Tumblr), The New York Times, The Verge