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A Inteligência Artificial se tornou a bússola dos executivos

Por| 30 de Novembro de 2021 às 16h00

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Rawpixel/Envato
Rawpixel/Envato

Apesar de a inteligência artificial (IA) estar há décadas trazendo benefícios em diversas áreas silenciosamente, apenas recentemente a importância da sua aplicação nos negócios se tornou senso comum. Por exemplo, estima-se que empresas que utilizem IA possam obter um aumento de receita em torno de 30%.

Uma das formas como a IA cria valor nos negócios é se tornando uma espécie de bússola para os executivos na tomada de decisões. Num ambiente cada vez mais dinâmico, complexo, volátil e incerto, a dificuldade de se tomar boas decisões aumentou significativamente, pois a experiência e a intuição dos executivos não são mais suficientes.

Para entender como a IA traz vantagem em relação à experiência, utilizarei uma analogia. Imagine uma competição onde cada competidor receberá R$ 1000, no início da competição para investir como quiser no mercado financeiro, realizando as operações que julgar adequadas, com o objetivo de maximizar o retorno sobre o investimento. Agora imagine que há 2 competidores: um aprendiz, ou seja, um jovem que ainda está aprendendo sobre o tema, e, um investidor com 20 anos de experiência no mercado financeiro. Quem, na sua opinião, tem uma chance maior de vencer a competição?

Eu acredito que sua resposta foi “o investidor experiente”. Eu também acho que ele teria muito mais chance de vencer a competição, pois no cenário descrito, a experiência é suficiente para garantir uma vantagem no processo de tomada de decisão. E esse foi o cenário durante décadas no mundo dos negócios.

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Agora imagine que o aprendiz recebe no início da competição uma bola de cristal. E, ele pode utilizar a bola de cristal para ver o futuro. Essa bola de cristal não é perfeita, pois às vezes mostra uma imagem nítida do futuro, e, outras vezes mostra uma imagem um pouco ou muito embaçada do futuro. E agora? Quem você acha que tem maior chance de vencer a competição?

Com a bola de cristal, talvez a sua resposta mude para “o aprendiz”. A bola de cristal é a utilização de modelos de IA. Os modelos de IA permitem estimar o comportamento futuro de variáveis, e, nesse novo mundo, empresas jovens, com executivos inexperientes que utilizam a IA estão conseguindo acertar mais jogadas do que as empresas tradicionais, invertendo a vantagem no tabuleiro do mundo dos negócios.

Mas, o que aconteceria se o investidor experiente também pudesse usar a bola de cristal? Ele poderia tomar decisões combinando sua experiência com a previsão do futuro, retomando a sua vantagem. Ainda, como a bola de cristal às vezes mostra uma imagem pouco nítida, o investidor experiente teria a vantagem de sua experiência e intuição para interpretá-la, o que ainda ampliaria sua vantagem.

A IA se tornou a bússola dos executivos. Por esse motivo, as empresas precisam adotar IA para suportar as tomadas de decisões de seus gestores. No entanto, sua adoção oferece desafios, principalmente para empresas já estabelecidas (tema que tratarei em outro artigo). Isso resulta em uma taxa baixa de sucesso dos projetos de adoção e um baixo retorno sobre investimento médio dos projetos, criando uma percepção distorcida do enorme valor real que a IA pode trazer para os negócios.

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Para superar tais dificuldades, após muita pesquisa sobre os motivos de falha dos projetos, eu propus uma metodologia inovadora para adoção acelerada de IA em empresas, que chamei de AIxCeleration. De forma simplificada, a metodologia cria um efeito de espiral positiva criado pela combinação de boas práticas, alinhamento de incentivos, e, reforço positivo decorrente da rápida materialização das demandas. Tal efeito gera momentum suficiente para que as potenciais barreiras individuais à adoção de IA sejam superadas.

Sua utilização permite que empresas obtenham resultados significativos em um intervalo de tempo relativamente curto, como mostra o exemplo da fintech DMCard. Comandada por Denis Correia, a empresa existente há 19 anos resolveu colocar “bolas de cristal” nas mãos de seus executivos. Para isso, a diretora Edna Kohigashi criou uma célula ágil para geração de modelos de IA para o apoio à tomada de decisões, materializando a visão de uma “fábrica de modelos de IA” de Juan Agudo, diretor de inovação.

Contando com um forte apoio e alinhamento da área de TI, comandada por Fernando Oliveira, os resultados alcançados pela DMCard em apenas 6 meses confirmam o poder da utilização da IA por executivos experientes: potencial de payback de 4 meses e de um retorno sobre o investimento (ROI) de 233% em 12 meses. Esses resultados quando comparados com um levantamento feito pela Deloitte em 2020, que apontou que os projetos de IA trouxeram na média um ROI de 4,3% e um payback de 1,2 anos, demonstram o poder da metodologia AIxCeleration.

A IA se tornou a bússola dos executivos, e, agora, há uma forma mais rápida de colocar esta bússola para fomentar o crescimento exponencial das empresas - sejam elas pequenas ou grandes, novas ou tradicionais no mercado.