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Tim Cook solta o verbo e se diz contra projetos de lei discriminatórios nos EUA

Por| 30 de Março de 2015 às 16h00

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Tim Cook solta o verbo e se diz contra projetos de lei discriminatórios nos EUA
Tim Cook solta o verbo e se diz contra projetos de lei discriminatórios nos EUA

Tim Cook, CEO da Apple e um dos homens mais influentes no ramo da tecnologia, juntou-se a companheiros do setor para condenar uma lei bastante controversa no estado norte-americano de Indiana. Segundo os executivos, a nova lei poderia permitir que empresas neguem serviços para pessoas homossexuais. No ano passado, Cook declarou abertamente ser homossexual e agora se põe contra a nova resolução que é chamada de "Lei de Restauração da Liberdade Religiosa".

Executivos como Marc Benioff, da Salesforce, também compartilha da mesma ideia de Cook e condena o novo regulamento de Indiana. A nova lei, assinada na quinta-feira (26) pelo governador Mike Pence, poderia fazer com que as empresas se afastassem de clientes homossexuais, o que não seria nada agradável para ambas as partes.

Calling other tech CEOs and tech industry leaders to please take a stand. https://t.co/Ghd7TcxfZf

— Marc Benioff (@Benioff) 26 março 2015

"A Apple está aberta para todos. Estamos profundamente decepcionados com a nova lei de Indiana", escreveu Cook em seu perfil no Twitter, que conta com mais de 1 milhão de seguidores. "Em todo o mundo, nós nos esforçamos para tratar cada cliente da mesma maneira - independe de onde eles vêm, do que gostam ou do que amam".

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Apple is open for everyone. We are deeply disappointed in Indiana's new law and calling on Arkansas Gov. to veto the similar #HB1228.

— Tim Cook (@tim_cook) 27 março 2015

Around the world, we strive to treat every customer the same — regardless of where they come from, how they worship or who they love.

— Tim Cook (@tim_cook) 27 março 2015

Na visão de uma série de juristas, o ato estabelece um padrão legal que permitirá às pessoas de todas as religiões fazerem reivindicações de liberdade religiosa, mas as opiniões divergem sobre seu impacto na sociedade. "Este projeto não é sobre a discriminação", disse Pence, "e se eu achasse que seria discriminatório eu teria vetado".

Hillary Clinton, Miley Cyrus e outras celebridades também manifestaram oposição à lei. Entre outros CEOs que falaram sobre a Lei de Restauração da Liberdade Religiosa está Jeremy Stoppelman, do Yelp.

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"Espero que, no futuro, as legislaturas dos dezenove estados que têm estas leis nos livros reconsiderem suas ações", escreveu Stoppelman em uma carta aberta. "Enquanto isso, o Yelp fará esforços para expandir sua presença corporativa apenas em estados que não têm estas leis que permitem a discriminação".

An Open Letter to States Considering Imposing Discrimination Laws https://t.co/2iNMMP0aIt

— Jeremy Stoppelman (@jeremys) 27 março 2015

A lei que permite que as empresas se recusem a prestar serviços como fotografia de casamento para casais do mesmo sexo, por exemplo, ou outras atividades que podem ser censuráveis por motivos religiosos, foi aprovada de maneira esmagadora por ambas as câmaras do Legislativo do Estado de Indiana, que é controlada pelos republicanos.

Fonte: Reuters