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A Colaboração Integrada na IV Revolução Industrial

Por| 15 de Novembro de 2016 às 10h51

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A Colaboração Integrada na IV Revolução Industrial
A Colaboração Integrada na IV Revolução Industrial

Sabe-se que a tecnologia é a mola propulsora para o sucesso, ou melhor, o progresso. A primeira Revolução Industrial deu-se a partir do descobrimento da utilidade do carvão como fonte de energia e, consequentemente, da criação da máquina a vapor e da locomotiva.

A Segunda Revolução foi a melhora da anterior, com o desenvolvimento de novas fontes de energia, além da utilização de um sistema de linha de produção nas indústrias. Em seguida, a Terceira, mais recente, foi conhecida pelo aprimoramento da Informática, a tal “Tecnologia de Ponta”, sendo o computador o personagem central deste momento. O que seria a Quarta Revolução Industrial? Chegamos num ponto em que homem e máquina estão totalmente interligados a partir de tecnologias digitais e a mobilidade. A inovação digital ganha espaço e cresce numa velocidade exponencial. O comportamento da sociedade mudou, como já mencionei em artigos anteriores.

Em todos os grande eventos de analistas de mercado ouvimos muito sobre o mercado de APIs (Application Programming Interface) e como essa abordagem traz vantagens competitivas, integração automatizada entre os sistemas das empresas, acelerando a inovação e trazendo novos modelos de negócio.

Ouço muito que as APIs estão na moda mas não vejo isso como um modismo, e sim uma evolução dentro da transformação digital em que todos estamos passando. Aproveitando que a Red Hat acabou de adquirir uma empresa de API Management, a 3Scale, vou explorar um pouco sobre o que a sua utilização pode trazer de vantagens.

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A origem histórica das APIs não é muito clara, mas vou focar nas modernas APIs da internet (Web APIs) em que seu uso fica muito mais necessário e natural. É possível encarar as APIs como uma forma de um programa “conversar” com outro (ou até um sistema). Ao invés da tela e mouse para interagir com um sistema, as APIs são a ponte de comunicação entre programas da Web. Um bom exemplo é o do Google Maps onde qualquer programa provê todas as funcionalidades dele (localização, mapa, rotas, tráfego etc…) bastando se conectar à ele através de suas APIs. As primeiras APIs Web modernas datam o ano 2000 quando Salesforce.com e eBay lançaram as primeiras APIs empresariais, baseadas na web, e deram origem ao que chamamos hoje em dia de SaaS (Software as a Service).

Conforme todos os sites sociais publicavam suas APIs para serem consumidas, começando com del.icio.us, depois Flickr, Facebook e Twitter, um novo negócio estava se formando: a cloud pública baseada em APIs. A Amazon lançou seu primeiro serviço web, o S3, e logo em seguida o EC2 (armazenamento e recurso computacional respectivamente). Atualmente, a AWS (Amazon Web Services) é a maior nuvem pública do mercado, provendo APIs para todos os seus serviços.

Com a popularização do uso de smartphones, apareceram APIs para serem consumidas por esse poderoso computador que todos levamos no bolso, o celular. Cada vez mais vemos aplicativos pessoais e empresariais que consomem recursos de outros sistemas através de APIs. É aí que vemos o seu potencial: agregar serviços, através da Web, para enriquecer e automatizar a integração de clientes, fornecedores, parceiros e colaboradores.

Ecossistemas de parceiros, clientes, fornecedores e colaboradores

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Um exemplo ilustrativo pode ser dado na indústria agrícola: o fazendeiro pode integrar os sistemas de TI com os fornecedores de peças das máquinas agrícolas e conseguir passar informações de desgaste das peças e substituição das mesmas antes que a quebra ocorra. Além disso, é possível juntar com os serviços de previsão de tempo para tomar providências contra geadas, por exemplo, e sistemas de visualização via satélite, identificando o ataque de pragas e otimizando a aplicação de inseticidas e adubo.

A integração também pode acontecer com os clientes que solicitam com antecedência os produtos e sua quantidade necessária. O mesmo ocorre com os serviços bancários para empréstimos e de preços. Afinal, o produtor pode decidir plantar de acordo com as demandas e os valores do mercado. Tudo isso é integrado via APIs, fazendo com que os sistemas “se falem e se auto-alimentem”, consumindo serviços de várias empresas e otimizando as decisões.

Para gerenciar as APIs, existem três disciplinas que devem ser endereçadas: o controle de acesso de cada API disponibilizada (quem pode acessar e quanto), o cálculo de uso de cada API para possível cobrança conforme o uso (criando um modelo de negócio baseado em APIs) e sua escrita e customização.

Nesta nova Era Digital, analisando as empresas de maior sucesso no mercado vemos uma tendência clara: seus líderes se destacam por terem criado e mantido interfaces estáveis e bem estruturadas. Eles promovem estratégias de software que estruturam sistemas internos e posteriormente as oferece à um público mais amplo. Em resumo: as APIs integram processos e os tornam mais ágeis.

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Segundo a Forrester, consultoria independente especializada em Tecnologia, 40% das empresas americanas terão soluções de gerenciamento de API até 2020, gastando US$ 660 milhões por ano. É possível deduzir, portanto, que neste momento de transformação digital e tecnologia híbrida a utilização de APIs é uma tendência real.

APIs tornaram-se estratégicas nas empresas, permitindo novos serviços de maneira segura, de forma confiável e com escalabilidade. Toda essa transição, e aqui voltamos para a Quarta Revolução Industrial, já está mudando a forma como pensamos e consumimos. Caso queiram se aprofundar um pouco sobre a economia baseada em API, existe esse e-book gratuito Winning in the API Economy (em Inglês, desculpem-me).