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Amazon encerra operações da loja de livros virtuais do Kindle na China

Por| Editado por Claudio Yuge | 03 de Junho de 2022 às 22h30

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A Amazon anunciou nesta quinta-feira (2) que encerrará as operações da sua loja de e-books, Kindle, na China no próximo ano. A notícia vem após a saída de diversas big techs ocidentais como Airbnb, Yahoo e LinkedIn nos últimos meses, em meio a um aumento no controle das autoridades chinesas sobre as questões de privacidade.

O anúncio foi feito no perfil oficial da Amazon na rede social chinesa Weibo, onde a empresa informou que o seu serviço de livros digitais será encerrado em 30 de junho de 2023. A big tech não deu mais detalhes sobre o motivo da sua decisão.

"Hoje anunciamos o ajuste dos negócios relacionados ao Kindle na China, mas o compromisso de desenvolvimento de longo prazo da Amazon na China não mudará. Como uma empresa global, não importa em que país ou região estejamos, continuaremos a avaliar o layout do negócio local”, disse um porta-voz da Amazon, em um comunicado à imprensa.

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Em 2011, o fundador da JD.com, Liu Qiang Dong, disse em uma entrevista que o Kindle não conseguiria ter sucesso na China. Porém, a Amazon conseguiu vender milhões de seus livros digitais no país asiático, que se tornou seu primeiro mercado em 2016.

Embora o Kindle tenha sido um sucesso na China, a Amazon encerrou as operações da sua plataforma de comércio digital no país em 2019, devido à forte concorrência, que na época já contava com empresas como Alibaba e JD.com.

Além disso, desde que o Kindle entrou na China em 2013, ele opera de uma forma diferenciada com um número bastante reduzido de títulos estrangeiros disponíveis, visto que tudo que chega ao país é sujeito à aprovação das autoridades.

“Se você olhar para as listas de best-sellers em 90% do mundo, os e-books são equivalentes às versões digitalizadas dos livros tradicionais. Na China, no entanto, livros publicados tradicionalmente, conteúdos de vídeo de formato mais longo, para TV e filmes, não são muito interessantes porque a maioria deles vem de editoras estatais ou de produtoras de conteúdo que são limitadas nos tópicos que podem cobrir ”, segundo um especialista da indústria de e-books da China, que não quis ser identificado.

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Kindle já apresentava sinais da sua saída

A Amazon começou a dar sinais de que os negócios envolvendo o Kindle já estavam desacelerando na China desde o ano passado com a retirada da sua loja oficial do Tmall, do Alibaba, em outubro.

Além disso, em janeiro deste ano, o Kindle também ficou sem estoque em diversos marketplaces chineses, levando alguns usuários a questionarem se o serviço de livros digitais estava prestes a sair do país.

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Em seu comunidado oficial, a Amazon disse que está ajustando o foco estratégico de suas operações e que suas outras linhas de negócios na China continuariam. Atualmente, a Amazon ainda presta alguns serviços na China que incluem negócios como comércio eletrônico transfronteiriço, publicidade, logística global, tecnologia de nuvem, hardware e serviços inteligentes.

A Amazon disse que ainda conta com mais de 10.000 funcionários e tem escritórios em 12 cidades chinesas, incluindo Pequim, Xangai, Hangzhou e Shenzhen.

Fonte: Sina,Tech Crunch